
Focus: Projeções do IPCA seguem tendência de queda em 2017
Na manhã desta segunda-feira (23/01) o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com o relatório, o mercado manteve sua estimativa de crescimento do PIB para os anos de 2017 e 2018. Enquanto que para este ano, a projeção segue pela quarta semana seguida em apenas 0,50%, para o ano de 2018 as projeções são de um crescimento de 2,20%, mantendo a queda de 0,1 p.p. da semana anterior. Há duas semanas, a mediana do mercado era de 2,30% do PIB.

As expectativas do IPCA para o ano de 2017 mantiveram as tendências de queda pela terceira semana seguida. O boletim desta semana aponta 4,71% a mediana do mercado, tendo uma queda de 0,09 p.p. em relação à semana anterior. Nas expectativas para o ano de 2018, a inflação é de 4,50%, ficando no centro da meta. É a vigésima sexta semana seguida que as projeções não se alteram para este período.

Ainda reflexo da redução mais intensa da taxa na última reunião do COPOM (em 11/01) e os resultados melhor do que esperado para a inflação (notavelmente o IPCA-15), as expectativas do mercado em relação a SELIC ficaram em 9,50% para este ano, em relação aos 9,75% da semana passada. Para o ano de 2018 a taxa esperada diminuiu de 9,50% para 9,38%. No que tange a taxa de câmbio, as projeções para 2017 e 2018 não se alteraram esta semana: neste ano, o câmbio deve encerrar em R$/US$ 3,40 e para o ano que vem segue em R$/US$ 3,50 pela nona semana seguida.

Em relação ao setor externo, a Balança Comercial esperada sofreu uma queda de US$ 46,00 bilhões para US$ 45,60 bilhões em 2017. Apesar da previsão expor uma alta na casa de US$ 3,00 bilhões na semana anterior, para o próximo ano o mercado ajustou as expectativas com uma leve queda, passando para US$ 40,25 bilhões em relação aos US$ 40,75 bilhões. Quanto as projeções do déficit em Conta Corrente, as expectativas voltaram para US$ 26,00 bilhões em 2017, mesmo nível registrado há duas semanas. Já o déficit estimado para o ano de 2018 permaneceu em US$ 35,00 bilhões pela segunda semana seguida.
Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,00%, mesmo patamar apontado nas duas últimas semanas. Para 2018, o crescimento estimado é de 2,10%, desempenho que se mantém pela quinta semana seguida.

CAGED: Mercado de trabalho fechou 1,3 milhões de vagas em 2016
Na última sexta-feira (20/01, o Ministério do Trabalho (MTE) divulgou os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes ao mês de dezembro de 2016. De acordo com a publicação, houve o fechamento de 462.366 postos de trabalho no mês de dezembro. Com esse resultado, o ano que se encerrou apresentou 1.321.994 vagas de emprego formal a menos que o ano de 2015.

No que tange a Indústria de Transformação brasileira, o ano de 2016 registrou um saldo negativo de 322.526 vagas, volume que representa uma queda de 4,23% no nível de emprego, no entanto, melhor do que o acumulado no ano anterior, quando foram fechadas 612.209 vagas. Os principais destaques negativos no ano foram: material de transporte (-50.705 vagas); metalúrgica (-44.807 vagas); mecânica (-36.798 vagas); produtos de minerais não metálicos (-36.742 vagas) e alimentos, bebidas e álcool etílico (-36.630 vagas). O único resultado positivo em 2016 foi do setor de calçados com a abertura de 4.417 vagas.
No Estado de São Paulo, o mês de dezembro de 2016 apresentou saldo negativo de empregos, com o fechamento líquido de 159.280 postos de trabalho. No ano de 2016, foram fechadas 395.288 vagas em todos os setores de atividade no Estado. A indústria de transformação paulista apontou um saldo negativo de 115.679 vagas no ano, resultado este que representa uma queda de 4,58% no nível de empregos.

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