Macro Visão Semanal
Informativo eletrônico - Edição 17 Semana: 07/03/2022 a 11/03/2022 

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão Semanal. Veja os destaques:

  • Dados da economia brasileira na semana de 07/03 a 11/03
  • Síntese da semana
  • Agenda econômica para a próxima semana: de 14/03 a 18/03


Dados da Economia Brasileira na semana: de 07/03 a 11/03
 

  • Expectativas do mercado (Focus/Banco Central): o relatório Focus indicou que o IPCA deverá encerrar o ano de 2022 com alta de 5,65% ante 5,60% do relatório anterior, conforme expectativa do mercado. O centro da meta de inflação para 2022 é de 3,50%, podendo variar entre 2,00 e 5,00%. Em relação ao PIB, o relatório apontou leve alta de 0,12 p.p, sendo esperado crescimento de 0,42% em 2022. Na previsão do mercado, a taxa de câmbio deve encerrar o ano em R$/US$ 5,40, ou seja, R$/US$ 0,10 abaixo em relação à previsão anterior. Já a mediana das perspectivas para a taxa Selic (12,25%) registrou estabilidade em comparação com o relatório anterior.
  • PMI da Indústria Brasileira (Markit): o PMI da indústria brasileira do mês de fevereiro divulgado pela Markit ficou em 53,5 pontos, aumentando 2,6 pontos na comparação com a leitura de janeiro (50,9 pontos). O Índice de Atividade dos Gerentes de Compras (PMI) industrial reflete as condições de negócio na indústria do Brasil no mês de referência. Com este resultado, o índice continua a indicar expansão da atividade industrial pela nona vez consecutiva. Resultado acima de 50,0 pontos indica crescimento da indústria no mês, e abaixo, retração do setor.
  • Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI): o IGP-DI, indicador de inflação divulgado pelo IBRE/FGV, avançou 1,50% no mês de fevereiro, desacelerando frente ao resultado de janeiro (2,01%). Quando comparados apenas os meses de fevereiro desde 2001, o dado do ano de 2022 apresenta a terceira maior variação para o mês na série recente, 1,2 p.p. menor que em fevereiro de 2021 (+2,7%) e 0,1 p.p. menor que em fevereiro de 2003 (+1,6%). No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-DI tem alta de 15,35%, mostrando desaceleração do crescimento de 1,37 p.p. em relação ao acumulado até janeiro (+16,71%). Todos os componentes do indicador seguem com variações percentuais acumuladas pressionadas, sendo o IPA-DI com +17,38%, o INCC-DI com +11,97% e o IPC-DI com +9,30%.
  • Pesquisa Industrial Mensal (PIM - IBGE): a produção da indústria nacional caiu 2,4% no mês de janeiro frente a dezembro. O resultado veio abaixo da estimativa do mercado (-1,9%) e da projeção da FIESP (-1,8%). A indústria de transformação recuou 2,2% no mês de janeiro. Já a indústria extrativa foi destaque ao sofrer queda de 5,2% em sua produção.
  • Índice de Preços ao Produtor (IPP – IBGE): o Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 1,18% no mês de janeiro, conforme divulgado pelo IBGE, desacelerando frente ao resultado de dezembro, quando registrou deflação de 0,08%.
  • Produção de autoveículos (Anfavea): a produção nacional de veículos automotores cresceu 8,1% no mês de fevereiro, dado com ajuste sazonal. O resultado atual é o quarto maior dos últimos 12 meses (dezembro/21: +16,9%; novembro/21: +14,2% e setembro/21: +8,1%).
  • Indicadores industriais (CNI): a CNI divulgou a pesquisa Indicadores Industriais referente ao mês de janeiro. O Faturamento Real da indústria brasileira foi o destaque positivo ao crescer 2,8% no mês na comparação com o mês anterior. O indicador de Emprego ficou estável no mês (+0,1%), assim como Horas Trabalhadas (-0,1%). As demais variáveis pesquisadas subiram no mês de janeiro na comparação com o mês de dezembro, sendo: Rendimento Médio Real (+4,2%), Massa Salarial Real (+4,2%) e a Utilização da Capacidade Instalada ficou em 79,1% (-0,3 p.p.). Todos os dados estão com ajuste sazonal.
  • Volume de vendas do comércio varejista (PMC): segundo o IBGE, o volume de vendas no comércio varejista restrito teve alta de 0,8% no mês de janeiro, superando a expectativa do mercado para o mês (0,3%).  Já o varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caiu 0,3%, também acima da estimativa do mercado (-1,1%). Todos os dados são apresentados sem influências sazonais.
  • Emprego formal (Caged): o Brasil abriu 155,1 mil vagas de empregos formais em janeiro. A indústria de transformação brasileira foi responsável por gerar 48,8 mil vagas de empregos no mês. No estado de São Paulo, houve abertura de 48,3 mil vagas. No caso da indústria de transformação paulista, houve geração de 19,8 mil vagas de emprego em janeiro.
 
  • Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): o IPCA, divulgado pelo IBGE, apresentou variação de 1,01% no mês de fevereiro, resultado superior ao apurado em janeiro (0,54%). O índice veio acima da estimativa do mercado para o mês (0,95%), sendo o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2015, quando registrou alta de 1,22%. No acumulado em 12 meses, apresenta alta de 10,54%. Conforme divulgado pelo relatório Focus desta semana, a expectativa do mercado é que ocorra alta de 5,65% do IPCA acumulado no ano de 2022 (acima do teto da meta de inflação do Banco Centra de 5,00%).
Síntese da semana:
 
O Índice de Atividade dos Gerentes de Compras (PMI), que reflete as condições de negócio na indústria brasileira, continua a indicar a expansão da atividade industrial pela nona vez consecutiva, tendo registrado 53,5 pontos em fevereiro (2,6 p.p acima do verificado em janeiro). Já a produção da indústria nacional caiu 2,4% no mês de janeiro frente a dezembro, resultado inferior à expectativa do mercado (-1,9%) e à projeção da FIESP (-1,8%), sendo que a indústria de transformação recuou 2,2%. Entre os setores, as influências negativas mais importantes foram apresentadas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), que haviam acumulado expansão de 18,2% e de 6,0%, respectivamente, nos dois últimos meses de 2021. Outras contribuições negativas relevantes para o resultado global vieram dos setores bebidas (-4,5%), de metalurgia (-2,8%), de outros produtos químicos (-2,2%), e de máquinas e equipamentos (-2,3%). A projeção da FIESP para a produção industrial em fevereiro é de uma alta de 1,0% frente a janeiro. No entanto, nos próximos meses a produção industrial não deverá exibir recuperação consistente, uma vez que o conflito na Ucrânia coloca pressão adicional sobre os custos industriais, além de comprometer a normalização das cadeias globais de suprimentos. A guerra na Ucrânia também pode afetar negativamente o comércio mundial. Com a disparada no preço internacional das commodities, um risco que se apresenta é de estagflação na economia global, configurando um quadro de inflação maior e mais resiliente, aliada a uma desaceleração da economia mundial. 

O IGP-DI, indicador de inflação divulgado pelo IBRE/FGV, avançou 1,50% no mês de fevereiro, de modo que, quando comparados apenas os meses de fevereiro desde 2001, o dado do ano de 2022 apresenta a terceira maior variação. O IPCA, por sua vez, apresentou alta de 1,01% em fevereiro, variação superior ao apurado em janeiro (0,54%) e ao esperado pelo mercado (0,95%). No acumulado em 12 meses a alta é de 10,54%. Cabe destacar que este resultado é o maior registrado para um mês de fevereiro desde 2015, quando correspondeu a 1,22%. De acordo com o último relatório Focus, o IPCA deverá fechar o ano de 2022 com alta de 5,65%, acima do teto da meta.

O comércio varejista surpreendeu positivamente em janeiro. O volume de vendas no comércio varejista restrito teve alta de 0,8% no mês de janeiro, superando a expectativa do mercado para o mês (0,3%). Já o varejo ampliado - que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção - caiu 0,3%, também acima da estimativa do mercado (-1,1%). Por fim, o mercado de trabalho apresentou resultados positivos. Segundo dados do Caged, o Brasil abriu 155,1 mil vagas de empregos formais em janeiro, sendo que a indústria de transformação brasileira foi responsável por abrir 48,8 mil vagas de empregos no mês. No estado de São Paulo, houve abertura de 48,3 mil vagas. No caso da indústria de transformação paulista, houve geração de 19,8 mil vagas de emprego em janeiro.

Na próxima semana haverá divulgação de índices referentes ao mês de março, como o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI/CNI) e o Índice Geral de Preços (IGP-10/FGV). Já em relação ao mês de fevereiro, será divulgada a Sondagem Industrial (CNI). Além disso, também serão divulgados dados referentes a janeiro, como a Produção Industrial Regional (PIM/IBGE), a Produção Industrial da Zona do Euro (Eurostat) – para a qual o mercado espera aumento de 0,1% -, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE). O Banco Central também fará o anúncio da taxa básica de juros, sendo que o mercado espera que esta fique em 11,75%. 

Agenda Econômica para a próxima semana: 14/03 a 18/03
 

14/03/2022 (Segunda-feira):

  • Banco Central divulga o relatório Focus.
  • CNI divulga o Índice de Confiança do Empresário Industrial.

15/03/2022 (Terça-feira):

  • IBGE divulga a Produção Industrial Regional (PIM).
  • Eurostat divulga a Produção Industrial.

16/03/2022 (Quarta-feira):

  • FGV divulga o IGP-10.
  • IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
  • Banco Central anuncia a taxa de juros (Selic).
  • Fed anuncia a taxa de juros americana.

17/03/2022 (Quinta-feira):

  • Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br).
  • CNI divulga a Sondagem Industrial.

18/03/2022 (Sexta-feira):

  • FGV divulga o IGP-M (2ª prévia).
  • IBGE divulga a PNAD Contínua (Taxa de Desemprego %).
Macro Visão é uma publicação da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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