Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão Semanal  Veja destaques:

• Dados da Economia Brasileira na semana 31/01 a 04/02
• Síntese da semana
• Agenda Econômica para a próxima semana: 07/02 a 11/02

Dados da Economia Brasileira na semana: 31/01 a 04/02
 

• Expectativas do mercado (Focus/Banco Central): Relatório Focus indica que o IPCA deverá encerrar o ano de 2022 com alta de 5,38%. O centro da meta de inflação para 2022 é de 3,50%, podendo variar entre 2,00 e 5,00%. Para o PIB do Brasil, a expectativa do mercado é de crescimento de 0,30% em 2022 ante 0,29% do relatório anterior. Por fim, as expectativas para a taxa SELIC (11,75%) e taxa de câmbio (R$/US$ 5,60) para o se mantiveram com as mesmas projeções para o encerramento do ano.
• Emprego formal (Caged): Brasil fechou 265,8 mil vagas de emprego formal em dezembro, acumulando 2,7 milhões de vagas criadas em 2021. A indústria de transformação brasileira foi responsável por encerrar 88,3 mil vagas de empregos no mês, com saldo acumulado de 433,9 mil vagas criadas no ano. No estado de São Paulo, houve fechamento de mais de 103,9 mil vagas no mês, no ano, o saldo líquido foi de 814 mil contratações. No caso da indústria de transformação paulista, houve o encerramento de 25,8 mil vagas de emprego em dezembro, mas o ano registrou saldo positivo de 112,9 mil vagas criadas.
• Índice de Preços ao Produtor (IPP – IBGE): Índice de Preços ao Produtos (IPP) recuou 0,12% no mês de dezembro conforme divulgado pelo IBGE. No acumulado do ano de 2021, o índice apresentou avanço de 28,4%.
• Pesquisa Industrial Mensal (PIM - IBGE): Produção da indústria nacional cresceu 2,9% no mês de dezembro frente a novembro. O resultado veio bem acima da estimativa do mercado (1,6%) e da projeção da FIESP (1,9%). A indústria de transformação avançou 2,0% no mês de dezembro. Já a indústria extrativa teve variação positiva de sua produção em 1,6%. A produção industrial ficou estável no 4° trimestre de 2021 em relação ao trimestre imediatamente anterior. No acumulado do ano de 2021, em comparação com o ano de 2020, a PIM cresceu 3,9% após registrar queda de 4,4% em 2020. A indústria de transformação subiu 4,3% em relação ao ano de 2020 quando caiu 4,6%. E a indústria extrativa registrou aumento de 1,1% em 2021, ante contração de 3,4% em 2020.
• Taxa de juros (Banco Central):  O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou na quarta-feira (02/02), a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 p.p, para 10,75% a.a. (antes a taxa era 9,25% a.a.). Está é a oitava alta consecutiva da taxa básica de juros.
• Expedição de papel ondulado (Empapel): A expedição de papel ondulado do mês dezembro de 2021 registrou aumento de 1,9% com relação a novembro, no dado com ajuste sazonal. O indicador volta a subir após dois meses consecutivos de queda, sendo -2,2% em outubro e -0,2% em novembro.
• PMI da Indústria Brasileira (Markit): O PMI da indústria brasileira do mês de janeiro divulgado pela Markit ficou em 47,8 pontos, recuando 2,0 pontos na comparação com a leitura de dezembro (49,8 pontos). O Índice de Atividade dos Gerentes de Compras (PMI) industrial reflete as condições de negócio na indústria do Brasil no mês de referência. Resultado acima de 50,0 pontos indica crescimento da indústria no mês, e abaixo, retração do setor.

No relatório Focus desta semana, o mercado elevou as expectativas para IPCA em 2022 (para 5,38% contra 5,15% apontada no relatório anterior), além de subir as expectativas para o crescimento do PIB do ano (de 0,29% para 0,30%). O indicador de preços divulgado nesta semana, o IPP, tem crescimento acumulado em 2021 de 28,40%, pressionando as expectativas para um crescimento dos indicadores de inflação para o ano de 2022.

