
IBGE: Taxa de subutilização da força de trabalho avança no último trimestre de 2016
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã (23/02) os resultados mais precisos da PNAD Contínua referente ao quarto trimestre de 2016. Conforme a prévia que havia sido divulgado em 31/01, e contemplado em nosso Macro Visão 2090, a taxa de desocupação no período referente ficou em 12,0%.

Na publicação de hoje, o IBGE divulgou dados mais específicos para o período de referência. No que diz respeito a taxa de Subutilização da Força de Trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial), o quarto trimestre fechou em 22,2%, acima dos 21,2% do terceiro trimestre e dos 17,3% do último trimestre de 2015.
Separando a agregação da Taxa de Subutilização, é possível combinar taxa de desocupação com subocupação por insuficiência de horas, que são aquelas pessoas que tem jornada de trabalho menor que as 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar num período maior. Esta taxa passou de 16,5% no trimestre anterior para 17,2%. Em comparação ao mesmo trimestre de 2015, a taxa era de 13,0%.

Agora combinando taxa de desocupação com a força de trabalho potencial (pessoas que não procuraram emprego, porém estavam disponíveis para trabalhar), ela apresenta comportamento parecido com a última combinação, avançando de 16,5% no trimestre anterior para 17,2%. Enquanto a taxa no último trimestre de 2015 era de 13,5%.

Por fim, separando por regiões, destaque negativo para o Nordeste, que apresentou o pior resultado para os três indicadores combinados, em especial a Bahia, com 36,2% de subutilização da força de trabalho. Por outro lado, a região Sul apresentou a menor taxa dentro as cinco, tendo Santa Catarina, com 9,4%, como destaque positivo.
FGV: IGP-M desacelera em fevereiro
Na manhã de hoje (23/02), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seus resultados para do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) referente ao mês de fevereiro. A leitura deste mês apresenta descompressão da inflação, o índice foi de 0,08%, ante 0,64% do mês de janeiro e 1,29% em fevereiro de 2016. No acumulado de 12 meses, o índice desacelerou para 5,38% frente a 6,65% no mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou em 0,09% na passagem mensal, frente à variação de 0,70% de janeiro. Na divisão por origem de processamento, os produtos agrícolas apresentaram seu oitavo mês seguido de queda nos preços, com uma deflação de 0,88%, enquanto que os produtos industriais desaceleraram de 1,73% para 0,20%. No acumulado de 12 meses, o primeiro grupo desacelerou de 7,1% para 3,7%. Também verificada queda no segundo grupo, de 7,0% para 6,1%.
Na abertura por estágios de processamento houve desaceleração nos três grupos, Matérias-Primas Brutas e Bens Finais apresentaram deflação no mês, -0,64% e -0,61%, respectivamente. Nos Bens Intermediários, o indicador registrou uma ligeira desaceleração, com taxa de 0,99% ante 1,05% no mês passado.

A desaceleração também foi verificada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), embora em menor intensidade. O resultado mensal ficou em 0,39% frente a 0,64% em janeiro. Entre as classes de despesas que compõem o índice, a principal contribuição foi de Alimentação, indo de 0,70% para -0,22%; seguido por Transportes (1,01% para 0,51%); Educação, Leitura e Recreação (2,46% para 2,15%); e Comunicação (0,37% para 0,28%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção teve um sentido oposto na leitura mensal, com uma taxa de inflação maior do que a verificada no mês anterior, de 0,29% para 0,53%. Tanto Materiais, Equipamentos e Serviços (0,30% para 0,62%), quanto Mão de Obra (0,28% para 0,45%) avançaram no período referente.
FGV: Confiança do Comércio avança pelo terceiro mês consecutivo
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (23/02) o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) referente ao mês de fevereiro. Na série com ajuste sazonal, o índice avançou 4,6% neste mês, passando de 78,9 para 82,5 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015.

A expansão neste mês se deve ao Índice de Situação Atual (ISA-COM), que cresceu 8,0% - uma das maiores de toda serie histórica, passando de 68,8 para 74,3 pontos. Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-COM) atingiu 91,5 pontos, um crescimento de 1,8%.
O bom resultado mensal veio de foram disseminadas entre os segmentos do setor e, na ausência de choques, a tendência de melhora gradual deve ser confirmar nos próximos meses, suportada pela redução do juro e liberação de recursos do FGTS, conforme aponta a FGV.

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