PMS: Setor de serviços avança pelo segundo mês, mas encerra 2016 com queda de 5,0%
Na manhã de hoje (15/02), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) com os resultados do mês de dezembro. De acordo com as informações contidas no relatório, no ano de 2016 o volume de serviços apresentou uma contração de 5,0% frente ao ano anterior.

Na comparação mensal, já levando em consideração os ajustes sazonais, o setor de serviços mostrou elevação de 0,6% na passagem de novembro para dezembro, a segunda alta seguida considerado o avanço de 0,2% em novembro. Já comparando dezembro de 2016 com igual mês de 2015, verificou-se queda de 5,7%.

No que tange ao desempenho trimestral do setor, o volume recuou 2,8% na passagem do terceiro para o quatro trimestre de 2016, após devidos ajustes sazonais, sendo este a queda de maior intensidade desde o início da série histórica em 2012.

Foi observada acentuada contração na abertura por atividades no ano de 2016, com o segmento de Transporte, Serviços auxiliares dos transportes e correio acumulando a maior queda (-7,6%), destacando o subsetor de transporte terrestre com recuo de 10,4%. Os Serviços prestados ás famílias encerraram o ano com queda de 5,0%, os Serviços de informação e comunicação -3,2%, os Serviços profissionais, administrativos e complementares -5,5% e os Outros serviços -2,8%.
Por fim, na abertura por regiões, no ano de 2016 apenas uma unidade da Federação apresentou resultado positivo: Roraima (0,5%). Por outro lado, a região do Amapá apresentou a maior contração (-15,0%), seguido pelo Amazonas (-13,8%), Mato Grosso (-12,1%) e Maranhão (-10,5%). A região de São Paulo apresentou queda de 3,6% no ano de 2016.
FGV: IGP-10 desacelera em fevereiro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (15/02) o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, a inflação voltou a desacelerar no mês, crescendo 0,14% frente a alta de 0,88% em janeiro e 1,55% verificado em fevereiro de 2016. Com isso, o IGP-10 acumula alta de 5,67% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) mostrou descompressão em fevereiro, indo de uma elevação de 1,08% para uma deflação de 0,03% neste mês. Na abertura do IPA por estágio de processamento, os Bens Finais (de 0,53% para -0,81%) e as Matérias-Primas Brutas (de 1,55% para -0,56%) apresentaram deflação, ao passo que o grupo Bens Intermediários acelerou em fevereiro (de 1,24% para 1,32%).
Com relação a abertura do IPA por origem de processamento, os bens agropecuários seguem em deflação pelo quinto mês seguido, de -1,50% para -1,87%, enquanto os bens industriais desaceleraram no período, partindo de 2,10% em janeiro para 0,66% no atual período. No acumulado em 12 meses, os produtos agropecuários registraram alta de 4,45%, enquanto os produtos industriais tiveram uma alta de 6,39%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) apresentou a mesma taxa do relatório anterior, de 0,54%. Entre as classes dos índices, os que registraram aceleração em fevereiro foram Habitação (-0,20% para 0,35%), Educação, Leitura e Recreação (1,65% para 2,99%) e Comunicação (0,34% para 0,37%). No outro sentido, as classes que apresentaram desaceleração foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,42%), Despesas Diversas (1,10% para 0,30%) e Transportes (0,90% para 0,85%). Já as classes Vestuário (0,14% para -0,12%) e Alimentação (0,66% para 0,01%) apresentaram deflação para o mês.
Por fim, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) acelerou em fevereiro. Com uma taxa de 0,36% ante 0,30% no mês passado. O índice foi puxado pela classe Materiais, Equipamentos e Serviços, com variação de 0,55% ante 0,17% de janeiro, visto que o Custo de Mão-de-Obra desacelerou de 0,41% para 0,19%.
FGV: Indicador de Clima Econômico da América Latina recua em janeiro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Alemão Ifo divulgou no dia de ontem (14/02) o resultado da Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) referente ao mês de janeiro. Segundo o relatório, o ICE passou de 70 pontos em outubro para 69 pontos em janeiro, mantendo assim, a ligeira iniciada em julho de 2016.
O resultado visto reflete o avanço de 5 pontos no Indicar da Situação Atual (ISA) e o recuou de 11 pontos do Indicador de Expectativas (IE). Vale ressaltar que o ISA (com 36 pontos) está em um patamar muito distante da média histórica dos últimos 10 anos (89 pontos). Por outro lado, o IE (111 pontos) permanece em uma zona favorável, acima da média histórica (98 pontos).
Com relação ao ICE mundial, o relatório registra a manutenção da trajetória ascendente, dado que o indicador subiu 5 pontos e atingiu a zona favorável do ciclo econômico. Os países desenvolvidos apresentaram melhora em seu clima econômico: Os Estados Unidos tiveram alta de 5 pontos, assim como a União Europeia (+9 pontos) e o Japão (+17 pontos), influenciados pelo aumento no indicador da avaliação atual e das expectativas em 2017. Em relação aos países em desenvolvimento, a China apresentou comportamento similar: um aumento de 25 pontos no ISA e de 5 pontos no IE, resultando em uma elevação de 16 pontos no ICE.
O ICE da América Latina especificamente, diferente da tendência mundial (crescimento), registrou queda, em função da piora do clima econômico nas três principais economias da região: Brasil (-4 pontos); México (-5 pontos); e Argentina (-8 pontos). Houve uma piora na avaliação da Situação Atual na Argentina (-6 pontos), no entanto, no México e no Brasil esse resultado foi positivo, crescendo respectivamente 13 e 4 pontos. Apesar dos resultados positivos, nos 3 países os indicadores permanecem abaixo da média histórica e na região desfavorável do ciclo. Quanto as Expectativas, o relatório aponta piora nos 3 países: Argentina (-9 pontos); Brasil (-21 pontos); e México (-24 pontos). O resultado do México está intimamente relacionado à eleição de Trump, deteriorando as expectativas de curto e médio prazo.

Por fim, o relatório ainda enfatiza que fatores domésticos influenciaram negativamente os resultados atuais das grandes economias da América Latina, algo que não ocorre na maioria dos outros países da região.
.gif)