Desembolsos do BNDES apontam para recuperação do investimento em 2013
Os desembolsos do BNDES totalizaram R$37,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013, o que representa aumento de 52% na comparação com igual período do ano anterior. O maior nível de desembolsos para o primeiro trimestre aponta para a retomada no investimento, já que as maiores liberações se destinaram a máquinas e equipamentos e ao setor industrial.
As liberações realizadas por meio do Finame - modalidade que concede crédito para a aquisição de bens de capital - atingiu o patamar de R$ 16,3 bilhões no primeiro trimestre do ano, alta de 70% ante igual período de 2012, sendo que 29% (R$ 4,8 bilhões) desse total se destinaram a máquinas industriais diretamente vinculadas a investimentos em ampliação de capacidade produtiva e modernização. Para equipamentos de transporte, houve alta de 44% nas liberações, com desembolsos de R$ 8,0 bilhões, ou seja, 49% das liberações do FINAME. O restante se destinou a equipamentos agrícolas, cuja expansão foi de 129%, totalizando R$ 3,6 bilhões.
Cabe ressaltar que as liberações para micro, pequenas e médias empresas atingiu o recorde de R$ 15,1 bilhões de reais, aumento de 50% em relação ao primeiro trimestre de 2012.
As consultas obtiveram queda de 11% nos três primeiros meses de 2013 na comparação com igual período de 2012. No entanto, a contração não significa uma menor disposição para investimento, já que para o primeiro trimestre de 2012 uma única operação da Petrobras havia consultado quantidade considerável de crédito (R$ 9,3 bilhões), fato que contribuiu para a queda no primeiro trimestre deste ano. De maneira geral, os resultados indicam aumento de consultas em setores que estão ligados ao investimento. A categoria de Veículos, Reboques e Carrocerias, por exemplo, apresentou ganho de 1517,0%.
IGP-M apresenta leve aceleração e fica em 0,28% no segundo decêndio de abril
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou aceleração no segundo decêndio de abril, ao variar 0,28%, frente a 0,24% no mesmo período de março, segundo os dados divulgados esta manhã (18/04) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O segundo decêndio do IGP-M de abril corresponde ao período de 21 de março a 10 de abril.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP – variou 0,11% no segundo decêndio de abril, taxa idêntica à apresentada no mesmo período de março. O índice referente a Bens Intermediários foi o único a apresentar acréscimo em sua taxa de variação, passando de -0,27% em março para -0,14% em abril. Em contrapartida, tanto Bens Finais (que passou de 0,96% para 0,94%) quanto Matérias-Primas Brutas (de -0,44% para -0,58%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – correspondente a 30% do IGP – desacelerou e registrou variação de 0,57% no segundo decêndio de abril, frente a 0,63% no mesmo período de março. Quatro das oito classes de despesa apresentaram decréscimos em suas taxas de variação, sendo que da classe Transportes (de 0,70% para 0,33%) partiu a maior contribuição negativa para a variação global do IPC. As outras classes que apresentaram decréscimo foram: Vestuário (de 0,69% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,32% para -0,07%) e Comunicação (de 0,33% para 0,14%). Em contrapartida, as classes que apresentaram acréscimo em suas taxas de variação foram: Alimentação (de 1,07% para 1,23%), Habitação (de 0,35% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 0,62%) e Despesas Diversas (de 0,22% para 0,23%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,74% no segundo decêndio de abril, enquanto que no mesmo período de março o índice havia registrado taxa de 0,20%. O índice relativo ao Custo da mão de obra registrou ganho de 0,91%, taxa bastante superior àquela de 0,07% apurada em março. Já o índice que representa Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,57%, frente a 0,35% no período anterior.
Relatório divulgado em 15/04/2013
|
IPCA (%) |
5,73 |
5,70 |
5,68 |
|
(2) |
IGP-DI (%) |
4,99 |
4,87 |
4,95 |
|
(2) |
IGP-M (%) |
5,17 |
4,93 |
4,93 |
= |
(1) |
IPC-Fipe (%) |
5,15 |
5,16 |
5,12 |
|
(2) |
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,00 |
2,00 |
2,00 |
= |
(7) |
Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
1,99 |
2,00 |
2,00 |
= |
(2) |
Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
8,25 |
8,50 |
8,50 |
= |
(3) |
Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
7,69 |
7,81 |
7,88 |
|
(1) |
Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
34,10 |
34,50 |
34,50 |
= |
(3) |
PIB (% do crescimento) |
3,03 |
3,00 |
3,00 |
= |
(1) |
Produção Industrial (% do crescimento) |
3,00 |
3,00 |
3,00 |
= |
(1) |
Conta Corrente (US$ bilhões) |
-65,00 |
-68,00 |
-68,00 |
= |
(2) |
Balança Comercial (US$ bilhões) |
14,00 |
11,00 |
10,64 |
|
(7) |
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(18) |
Preços Administrados (%) |
3,20 |
2,90 |
2,95 |
|
(1) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.
Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores
marcados com *, os dados de 2005 a 2007
foram revisados pelo IBGE.
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