Informativo eletrônico - Edição 2093 Sexta-Feira, 03 de fevereiro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Internacional

  • OCDE: Inflação acelera em dezembro, puxado pelos preços de energia
  • EUA: Custo Unitário do Trabalhador americano registra alta no quarto trimestre de 2016
  • Zona do Euro: Atividade econômica segue em elevado nível em janeiro
  • Markit: Atividade Indústria global segue em alto patamar em janeiro
Agenda Semanal

Dados da Economia Brasileira



OCDE: Inflação acelera em dezembro, puxado pelos preços de energia

Na manhã de hoje (03/02), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou os resultados dos Preços ao Consumidor (CPI) dos países-membros referente ao mês de dezembro. A inflação anual da OCDE acelerou para 1,8% em dezembro contra 1,5% registrada em novembro.



A elevação vista em dezembro foi influenciada e impulsionada principalmente pelos preços da energia, que teve uma elevação de 3,3% (a maior taxa desde maio de 2014, dissipando o efeito deflacionário recente que este componente emitia), ante variação de 0,1% em novembro. O preço dos alimentos, por sua vez, aumentou 0,2%, contra 0,0% no mês anterior.

Por fim, com relação a inflação anual excluindo alimento e energia, houve apenas um ligeiro crescimento na comparação com o mês anterior, em dezembro o resultado foi de 1,8%, ante 1,7% em novembro.



EUA: Custo Unitário do Trabalhador americano registra alta no quarto trimestre de 2016

A BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou hoje (02/02) a prévia do seu relatório de produtividade e custos do trabalho nos Estados Unidos referentes ao quarto trimestre de 2016. O Custo Unitário do Trabalho (CUT) americano apresentou avanço de 1,7% durante o quarto trimestre do ano, refletindo o avanço de 3,0% da remuneração por trabalhador e de apenas 1,3% da produtividade.



A produtividade cresceu 1,3% refletindo o avanço de 2,2% na produção total e de 0,9% nas horas de trabalho no quarto trimestre. Frente a igual trimestre de 2015, o Custo Unitário do Trabalho cresceu 1,9%, reflexo do avanço de 2,9% das remunerações e de 1,0% da produtividade (esta última respondendo a um aumento de 2,2% da produção e de 1,1% das horas trabalhadas).

Na abertura por setores, destaque para a indústria de transformação, que viu forte avanço do seu CUT no último trimestre do ano (3,3%), explicado pelo forte avanço das remunerações (4,1%), acompanhado de um fraco resultado da produtividade (0,7%). O CUT do setor de bens duráveis avançou 3,8% ao passo que os não duráveis viram seus custos crescerem 2,4%.

Tal aumento dos custos estão em linha com o nível mais apertado do mercado de trabalho americano, que está próximo do pleno emprego, e gerando pressão inflacionária na economia americana - situação monitorada de perto pelo Fed. O destaque para o aumento da produtividade é positivo para o desempenho econômico, sobretudo industrial, americano.


Zona do Euro: Atividade econômica segue em elevado nível em janeiro

Na manhã de hoje (03/02), o Instituto Markit divulgou o resultado final do Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro referente ao mês de janeiro. O PMI do mês foi de 54,4 pontos, o mesmo observado em dezembro, mantendo a perspectiva de elevado crescimento observada nos últimos meses do ano passado. O índice registrou, assim, sua maior pontuação desde maio de 2011.



Numa análise entre os quatro grandes países pertencentes à região (Alemanha, Espanha, França e Itália), a França chama atenção com uma taxa de crescimento de 1,9%, alcançando 54,1 pontos, a maior dos últimos cinco anos e meio. A Alemanha voltou a ter queda de 0,7% na pontuação depois de três meses, no entanto ainda permaneceu acima dos 50 pontos. Comportamento parecido tiveram Itália e Espanha, que apesar da redução no PMI, ainda se mantiveram na região de expansão da atividade.



A PMI de Serviços também permaneceu com os mesmos 53,7 pontos que dezembro, seguindo a tendência de expansão observada ao longo do final do ano passado. A maior confiança dentro do setor estimulou a recuperação do mercado de trabalho, com as taxas de criação de emprego sendo as mais altas desde crise financeira global.

Por fim, conforme o relatório, tal nível de PMI sinaliza para um avanço de 0,4% do PIB na passagem do último trimestre de 2016 para o primeiro deste ano, fortalecendo a expectativa de continuidade de um bom nível de atividade da Zona do Euro.

Markit: Atividade Indústria global segue em alto patamar em janeiro

Na última quarta-feira (01/02) o Instituto Markit e o banco J.P. Morgan divulgaram o Índice de Gerência de Compras (PMI) Global da Indústria de janeiro. O índice permaneceu em 52,7 pontos, mesmo patamar de dezembro de 2016, mantendo o maior nível desde fevereiro de 2014. Tal leitura aponta para uma forte atividade do setor em nível global.

Dentre as categorias da indústria, a produção de bens de investimento merece destaque com a maior taxa dos últimos cinco anos, liderando uma melhora geral nas condições do setor. Associado a isso, a entrada de novos negócios no mercado, chegando a um patamar mais elevado desde 2014, bem como a criação de novos empregos, mostrando que a confiança para um maior crescimento em 2017 segue em janeiro.

Ao analisar as grandes potências industriais, Estados Unidos, Zona do Euro e Reino Unido sinalizaram taxas mais agudas de expansão, enquanto que Japão diminuiu ligeiramente o seu ritmo de crescimento. Destaque negativo para Brasil, Coréia do Sul, Grécia e Turquia, que entre os 40 países da pesquisa, foram os únicos a apresentarem pontuações menores que 50, indicando uma contração na atividade industrial.



A Markit/Caixin divulgou hoje pela manhã o PMI da Indústria chinesa, também referente ao mês de janeiro. Após atingir uma pontuação de 51,9 pontos em dezembro (a maior desde janeiro de 2013) houve uma queda de 1,7%, voltando para 51,0 pontos em janeiro. Tivemos acomodação do crescimento de produção e novas encomendas. A despeito disto, a pressão inflacionária chinesa enfraqueceu neste mês, contribuindo para a manutenção de uma alta confiança dos empresários chineses.




Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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