Inflação desacelera em fevereiro, segundo o IGP-10
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), divulgado hoje (15/02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), variou 0,29% em fevereiro ante janeiro, mostrando desaceleração em relação à leitura anterior (0,42%). Na comparação com fevereiro de 2012, a variação foi de 0,04% e, no acumulado de 12 meses, o IGP-10 indicou elevação de 8,06%. Tal índice é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que representa 60% do IGP – apresentou variação de 0,05% em fevereiro, enquanto a taxa em janeiro havia sido de 0,34%. Os Bens Finais registraram aceleração em seu nível de preços, passando de 0,80% em janeiro para 1,45% em fevereiro. Essa aceleração foi impulsionada principalmente pelo subgrupo Combustíveis – cuja taxa passou de 0,18% para 3,30% -, devido ao reajuste dos preços da gasolina e do diesel realizado nas últimas semanas. Os grupos Bens Intermediários e Matérias-Primas Brutas apresentaram variações de 0,59% e -2,11%, em termos respectivos.
Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – correspondente a 30% do IGP – foi verificada uma ligeira desaceleração, com o indicador declinando de 0,76% em janeiro para 0,74% em fevereiro. Três das oito classes de despesa analisadas apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, sendo a do grupo Habitação a mais relevante, passando de 0,27% para -0,93%, devido, em grande parte, ao comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, que teve sua taxa reduzida de -0,01% para -10,65%. Saúde e Cuidados Pessoais (que passou de 0,52% em janeiro para 0,37% em fevereiro) e Vestuário (de 0,40% para 0,25%) foram as outras classes que apresentaram desaceleração.
Por outro lado, apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (de 1,54% para 2,06%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,60% para 2,64%), Transportes (de 0,21% para 0,61%), Despesas Diversas (de 2,51% para 3,42%) e Comunicação (de 0,03% para 0,04%). Dentro destas classes de despesa, destacaram-se os itens: hortaliças e legumes (de 6,45% para 20,07%), cursos formais (de 2,83% para 5,10%) e gasolina (de 0,09% para 1,59%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Produção (INCC) registrou em fevereiro o crescimento de 0,84%, muito superior à taxa registrada em janeiro (0,16%). Essa aceleração é resultante da influência positiva do indicador que representa o Custo da mão de obra, que partiu de 0,05% em janeiro e atingiu 1,08% em fevereiro. Já o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou a variação de 0,59%, enquanto que no mês anterior havia evidenciado 0,29%.
Produção Industrial do Japão avança 2,4% em dezembro
A produção Industrial japonesa avançou 2,4% em dezembro ante o mês imediatamente anterior, quando o indicador variou -1,4%, já expurgados os efeitos sazonais. Tal resultado apontou a maior alta desde maio de 2011. O resultado positivo foi impulsionado pelos setores de equipamentos de transporte e maquinário em geral. Já na comparação de dezembro com igual mês do ano anterior, a produção industrial obteve queda significativa (-6,5%).
Na comparação trimestral, a produção recuou 1,8% no quarto trimestre, em relação ao período imediatamente anterior, registrando a terceira queda consecutiva nessa base comparativa. No terceiro e segundo trimestres o indicador havia variado -4,2% e -2,0%, respectivamente.
No acumulado de 2012, a indústria do Japão encolheu 0,96% na comparação com o ano anterior, marcando o segundo ano consecutivo de queda, já que em 2011 o indicador variou -2,3%. Os dados também indicaram aumento de 2,9% na utilização de capacidade instalada em dezembro, ante o mês imediatamente anterior, já que o indicador atingiu o nível de 84,6 pontos.
Os dados foram divulgados na manhã de hoje (15/02) pelo Ministério de Economia do Japão, e já descontam as influências sazonais.
Relatório divulgado em 14/02/2013
|
IPCA (%) |
5,53 |
5,68 |
5,71 |
|
(6) |
IGP-DI (%) |
5,39 |
5,16 |
5,17 |
|
(1) |
IGP-M (%) |
5,35 |
5,09 |
5,21 |
|
(1) |
IPC-Fipe (%) |
4,86 |
5,07 |
5,34 |
|
(4) |
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,07 |
2,05 |
2,03 |
|
(3) |
Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
2,06 |
2,03 |
2,02 |
|
(3) |
Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
7,25 |
7,25 |
7,25 |
= |
(13) |
Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
7,25 |
7,25 |
7,25 |
= |
(13) |
Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
34,00 |
34,00 |
34,25 |
|
(1) |
PIB (% do crescimento) |
3,20 |
3,10 |
3,09 |
|
(1) |
Produção Industrial (% do crescimento) |
3,24 |
3,17 |
3,10 |
|
(1) |
Conta Corrente (US$ bilhões) |
-63,05 |
-62,65 |
-64,00 |
|
(2) |
Balança Comercial (US$ bilhões) |
15,43 |
15,50 |
15,50 |
= |
(1) |
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(9) |
Preços Administrados (%) |
3,34 |
3,25 |
3,33 |
|
(2) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.
Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores
marcados com *, os dados de 2005 a 2007
foram revisados pelo IBGE.
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