Informativo eletrônico - Edição 2101 Quarta-Feira, 15de fevereiro de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMS: Setor de serviços avança pelo segundo mês, mas encerra 2016 com queda de 5,0%
  • FGV: IGP-10 desacelera em fevereiro
  • FGV: Indicador de Clima Econômico da América Latina recua em janeiro
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Apesar da queda em dezembro, produção industrial sobe em 2016

Dados da Economia Brasileira



PMS: Setor de serviços avança pelo segundo mês, mas encerra 2016 com queda de 5,0%

Na manhã de hoje (15/02), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) com os resultados do mês de dezembro. De acordo com as informações contidas no relatório, no ano de 2016 o volume de serviços apresentou uma contração de 5,0% frente ao ano anterior.



Na comparação mensal, já levando em consideração os ajustes sazonais, o setor de serviços mostrou elevação de 0,6% na passagem de novembro para dezembro, a segunda alta seguida considerado o avanço de 0,2% em novembro. Já comparando dezembro de 2016 com igual mês de 2015, verificou-se queda de 5,7%.


No que tange ao desempenho trimestral do setor, o volume recuou 2,8% na passagem do terceiro para o quatro trimestre de 2016, após devidos ajustes sazonais, sendo este a queda de maior intensidade desde o início da série histórica em 2012.

Foi observada acentuada contração na abertura por atividades no ano de 2016, com o segmento de Transporte, Serviços auxiliares dos transportes e correio acumulando a maior queda (-7,6%), destacando o subsetor de transporte terrestre com recuo de 10,4%. Os Serviços prestados ás famílias encerraram o ano com queda de 5,0%, os Serviços de informação e comunicação -3,2%, os Serviços profissionais, administrativos e complementares -5,5% e os Outros serviços -2,8%.

Por fim, na abertura por regiões, no ano de 2016 apenas uma unidade da Federação apresentou resultado positivo: Roraima (0,5%). Por outro lado, a região do Amapá apresentou a maior contração (-15,0%), seguido pelo Amazonas (-13,8%), Mato Grosso (-12,1%) e Maranhão (-10,5%). A região de São Paulo apresentou queda de 3,6% no ano de 2016.

FGV: IGP-10 desacelera em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta manhã (15/02) o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, a inflação voltou a desacelerar no mês, crescendo 0,14% frente a alta de 0,88% em janeiro e 1,55% verificado em fevereiro de 2016. Com isso, o IGP-10 acumula alta de 5,67% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) mostrou descompressão em fevereiro, indo de uma elevação de 1,08% para uma deflação de 0,03% neste mês. Na abertura do IPA por estágio de processamento, os Bens Finais (de 0,53% para -0,81%) e as Matérias-Primas Brutas (de 1,55% para -0,56%) apresentaram deflação, ao passo que o grupo Bens Intermediários acelerou em fevereiro (de 1,24% para 1,32%).

Com relação a abertura do IPA por origem de processamento, os bens agropecuários seguem em deflação pelo quinto mês seguido, de -1,50% para -1,87%, enquanto os bens industriais desaceleraram no período, partindo de 2,10% em janeiro para 0,66% no atual período. No acumulado em 12 meses, os produtos agropecuários registraram alta de 4,45%, enquanto os produtos industriais tiveram uma alta de 6,39%.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) apresentou a mesma taxa do relatório anterior, de 0,54%. Entre as classes dos índices, os que registraram aceleração em fevereiro foram Habitação (-0,20% para 0,35%), Educação, Leitura e Recreação (1,65% para 2,99%) e Comunicação (0,34% para 0,37%). No outro sentido, as classes que apresentaram desaceleração foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,42%), Despesas Diversas (1,10% para 0,30%) e Transportes (0,90% para 0,85%). Já as classes Vestuário (0,14% para -0,12%) e Alimentação (0,66% para 0,01%) apresentaram deflação para o mês.

