Economia Brasileira
Focus: Relatório de Mercado
Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (10/12), as expectativas para o IPCA de 2012 estão em 5,58%, elevação de 0,15 p.p. em relação ao valor da semana passada, enquanto para 2013 as expectativas mantiveram-se em 5,40%.
Já as expectativas para a meta da taxa Selic permaneceram constantes em relação à semana anterior, em 7,25%, tanto para 2012 como para 2013.
As estimativas para a taxa de câmbio ficaram em R$/US$ 2,08 para 2012, após registrarem R$/US$ 2,07 na semana anterior. Em 2013, as perspectivas sobre a taxa estão em R$/US$ 2,08; na semana passada eram de R$/US$ 2,06.
Os especialistas esperam que o crescimento do PIB em 2012 seja de 1,03%, ante 1,27% da semana anterior. Esta foi a quarta semana consecutiva de perspectiva de redução. Em 2013, as estimativas para o PIB estão em 3,50%, percentagem também menor do que na pesquisa realizada há uma semana, quando fora 3,70%. As perspectivas para o crescimento da produção industrial ampliaram de -2,38% para -2,27% para 2012. No entanto, para 2013, as perspectivas mantiveram-se pessimistas de 3,82% para 3,75%.
IPC-S acelera no último mês do ano
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) variou 0,63% na primeira quadrissemana de dezembro, apresentando aceleração face ao fechamento de novembro, quando cresceu 0,45%, conforme divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (10/12).
Dentre as oito categorias de despesa que compõem o indicador, seis tiveram taxas de variação superiores na primeira semana deste mês. A maior contribuição veio da classe Alimentação, que saltou de 0,53% na última semana de novembro para 0,86% na primeira de dezembro. Em tal classe de despesa, os destaques foram hortaliças e legumes (de -9,43% para -4,51%) e carnes bovinas (de -0,02% para 0,59%).
Além da categoria Alimentação, taxas de variação maiores também foram mensuradas em educação, leitura e recreação (de 0,72% para 1,21%), habitação (de 0,59% para 0,77%), despesas diversas (de 0,34% para 0,61%), transportes (de 0,03% para 0,09%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,42% para 0,43%). Por outro lado, as classes vestuário (de 1,02% para 0,90%) e comunicação (de 0,04% para 0,03%) evidenciaram taxas de variação menores, devido em grande parte aos recuos dos itens roupas (de 0,98% para 0,87%) e tarifa de telefone móvel (de 0,57% para 0,45%), respectivamente.
IGP-M registra avanço na primeira prévia de dezembro
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou para 0,50% na primeira prévia de dezembro, em contraste com o decréscimo de 0,19% computado no mesmo período em novembro, segundo informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgadas nesta segunda-feira (10/12).
Dentre os três grandes grupos do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ascendeu 0,50%, compensando o declínio de 0,36% registrado no mês anterior. Para os bens finais houve elevação de 0,55% ante queda de 0,59%; a variação de bens intermediários passou de 0,08% para 0,24%; por sua vez, a taxa de variação de matérias-primas brutas cresceu 0,79%, resultado bastante distinto da taxa de -0,68% calculada em novembro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também mostrou forte aceleração no intervalo, saltando de 0,16% para 0,56%. Do total de oito classes de despesa que compõem tal índice, seis tiveram taxas de variação mais elevadas, com destaque à contribuição do grupo Alimentação, cuja alta de 0,91% foi bastante destoante em relação à deflação de 0,29% da primeira prévia de novembro. Os grupos habitação (de 0,17% para 0,48%), vestuário (de 0,25% para 1,38%), educação, leitura e recreação (de 0,20% para 0,93%), despesas diversas (de 0,25% para 0,67%) e comunicação (de 0,00% para 0,08%) também apontaram taxas de variação superiores. De forma oposta, os grupos transportes (de 0,56% para 0,03%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,45% para 0,39%) apresentaram desaceleração na primeira prévia de dezembro ante mesmo período do mês anterior.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) cresceu 0,36% no intervalo em questão, taxa superior àquela observada em novembro (0,14%). O componente de custo da mão de obra aumentou de 0,01% para 0,43%, enquanto o de materiais, equipamentos e serviços variou 0,27% (havia registrado 0,28% em novembro).
