Informativo eletrônico - Edição 2111 Segunda-Feira, 06 de março de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado volta a elevar projetação de PIB para 2017 e 2018
  • FGV: Incerteza na economia volta a diminuir em fevereiro
Economia Internacional
  • Sentix: Confiança da Zona do Euro atinge maior patamar em 10 anos
  • EUA: PMI Composto aponta menor ritmo de expansão da atividade em fevereiro

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira



Focus: Mercado volta a elevar projetação de PIB para 2017 e 2018

Na manhã desta segunda-feira (06/03), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com as informações contidas no relatório, a mediana das projeções do PIB de 2017 subiram de 0,48% para 0,49%. Quanto ao ano de 2018, assim como no ano atual as projeções cresceram de 2,37% para 2,39%.


O boletim desta semana registrou a manutenção das expectativas do IPCA para o ano de 2017 (4,36%) abaixo do centro da meta. Para o ano de 2018, a expectativa de inflação é de 4,50%, patamar que vem sendo registrado nas ultimas trinta e duas semanas, mostrando a forte ancoragem das expectativas.


Com relação a taxa Selic para este ano, as projeções seguem em 9,25%, mesmo resultado do relatório da semana passada. Para o ano de 2018 a taxa esperada também permaneceu inalterada ante ao relatório anterior, registrando 9,00% pela quinta semana seguida. No que tange a taxa de câmbio, as projeções ficaram em R$/US$ 3,30 para o ano de 2017 pela segunda semana seguida. Já para o próximo ano, as projeções foram de R$/US$ 3,40, também pela segunda semana seguida.


Em relação ao setor externo, o superávit esperado para 2017 variou de US$ 47,65 bilhões para US$ 47,30 bilhões. Para 2018, permaneceu em US$ 40,00 bilhões. Quanto as expectativas do déficit em Conta Corrente, as estimativas seguem em US$ 26,50 bilhões para 2017 pela quinta semana consecutiva, ao passo que o déficit estimado para o ano de 2018 está em US$ 35,65 bilhões, o mesmo da semana que passou.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,09%, resultado igual ao registrado na semana passada. Para 2018, o crescimento estimado variou de 2,28% para 2,19%.


FGV: Incerteza na economia volta a diminuir em fevereiro

Na manhã de hoje (06/03), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu Índice de Incerteza da Economia (IIE-Br), referente ao mês de fevereiro. Este é composto por três medidas: a primeira, a IIE-Br-Mídia, baseada na frequência de notícias com menção à incerteza; a segunda trata-se da IIE-Br-Expectativa, que é construída a partir das dispersões das previsões de empresas para a taxa de câmbio e para o IPCA; e a terceira, que é baseada na volatilidade do mercado financeiro, denominada IIE-Br Mercado.

Pelo segundo mês consecutivo o resultado mensal recuou 6,7%, passando de 127,3 pontos para 118,8. Apesar de atingir o menor nível desde maio de 2015 o índice ainda fica bem acima da média histórica (102,0 pontos), iniciada em janeiro de 2000.



Na abertura entre os três componentes do indicador, a principal influência na queda se deve ao IIE-Br Mídia, que reduziu 7,8 pontos na passagem mensal, ante uma queda de 8,7 pontos no mês anterior. No mesmo sentido, o IIE-Br Mercado também recuou no mês (em -0,5 pontos), ao passo em que o IIE-Br Expectativa cresceu em 0,1 pontos.

Segundo a FGV, este resultado pode ser atribuído às recentes notícias favoráveis à economia brasileira, como queda de juros e inflação, além de um comprometimento que o governo apresenta pelo ajuste fiscal. No entanto, esta tendência de queda do indicador pode ser facilmente revertida por fatores internos (andamento da Operação Lava-Jato e das medidas de reforma, como a previdenciária) e fatores externos.

 

Sentix: Confiança da Zona do Euro atinge maior patamar em 10 anos

O Instituto Sentix divulgou nesta manhã (06/03) o seu Índice de Sentimento Econômico da Zona do Euro, que mensura o nível de confiança na economia pelo mercado financeiro, referente ao mês de março. No mês o índice cresceu 3,3 pontos, passando de 17,4 para 20,7 pontos. Esse é o maior patamar alcançado pelo índice em 10 anos.


Na abertura por subíndices, o resultado positivo de março foi verificado tanto na avaliação do Índice de Situação Atual (de 20,5 para 23,8 pontos), quanto no Índice de Expectativas (de 14,3 para 17,8 pontos).

O relatório ainda aponta otimismo para com as principais regiões do mundo, sem nenhum risco iminente para o crescimento global. A expectativa positiva é verificada tanto para as economias avançadas (principalmente Estados Unidos e Japão) como para as emergentes, incluindo as da América Latina.

EUA: PMI Composto aponta menor ritmo de expansão da atividade em fevereiro

O instituto Markit divulgou na tarde da última sexta-feira (03/03) os resultados do Índice de Gerência de Compras (PMI) Composto dos Estados Unidos referente ao mês de fevereiro. De acordo com o relatório, o PMI do mês passou de 55,8 para 54,1 pontos, um pouco abaixo da prévia de 54,3 pontos. Apesar da queda do índice no mês, este ainda indica expansão da atividade americana (por estar acima dos 50,0 pontos).

Entre os dois setores que formam o índice composto, o PMI Industrial acomodou-se frente ao expressivo resultado de janeiro, o maior desde março de 2015, passando de 55,0 para 54,2 pontos. No mesmo sentido, o PMI Serviços recuou após atingir o seu pico de 14 meses em janeiro, de 55,6 para 53,8 pontos. Esta leitura mensal indica o recuo do índice para o menor nível em 5 meses, além de ficar abaixo da média histórica (55,3 pontos).



Na mesma tarde da última sexta-feira, o Institute for Supply Management (ISM) divulgou seu índice das condições do setor de serviços para economia norte-americana, referente a fevereiro. Na contramão do PMI Serviços, o resultado mensal subiu 1,1 p.p., atingindo 57,6%. Enquanto que para o estudo do Markit as condições de atividade, novas encomendas e empregabilidade relaxaram no mês de fevereiro, o ISM apresentou elevados resultados para estes três componentes. A atividade de negócios atingiu seu maior patamar desde fevereiro de 2011, em 63,6%, novas encomendas ficaram em 61,2%, maior nível desde agosto de 2015, e o índice de empregos cresceu em 0,5%, alcançando 55,2%.



É importante ressaltar, no entanto, que apesar dos sentidos opostos que os resultados mensais apresentaram, ambos índices estão sinalizando expansão da atividade econômica nacional.

 



 

Macro Visão é uma publicação da:
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