FGV: Monitor do PIB-FGV apresenta retração de 3,6% para 2016
Na manhã de hoje (16/02), a Fundação Getúlio Vargas divulgou seu monitor para o PIB-FGV referente ao mês de dezembro de 2016 e, com isso, os dados de fechamento trimestral e anual. De acordo com a publicação, o indicador registrou retração anual de -3,6% em relação a 2015, período em que a taxa ficou em -3,8%, sendo assim completou 2 anos de recessão da economia nacional. O resultado do quarto trimestre (-0,89%) mostra a continuidade na queda da atividade, verificada desde o primeiro trimestre de 2015. Conclui-se, assim, a oitava queda consecutiva do PIB trimestral.

Na abertura pela ótica da oferta, os três setores registraram retração em relação ao ano anterior. A agropecuária registrou a primeira queda após 3 anos, com -6,45% para 2016 frente ao crescimento de 3,61% de 2015. Já os setores de serviços e industrial mantiveram a tendência declinante dos últimos anos, com -2,65% e -3,80%, respectivamente.
A análise trimestral evidencia o período de recessão dos setores. A indústria registrou sua nona taxa negativa nos últimos onze períodos, com -0,65%, enquanto serviços caiu pelo oitavo trimestre seguido (-0,68%). Em movimento contrário, a agropecuária registrou sua maior alta em sete trimestres, de 1,51%.

Em relação a ótica da demanda, houve melhora anual em apenas um dentre seus 5 componentes. As exportações foram a exceção, registrando crescimento de 2,34% em 2016 ante 6,28% em 2015. As quedas mais expressivas ocorreram em Formação bruta de capital fixo (-10,22%) e Importações (-10,69%); além da aceleração de queda do consumo das famílias, que passaram de -3,94% em 2015 para -4,22%. Por outro lado houve desaceleração da retração do consumo do governo, que caiu -0,92% em 2016 ante -1,06% no período anterior.
Na base trimestral, apenas as importações apresentaram alta, devido às intensas quedas nos períodos antecedentes. A formação bruta de capital fixo teve o declínio mais acentuado para o trimestre (-1,72%), fechando o décimo segundo trimestre negativo em treze analisados, seguido por exportações (-1,19%). Consumo das famílias chegou ao oitavo trimestre seguido de queda (-0,36%), e o consumo do governo fechou o trimestre em -0,69%, a taxa mais baixa para o ano de 2016.
Banco Central: Atividade economia retraiu 4,34% em 2016
Na manhã de hoje (16/02) o Banco Central divulgou seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB, referente a dezembro. A atividade econômica brasileira recuou 0,26% no último mês de 2016, resultado pior do que o esperado pelo mercado (-0,16%). Com isso, o índice contraiu 4,34% na passagem de 2015 para 2016.

Os resultados anuais da Produção Industrial (-6,6%, Macro Visão 2091), das Vendas no Varejo Ampliado (-8,7%, Macro Visão 2100) e do Volume de Serviços (-5,0% Macro Visão 2101) refletem o atual cenário economia brasileiro.
Desta forma, a proxy mensal do PIB divulgada não deve destoar do resultado final do PIB do ano de 2016, que será divulgado no dia 7 de março.
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