Economia Internacional
Produção Industrial: França e Itália
A produção industrial francesa, em outubro, reduziu em 0,7% ante setembro, segundo dados divulgados hoje (10/12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (INSEE).
O resultado foi influenciado pela queda de 0,9%, em outubro, da produção de produtos manufaturados e queda de 1,1% da construção.
Na comparação com outubro de 2011, a produção industrial da França diminuiu 2,4%, sendo que a produção de produtos manufaturados caiu 2,3% e o subsetor industrial da construção recuou 1,8%.
A produção industrial da Itália registrou queda de 1,1% entre outubro e setembro de 2012. Este resultado exclui o setor da construção. Já na comparação com outubro de 2011, a queda foi de 6,2%. Os dados foram divulgados hoje (10/12) pelo Instituto Nacional de Estatística (ISTAT).
PIB da Itália recua 0,2% no terceiro trimestre
O Produto Interno Bruto da Itália decresceu 0,2% no terceiro trimestre de 2012, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Em relação ao terceiro trimestre de 2011, houve queda de 2,4%.
Na comparação com o segundo trimestre deste ano, a formação bruta de capital fixo e as importações declinaram 1,4%, ao passo que o consumo final retraiu em 0,8%. Na direção contrária, as exportações expandiram em 0,5%. Tendo como base comparativa o terceiro trimestre do ano passado, a formação bruta de capital fixo decresceu 9,8%, enquanto que as importações e o consumo final diminuíram em 7,8% e 3,7%, respectivamente. As exportações, por outro lado, registraram elevação de 1,6%.
As informações foram divulgadas na manhã de hoje (10/12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas da Itália (Istat).
Projeções de Mercado
Relatório
divulgado em 10/12/2012
Mediana
- Agregado |
2012 |
2013 |
Há 4 semanas |
Há 1 semana |
Hoje |
Comp.
Semanal |
Há 4 semanas |
Há 1 semana |
Hoje |
Comp. Semanal |
IPCA (%) |
5,46 |
5,43 |
5,58 |
|
(1) |
5,40 |
5,40 |
5,40 |
= |
(2) |
IGP-DI (%) |
|
7,64 |
7,80 |
|
(1) |
5,16 |
5,17 |
5,25 |
|
(1) |
IGP-M (%) |
7,60 |
7,46 |
7,60 |
|
(1) |
5,17 |
5,11 |
5,29 |
|
(1) |
IPC-Fipe (%) |
4,73 |
4,76 |
4,89 |
|
(1) |
4,85 |
4,90 |
4,95 |
|
(1) |
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,02 |
2,07 |
2,08 |
|
(2) |
2,01 |
2,06 |
2,08 |
|
(2) |
Taxa de Câmbio - média do período
(R$/US$) |
1,95 |
1,96 |
1,96 |
= |
(1) |
2,01 |
2,06 |
2,08 |
|
(4) |
Meta da Taxa Selic - fim de período (%
a a) |
7,25 |
7,25 |
7,25 |
= |
(8) |
7,25 |
7,25 |
7,25 |
= |
(4) |
Meta da Taxa Selic - média do período
(% a a) |
8,47 |
8,47 |
8,47 |
= |
(8) |
7,25 |
7,25 |
7,25 |
= |
(4) |
Dívida Líquida do Setor Público
(% do PIB) |
35,20 |
35,15 |
35,10 |
|
(2) |
34,00 |
34,00 |
34,00 |
= |
(10) |
PIB (% do crescimento) |
1,54 |
1,27 |
1,03 |
|
(4) |
4,00 |
3,70 |
3,50 |
|
(4) |
Produção Industrial (% do crescimento) |
-2,32 |
-2,38 |
-2,27 |
|
(1) |
4,10 |
3,82 |
3,75 |
|
(2) |
Conta Corrente (US$ bilhões) |
-55,00 |
-54,00 |
-54,00 |
= |
(2) |
-66,32 |
-65,00 |
-65,00 |
= |
(3) |
Balança Comercial (US$ bilhões) |
18,90 |
20,00 |
20,00 |
= |
(1) |
15,43 |
15,52 |
15,60 |
|
(1) |
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(5) |
60,00 |
59,50 |
60,00 |
|
(2) |
Preços Administrados (%) |
3,50 |
3,50 |
3,50 |
=
| (7) |
3,40 |
3,40 |
3,50 |
|
(2) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.