O Copom elevou pela oitava vez consecutiva a taxa SELIC para 10,75% e sinalizando que deve continuar o aperto monetário na próxima reunião em março, porém, em nível menor que o ajuste mais recente de 1,50 p.p..
Em nota divulgada na mesma data (02/02), a FIESP afirma que: “as questões conjunturais, em geral de curto prazo e que definem as ações monetárias do Banco Central (BC), não devem sobrepor-se às razões estruturais que influenciam a economia nacional. Muito mais que o BC e o Tesouro, são os poderes da República e a sociedade que devem dar as diretrizes visando o interesse comum do desenvolvimento nacional.  
Para tanto, além de reconhecer as virtudes do setor e sua importância para a economia brasileira, é preciso também almejar o mesmo dinamismo para o setor industrial. A indústria de transformação é o principal canal de geração de inovações e espraiamentos tecnológicos para os demais setores.  
A expansão da renda e a geração de empregos de qualidade são características da indústria de transformação, com impactos positivos generalizados, do agronegócio aos serviços. Por isso, a Fiesp afirma: é preciso pensar para além do Copom. “.

Segundo dados divulgados pelo CAGED, em dezembro o país encerrou cerca de 265,8 mil vagas de emprego com carteira assinada. No entanto, no acumulando no ano de 2021, houve criação de 2,7 milhões de empregos formais.

A PIM cresceu 2,9% no mês de dezembro frente a novembro, sendo o primeiro aumento da produção desde maio de 2021 quando houve um crescimento mensal de 1,2%. O bom resultado foi acima das projeções do mercado (+1,6%) e da FIESP (+1,9%), influenciado principalmente pelo setor Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (12,2%). Considerando o 4º trimestre de 2021, a produção industrial do Brasil ficou estável, após sequência de três quedas trimestrais consecutivas, sendo no 1º trimestre/2021: -1,0%, no 2º trimestre/2021: -2,9% e 3º trimestre/2021: -1,9%. Já no acumulado do ano de 2021 em relação ao ano imediatamente anterior, a PIM avançou 3,9% após registrar queda de 4,4% em 2020. Por grande categoria econômica, os Bens de Capital foi o destaque no ano com crescimento de 28,3%, com destaque para os bens ligados à construção (+52,7%), transporte (+40,2%) e agricultura (+34,9%).

No mês de janeiro o PMI da indústria brasileira retraiu 2,0 pontos ao encerrar em 47,8 pontos em relação a leitura do mês de dezembro (49,8 pontos). Este é o terceiro mês abaixo dos 50,0 pontos, indicando retração do setor. Em linha com o PMI, a projeção preliminar da FIESP é de redução da produção industrial brasileira de 1,5% em janeiro na comparação com dezembro.

Na próxima semana, será divulgado pelo IBGE a Pesquisa Mensal do Comércio referente a dezembro, para o qual o mercado espera queda de 0,7%, e a Pesquisa Mensal de Serviços, cuja expectativa do mercado aponta alta de 1,1% em dezembro sobre novembro. O Banco Central divulgará o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), proxy para a evolução do PIB mensal, com expectativa de aumento de 0,5%.  Ainda sobre atividade, a CNI divulgará a confiança do setor industrial do mês de fevereiro (ICEI) e a ANFAVEA irá divulgar a produção total de veículos automotores no país referente ao mês de janeiro.

Quanto aos indicadores de inflação, haverá as divulgações do IGP-DI e do IPCA, ambos referentes ao mês de janeiro.

Agenda Econômica para a próxima semana: 07/02 a 11/02
 

07/02/2022 (Segunda-feira):

• Banco Central divulga relatório Focus.
• IBRE/FGV divulga o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de janeiro/2022. Expectativa do mercado aponta aumento de 1,75% no mês.
• Anfavea divulga Produção Total de Veículos do mês de janeiro/2022.
• Bundesbank divulga a produção industrial da Alemanha do mês de dezembro.

09/02/2022 (Quarta-feira):

• IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do mês de dezembro/2021. Mercado espera queda de 0,7% para o mês.
• IBRE(FGV) divulga a 1ª prévia do IGP-M de fevereiro/2022.
• IBGE divulga o IPCA de janeiro/2022. Expectativa indica aumento de 0,55%.
• Banco central divulga o fluxo cambial semanal de 31/01 a 04/02.

10/02/2022 (Quinta-feira):

• CNI divulga o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do mês de fevereiro.
• IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do mês de dezembro/2021. Expectativa do mercado aponta alta de 1,1%.

11/02/2022 (Sexta-feira):

• Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de dezembro. Mercado espera variação de 0,5%.