Por fim, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) acelerou em fevereiro. Com uma taxa de 0,36% ante 0,30% no mês passado. O índice foi puxado pela classe Materiais, Equipamentos e Serviços, com variação de 0,55% ante 0,17% de janeiro, visto que o Custo de Mão-de-Obra desacelerou de 0,41% para 0,19%.



FGV: Indicador de Clima Econômico da América Latina recua em janeiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Alemão Ifo divulgou no dia de ontem (14/02) o resultado da Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) referente ao mês de janeiro. Segundo o relatório, o ICE passou de 70 pontos em outubro para 69 pontos em janeiro, mantendo assim, a ligeira iniciada em julho de 2016.

O resultado visto reflete o avanço de 5 pontos no Indicar da Situação Atual (ISA) e o recuou de 11 pontos do Indicador de Expectativas (IE). Vale ressaltar que o ISA (com 36 pontos) está em um patamar muito distante da média histórica dos últimos 10 anos (89 pontos). Por outro lado, o IE (111 pontos) permanece em uma zona favorável, acima da média histórica (98 pontos).

Com relação ao ICE mundial, o relatório registra a manutenção da trajetória ascendente, dado que o indicador subiu 5 pontos e atingiu a zona favorável do ciclo econômico. Os países desenvolvidos apresentaram melhora em seu clima econômico: Os Estados Unidos tiveram alta de 5 pontos, assim como a União Europeia (+9 pontos) e o Japão (+17 pontos), influenciados pelo aumento no indicador da avaliação atual e das expectativas em 2017. Em relação aos países em desenvolvimento, a China apresentou comportamento similar: um aumento de 25 pontos no ISA e de 5 pontos no IE, resultando em uma elevação de 16 pontos no ICE.

O ICE da América Latina especificamente, diferente da tendência mundial (crescimento), registrou queda, em função da piora do clima econômico nas três principais economias da região: Brasil (-4 pontos); México (-5 pontos); e Argentina (-8 pontos). Houve uma piora na avaliação da Situação Atual na Argentina (-6 pontos), no entanto, no México e no Brasil esse resultado foi positivo, crescendo respectivamente 13 e 4 pontos. Apesar dos resultados positivos, nos 3 países os indicadores permanecem abaixo da média histórica e na região desfavorável do ciclo. Quanto as Expectativas, o relatório aponta piora nos 3 países: Argentina (-9 pontos); Brasil (-21 pontos); e México (-24 pontos). O resultado do México está intimamente relacionado à eleição de Trump, deteriorando as expectativas de curto e médio prazo.


Por fim, o relatório ainda enfatiza que fatores domésticos influenciaram negativamente os resultados atuais das grandes economias da América Latina, algo que não ocorre na maioria dos outros países da região.


 

Zona do Euro: Apesar da queda em dezembro, produção industrial sobe em 2016

Na manhã de ontem (15/02) a Eurostat divulgou a produção industrial da Zona do Euro referente ao mês de dezembro de 2016. De acordo com a publicação, na série ajustada sazonalmente, a produção caiu 1,6% na passagem mensal, após subir 1,5% no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, no entanto, a produção subiu 2,0%. Assim, o setor cresceu 1,3% na passagem de 2015 para 2016.


Na abertura por grupos de produção, a passagem mensal foi marcada por queda em quatro dos cincos grupos componente. São eles: bens de capital (-3,3%); energia (-1,4%); bens de consumo não-duráveis (-1,2%) e bens intermediários (-0,2%). Apenas a produção de bens de consumo duráveis cresceu no mês, na taxa de 2,9%.

Por último, na análise de desempenho dos Big-Four (Alemanha, Espanha, França e Itália), a Alemanha foi um dos países da Zona do Euro com pior resultado para dezembro, dado a retração de 3,1% da produção do setor. Por sua vez, Espanha e França também ficaram com taxas negativas de (-0,4% e -0,9%, respectivamente).
 

Macro Visão é uma publicação da:
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Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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