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Economia Brasileira

Focus: Relatório de Mercado

Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (03/12), as expectativas para o IPCA de 2012 estão em 5,43%, mantendo o mesmo valor da semana passada, enquanto, para 2013, as expectativas também se conservaram em 5,40%.

Já as expectativas para a meta da taxa Selic permaneceram constantes em relação à semana anterior, em 7,25%, tanto para 2012 como para 2013.

As estimativas em relação à taxa de câmbio para 2012 ficaram em R$/US$ 2,07, após registrar R$/US$ 2,03 na semana anterior. Para 2013, as perspectivas sobre a taxa estão em R$/US$ 2,06; na semana passada eram de R$/US$ 2,02.

Os especialistas esperam que o crescimento do PIB em 2012 seja de 1,27%, ante 1,50% da semana anterior, e que em 2013 seja de 3,70%, também menor do que na pesquisa realizada há uma semana, quando fora 3,94%. As perspectivas para o crescimento da produção industrial reduziram de -2,30% para -2,38% para 2012 e de 4,20% para 3,82% para 2013.

BACEN: Política Fiscal

O superávit primário do setor público consolidado registrou R$ 12,4 bilhões em outubro. O Governo Central apresentou superávit de R$ 10,1 bilhões; os governos regionais, de R$ 2,4 bilhões; e as empresas estatais, déficit de R$ 75 milhões. No ano, o superávit primário atingiu R$ 88,2 bilhões (2,42% do PIB), comparativamente a R$ 118,6 bilhões ( 3,47% do PIB) no mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses, o superávit atingiu R$ 98,4 bilhões (2,25% do PIB).

O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 4,6 bilhões em outubro. No ano, o déficit nominal atingiu R$ 90,2 bilhões (2,47% do PIB), elevando-se 0,15 p.p. do PIB em relação ao mesmo período de 2011. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 119 bilhões (2,72% do PIB).

A dívida líquida do setor público (DLSP) atingiu R$ 1,54 trilhões (35,2% do PIB) em outubro, reduzindo-se 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Na comparação entre o acumulado de janeiro a outubro de 2012 e 2011, a relação DLSP/PIB reduziu-se 1,2 p.p.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 2,6 trilhões (59,2% do PIB) em outubro, elevando-se 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

IPC-S desacelera em novembro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) mostrou desaceleração em novembro ante outubro. Segundo dados divulgados pela FGV nesta segunda-feira (03/12), a elevação do indicador passou de 0,48% para 0,45%. Contudo, houve aceleração dos preços na comparação com a terceira quadrissemana de novembro, quando a variação foi registrada em 0,38%.

Nos últimos dozes meses, o IPC-S acumula alta de 5,89%, ao passo que entre janeiro e novembro de 2012 a elevação acumulada chegou a 5,05%.

Dentre os oito grupos que compõem a cesta de itens do IPC-S, cinco deles tiveram aceleração em relação à terceira quadrissemana de novembro. O destaque para tal aumento foi o grupo Alimentação, cuja variação saltou de 0,18% para 0,53% nas duas últimas semanas do mês. Neste grupo de despesa, os itens hortaliças e legumes (-11,94% para -9,43%) e carnes bovinas (-1,12% para -0,02%) foram responsáveis pelas maiores contribuições ao resultado apurado.

Apesar de melhora, PMI da Indústria da Zona do Euro apresenta contração

De acordo com dados do Markit, o PMI (Índice de Gerentes de Compras) industrial da Zona do Euro saltou de 45,4 para 46,2 entre outubro e novembro. A despeito da elevação – responsável pela menor contração do indicador de atividade nos últimos oito meses –, o crescimento não foi alcançado pelo 16º mês consecutivo, haja vista o valor computado abaixo do patamar de 50 pontos.

Os resultados lançados nesta segunda-feira (03/12) seguiram na mesma direção dos valores preliminares divulgados há duas semanas, que superaram as expectativas de mercado. Apesar disso, o indicador da Zona do Euro não forneceu indícios de consistente recuperação da atividade econômica da região, já que evidenciou basicamente reduções de novas encomendas e da produção industrial a taxas mais lentas.

