
FGV: Confiança industrial apresenta forte alta no primeiro mês do ano
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã deste terça-feira (31/01) o Índice de Confiança da Indústria (ICI) referente ao mês de janeiro. Na série ajustada sazonalmente, o índice registrou alta de 5,1% no primeiro mês do ano, ante uma contração de 1,9% em dezembro, passando de 84,7 para 89,0 pontos. Tal avanço mensal é o maior desde maio de 2009 e coloca o indicador em trajetória de recuperação da confiança.

Com relação aos subitens do ICI, o Índice da Situação atual (ISA) teve alta de 4,6% e atingiu o patamar de 87,0 pontos, ante 83,2 pontos apresentado no mês anterior. Já o Índice de Expectativa (IE) cresceu 5,4%, atingindo 91,0 pontos, contra 86,3 pontos apresentado no último mês de 2016. Houve alta na confiança de 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados, fatores que impactaram diretamente na alta tanto do ISA quanto do IE.

Quanto o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), o resultado de janeiro exibiu avanço de 1,7 p.p. e atingiu o patamar de 74,6%, ante 72,9% na leitura precedente.

Assim, conforme aponta o relatório, a confiança do setor volta para uma trajetória de recuperação, que havia sido interrompida em setembro do ano passado, respondendo uma aceleração da produção no final do ano e do maior ritmo de queda dos juros.
FGV: Confiança no Setor de serviços avança em janeiro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (31/01) o Índice de Confiança de Serviços (ICS) referente ao mês de janeiro. De acordo com o relatório, o indicador de confiança apresentou um avanço de 5,4%, ultrapassando a marca dos 80 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2015 (na série dessazonalizada). Ao atingir 80,4 pontos ante os 76,3 de dezembro, o indicador voltou a crescer depois de três quedas consecutivas.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) foi o principal responsável pela variação do ICS neste mês. Com um crescimento de 6,8%, a pontuação chegou aos 74,3 pontos, a maior desde maio de 2015. O Índice de Expectativas (IE-S) também cresceu, atingindo 86,6 pontos ante 83,4 em dezembro, com um aumento de 3,8%. Entre os quatro segmentos do setor de Serviços, destaque positivo para os Serviços de Informação e Telecomunicações, com o maior crescimento entre os três que avançaram neste mês (os segmentos Famílias e Profissionais e Administrativos também cresceram). Exceção para os Serviços de Transporte, que fora o único que apresentou queda no período referente.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de Serviços sofreu queda de 0,5%, permanecendo na marca de 82,3%.

PNAD: Taxa de desemprego encerra 2016 com média de 11,5%
Na manhã de hoje (31/01) foi divulgado pelo IBGE a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. De acordo com o estudo, a taxa de desocupação no quarto trimestre de 2016 foi a maior desde o início da série histórica em 2012. Ao atingir 12,0%, cresceu em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano e representou um avanço de 3 p.p. em relação ao mesmo período de 2015. Quanto a média anual, o ano de 2016 apresentou uma taxa de 11,5%, tendo sua população desempregada em 11,8 milhões de pessoas, frente aos 8,6 milhões de 2015.

Numa análise da população ocupada, os empregados com carteira assinada tiveram queda de 3,9% em relação ao período de outubro a dezembro de 2015, o que representa uma diminuição de cerca de 1,4 milhão de pessoas. Em sentido oposto, vale ressaltar o aumento da taxa de empregados no setor privado sem carteira assinada, que cresceu 2,4% e 4,8% em relação ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2015, respectivamente.
Por fim, o Rendimento Médio Real para o último trimestre deste ano permaneceu estável se compararmos com o período de julho a setembro de 2016 e outubro a dezembro de 2015. O resultado estimado para este período foi de R$ 2043,00, ante os R$ 2026,00 e R$ 2033,00 dos períodos respectivamente citados. Entre os grupamentos de atividade, destaque para a Indústria Geral, cujo rendimento registrou queda na comparação dos dois períodos anteriores (3,9% e 4,6%), e para empregados do setor privado sem carteira assinada, que tiveram o rendimento médio reduzido em 3,7% frente ao terceiro trimestre de 2016. Já a posição que cresceu em relação ao trimestre anterior foram os Empregados no Setor Público, com uma taxa de 2,2%.

Em suma, esta nova elevação da taxa de desemprego no final de 2016 reforçam e ilustram a deterioração do mercado de trabalho, o que tem sido um forte entrave para os motores de crescimento da economia brasileira via consumo. Para este ano, a despeito de alguma recuperação da atividade no radar, o mercado de trabalho deve continuar mostrando deterioração, dado o hiato entre a resposta da recuperação da atividade e da criação do emprego.
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