Economia
Brasileira |
INDICADORES |
Efetivo |
Projeções |
2006 |
2007 |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
|
Crescimento do PIB (%) |
4,0 |
6,1 |
5,2 |
-0,3 |
7,5 |
2,7 |
0,9 |
|
PIB Indústria (%) |
2,2 |
5,3 |
4,1 |
-5,6 |
10,4 |
1,6 |
-0,5 |
Extrativa Mineral (%) |
4,4 |
3,7 |
3,5 |
-3,2 |
13,6 |
3,2 |
-1,3 |
Transformação (%) |
1,0 |
5,6 |
3,0 |
-8,7 |
10,1 |
0,1 |
-2,0 |
Construção Civil (%) |
4,7 |
4,9 |
7,9 |
-0,7 |
11,6 |
3,6 |
1,9 |
Serv. Ind. Utilidade Públ. (SIUP)
(%) |
3,5 |
5,4 |
4,8 |
0,9 |
8,1 |
3,8 |
3,3 |
PIB Agropecuária (%) |
4,8 |
4,8 |
6,1 |
-3,1 |
6,3 |
3,9 |
-0,3 |
PIB Serviços (%) |
4,2 |
6,1 |
4,9 |
2,1 |
5,5 |
2,7 |
1,6 |
|
Consumo das Famílias (%) |
4,5 |
5,8 |
5,7 |
4,4 |
6,9 |
4,1 |
3,0 |
Consumo do Governo (%) |
2,6 |
5,1 |
3,2 |
3,1 |
4,2 |
1,9 |
3,2 |
Formação Bruta de Capital Fixo
(%) |
9,8 |
13,9 |
13,6 |
-6,7 |
21,3 |
4,7 |
-4,0 |
Exportações de Bens e Serviços
(%) |
5,0 |
6,2 |
0,5 |
-9,1 |
11,5 |
4,5 |
-1,0 |
Importações de Bens e Serviços
(%) |
18,4 |
19,9 |
15,4 |
-7,6 |
35,8 |
9,7 |
-1,5 |
Setor
Externo |
Exportações (US$ bilhões) |
137,8 |
160,6 |
197,9 |
153,0 |
201,9 |
256,0 |
242,4 |
Importações (US$ bilhões) |
91,4 |
120,6 |
173,0 |
127,6 |
181,6 |
226,2 |
220,8 |
Saldo da Balança Com. (US$ bilhões) |
46,5 |
40,0 |
24,9 |
25,4 |
20,3 |
29,8 |
21,6 |
Exportações (%) |
16,3 |
16,6 |
23,2 |
-22,7 |
32,0 |
26,8 |
-5,3 |
Importações (%) |
24,1 |
32,0 |
43,4 |
-26,2 |
42,3 |
24,6 |
-2,4 |
Saldo da Balança Comercial (%) |
3,4 |
-13,8 |
-37,7 |
2,0 |
-20,1 |
47,0 |
-27,6 |
Produção Industrial (%) |
2,8 |
6,0 |
3,1 |
-7,4 |
10,5 |
0,3 |
-2,5 |
INA - FIESP/CIESP (%) |
2,9 |
6,0 |
4,3 |
-8,1 |
9,9 |
0,6 |
-4,1 |
Emprego Industrial SP- FIESP/CIESP
(%) |
-0,1 |
4,6 |
-0,3 |
-4,5 |
4,7 |
0,0 |
-2,3 |
Emprego Industrial Brasil
- IBGE (%) |
0,8 |
3,3 |
-1,2 |
-2,4 |
3,4 |
-0,4 |
-1,6 |
Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE. |