Relatório divulgado em 03/12/2012

Mediana - Agregado	2012					2013
	Há 4 semanas	Há 1 semana	Hoje	Comp. Semanal		Há 4 semanas	Há 1 semana	Hoje	Comp. Semanal
IPCA (%)	5,44	5,43	5,43	=	(1)	5,40	5,40	5,40	=	(1)
IGP-DI (%)	8,34	7,92	7,64		(7)	5,17	5,17	5,17	=	(2)
IGP-M (%)	7,92	7,55	7,46		(8)	5,16	5,12	5,11		(3)
IPC-Fipe (%)	4,62	4,76	4,76	=	(1)	4,85	4,90	4,90	=	(1)
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$)	2,02	2,03	2,07		(1)	2,01	2,02	2,06		(1)
Taxa de Câmbio - média do período (R$/US$)	1,95	1,95	1,96		(1)	2,02	2,03	2,06		(3)
Meta da Taxa Selic - fim de período (% a a)	7,25	7,25	7,25	=	(7)	7,63	7,25	7,25	=	(3)
Meta da Taxa Selic - média do período (% a a)	8,47	8,47	8,47	=	(7)	7,34	7,25	7,25	=	(3)
Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)	35,20	35,20	35,15		(1)	34,00	34,00	34,00	=	(9)
PIB (% do crescimento)	1,54	1,50	1,27		(3)	4,00	3,94	3,70		(3)
Produção Industrial (% do crescimento)	-2,31	-2,30	-2,38		(1)	4,15	4,20	3,82		(1)
Conta Corrente (US$ bilhões)	-55,73	-54,00	-54,00	=	(1)	-65,90	-65,00	-65,00	=	(2)
Balança Comercial (US$ bilhões)	18,45	19,60	20,00		(4)	15,00	15,52	15,52	=	(2)
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões)	60,00	60,00	60,00	=	(4)	60,00	59,00	59,50		(1)
Preços Administrados (%)	3,50	3,50	3,50	=	(6)	3,00	3,30	3,40		(1)

*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

Economia Brasileira
INDICADORES		Efetivo						Projeções
		2006	2007	2008	2009	2010	2011	2012
	Crescimento do PIB (%)	4,0	6,1	5,2	-0,3	7,5	2,7	0,9
	PIB Indústria (%)	2,2	5,3	4,1	-5,6	10,4	1,6	-0,5
	Extrativa Mineral (%)	4,4	3,7	3,5	-3,2	13,6	3,2	-1,3
	Transformação (%)	1,0	5,6	3,0	-8,7	10,1	0,1	-2,0
	Construção Civil (%)	4,7	4,9	7,9	-0,7	11,6	3,6	1,9
	Serv. Ind. Utilidade Públ. (SIUP) (%)	3,5	5,4	4,8	0,9	8,1	3,8	3,3
	PIB Agropecuária (%)	4,8	4,8	6,1	-3,1	6,3	3,9	-0,3
	PIB Serviços (%)	4,2	6,1	4,9	2,1	5,5	2,7	1,6
	Consumo das Famílias (%)	4,5	5,8	5,7	4,4	6,9	4,1	3,0
	Consumo do Governo (%)	2,6	5,1	3,2	3,1	4,2	1,9	3,2
	Formação Bruta de Capital Fixo (%)	9,8	13,9	13,6	-6,7	21,3	4,7	-4,0
	Exportações de Bens e Serviços (%)	5,0	6,2	0,5	-9,1	11,5	4,5	-1,0
	Importações de Bens e Serviços (%)	18,4	19,9	15,4	-7,6	35,8	9,7	-1,5
Setor Externo	Exportações (US$ bilhões)	137,8	160,6	197,9	153,0	201,9	256,0	242,4
	Importações (US$ bilhões)	91,4	120,6	173,0	127,6	181,6	226,2	220,8
	Saldo da Balança Com. (US$ bilhões)	46,5	40,0	24,9	25,4	20,3	29,8	21,6
	Exportações (%)	16,3	16,6	23,2	-22,7	32,0	26,8	-5,3
	Importações (%)	24,1	32,0	43,4	-26,2	42,3	24,6	-2,4
	Saldo da Balança Comercial (%)	3,4	-13,8	-37,7	2,0	-20,1	47,0	-27,6
Produção Industrial (%)		2,8	6,0	3,1	-7,4	10,5	0,3	-2,5
INA - FIESP/CIESP (%)		2,9	6,0	4,3	-8,1	9,9	0,6	-4,1
Emprego Industrial SP- FIESP/CIESP (%)		-0,1	4,6	-0,3	-4,5	4,7	0,0	-2,3
Emprego Industrial Brasil - IBGE (%)		0,8	3,3	-1,2	-2,4	3,4	-0,4	-1,6

Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.