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Informativo eletrônico - Edição 1178 Terça-Feira, 19 de março de 2013
 
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Economia Brasileira

  • IPC-Fipe desacelera e apresenta primeira deflação do ano
  • IGP-M recua em março

    Economia Internacional

  • Produção industrial da Itália acelera no começo do ano
  • Situação política da Itália e pacote de resgate para o Chipre abalam o sentimento econômico da Zona do Euro

  • IPC-Fipe desacelera e apresenta primeira deflação do ano

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mensura a inflação paulistana, divulgou hoje (19/03) as informações referentes à segunda semana de março. Foi identificada uma forte desaceleração no nível dos preços praticados no período, já que o índice ficou em -0,11%, frente a 0,06% na primeira semana do mês. Tal leitura registrou a sexta queda consecutiva no índice, e deflação pela primeira vez desde a primeira quadrissemana de março de 2012, quando a variação foi de -0,02%.

    Dentre as sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, apenas duas apresentaram aceleração em seu nível de preços: Alimentação, que passou de 0,49% na primeira quadrissemana de março para 0,64% na quadrissemana seguinte, e Educação, que passou de 0,10% para 0,13%.

    A classe Habitação foi, dentre as classes que apresentaram desaceleração no período, a que mais impactou negativamente o índice, dada a variação -1,11%, ante -0,69% na primeira quadrissemana de março. As demais classes que apresentaram desaceleração foram: Transporte (de 0,69% para 0,51%), Despesas Pessoais (de -0,26% para -0,53%), Saúde (de 0,53% para 0,47%) e Vestuário (de 0,43% para 0,40%).

    IGP-M recua em março

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou variação de 0,24% no segundo decêndio de março, taxa inferior àquela apresentada no mesmo período do mês anterior (0,34%), segundo os dados divulgados nesta manhã (19/03) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), referentes à variação de preços no intervalo entre os dias 21 de fevereiro e 10 de março. No acumulado de 12 meses, a variação foi de 8,09%.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – correspondente a 60% do IGP – apresentou desaceleração, já que o indicador registrou em março variação de 0,11%, frente a 0,27% no mês anterior. A variação de preços referente a Bens Finais recuou de 1,10% em fevereiro para 0,96% em março, sendo que tal queda foi impulsionada especialmente pela variação no subgrupo Combustíveis, que passou de 4,82% para 1,16%. A categoria Bens Intermediários também apresentou desaceleração, passando de 0,83% para -0,27%, sendo que a principal contribuição para tal movimento veio do subgrupo Materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa declinou de 0,37% para -0,98%.

    A categoria de Matérias-Primas Brutas, que registrou variação de -0,44%, frente a -1,31% no mesmo período de janeiro, apresentou arrefecimento na deflação. Os itens que apresentaram maior influência na variação global do índice foram: soja em grãos (de -9,78% para -3,53%), minério de ferro (de 2,92% para 5,63%) e aves (de -2,28% para -0,51%). Em direção contrária, os itens que registraram as principais quedas no nível de preços foram: mandioca (de 4,12% para -8,36%), café em grão (de 1,65% para -5,54%) e suínos (de 0,93% para -2,61%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que corresponde a 30% do IGP – registrou aceleração, passando de 0,28% em fevereiro para 0,63% em março. A principal contribuição para o acréscimo da taxa partiu do grupo Habitação, cuja taxa passou de -1,69% em janeiro para 0,35% em fevereiro, sendo influenciado, principalmente, pelo item tarifa da eletricidade residencial, que foi de -15,27% para -1,75%. Também apresentaram aceleração as classes: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,57%), Vestuário (de 0,38% para 0,69%), Comunicação (de 0,06% para 0,33%) e Transportes (de 0,68% para 0,70%). Já os grupos Alimentação (de 1,43% para 1,07%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,46% para 0,32%) e Despesas Diversas (de 2,06% para 0,22%) apresentarem desaceleração em seus níveis de preços.

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – correspondente a 10% do IGP – apresentou taxa de 0,20% no segundo decêndio de março, enquanto que, em fevereiro, a taxa registrada havia sido de 0,99%. Tal desaceleração foi impulsionada pelos dois subgrupos que compõem o índice: Materiais, Serviços e Equipamentos, cuja variação caiu de 0,70% em fevereiro para 0,35% em março, e Custo da Mão-de-Obra, cuja taxa foi de 1,23% para 0,07%.

    Produção industrial da Itália acelera no começo do ano

    A produção industrial da Itália avançou 0,8% em janeiro frente a dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado surpreendeu o mercado, haja vista que as previsões apontavam contração de 0,2% a 0,3% na comparação mensal. No entanto, a comparação interanual mostrou forte encolhimento do setor industrial, já que em janeiro houve variação negativa de 3,6% ante igual mês de 2012.

    O resultado surpreendente pode decorrer, segundo analistas, da mudança metodológica de mensuração da produção industrial, na qual as ponderações de determinados segmentos foram alteradas. Segundo o ISTAT – órgão de estatística do País – o crescimento mensal foi puxado pela produção de bens de consumo não duráveis e de bens intermediários.

    Situação política da Itália e pacote de resgate para o Chipre abalam o sentimento econômico da Zona do Euro

    O indicador de sentimento econômico da Alemanha ficou praticamente estável em março, ao variar somente 0,3 p.p., passando de 48,2 para 48,5 pontos entre fevereiro e março. A pequena variação já era esperada pelo mercado. Os analistas creem que os três aumentos substanciais anteriores a março foram quebrados pelo cenário de maior risco que se apresenta na Zona do Euro, onde a situação política da Itália e o pacote de resgate para o Chipre deixam os agentes econômicos em estado de alerta.

    Tal cenário gerou reflexos mais intensos no sentimento econômico da Zona do Euro. Em março o indicador para a região atingiu 33,4 pontos, patamar bastante inferior àquele registrado em fevereiro (42,4 pontos). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (19/03) pelo Instituto ZEW.

    Relatório divulgado em 18/03/2013

    IPCA (%) 5,70 5,82 5,73 (1)
    IGP-DI (%) 5,18 5,03 4,99 (2)
    IGP-M (%) 5,21 5,17 5,17 = (1)
    IPC-Fipe (%) 5,30 5,16 5,15 (2)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,02 2,00 2,00 = (3)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,01 2,00 1,99 (1)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 7,25 8,00 8,25 (2)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,25 7,39 7,69 (1)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 34,50 34,30 34,10 (2)
    PIB (% do crescimento) 3,08 3,10 3,03 (1)
    Produção Industrial (% do crescimento) 3,00 3,00 3,00 = (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -62,50 -65,00 -65,00 = (1)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 15,20 14,90 14,00 (3)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (14)
    Preços Administrados (%) 3,40 3,30 3,20 (2)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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