Informativo eletrônico - Edição 2113 Quarta-Feira, 08 de março de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Produção Industrial recua 0,1% em fevereiro
  • Fiesp: Coeficiente de exportação e importação registram ligeira queda no último trimestre de 2016
  • FGV: IGP-DI continua apresentando desaceleração
  • FGV: Indicador de Antecedente de Emprego volta a melhorar em fevereiro

Dados da Economia Brasileira



IBGE: Produção Industrial recua 0,1% em fevereiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (08/03) o resultado da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de janeiro. A produção do setor recuou 0,1% na passagem de dezembro para janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado não foi capaz de anular a alta de 0,5% de novembro e 2,4% em dezembro, fazendo com que a média móvel de três meses findos em janeiro atinja 0,9% de crescimento.

Ao se comparar com janeiro de 2016, o resultado interrompeu uma série de 34 meses consecutivos de taxas negativas, ao apontar crescimento de 1,4% (é importante lembrar que este janeiro teve 2 dias uteis a mais que janeiro passado). Da mesma maneira, na taxa acumulada em 12 meses, o ritmo de queda vem diminuindo desde julho de 2016, sendo agora de -5,4% ante -6,6% de dezembro.



Entre os dois setores que compõem a indústria geral, a Extrativa Mineral apresentou sua terceira elevação seguida, tendo a produção de janeiro crescido 1,1%. Por sua vez, a Indústria de Transformação apresentou queda, embora a taxa de -0,5% não anule os ganhos de dezembro (+2,1%).



Na abertura por categorias de uso, a comparação mensal nos mostra que, apesar de Bens Intermediários e Bens de Consumo apresentarem alta de 0,7% e 0,3%, respectivamente, os Bens de Capital exerceram forte impacto negativo com queda de 4,1%. Ainda sobre o efeito de maior número de dias uteis deste mês de janeiro, a comparação interanual foi positiva para todas as categorias de uso.



Na abertura por atividades, metade dos ramos apresentaram queda. Na passagem mensal, livre de efeitos sazonais, destaques negativos ficam para: Veículos automotores, reboques e carretas, que recuaram 10,7%; Informática, produtos eletrônicos e ópticos, com 12,5% de recuo; e Máquinas e Equipamentos, com queda de 4,9%. Por outro lado, a outra metade que apresentou expansão de sua produção em janeiro, os ramos de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (21,6%) e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,0%) recebem destaque por conseguirem amenizar sua perda acumulada nos dois últimos meses do ano passado, em -19,4% e -5,6%, respectivamente.

Fiesp: Coeficiente de exportação e importação registram ligeira queda no último trimestre de 2016

Na última terça-feira (07/03) o Depecon/Derex da FIESP divulgaram os Coeficientes de Exportação e de Importação da Indústria de Transformação. O Coeficiente de Exportação (CE) das Industria de Transformação registrou uma ligeira queda no quarto trimestre de 2016 ao atingir 19,8%, ante uma taxa de 20,0% no acumulado dos 3 meses anteriores.

Vale lembrar que o Coeficiente de Exportação mede a proporção da produção que é exportada, enquanto o Coeficiente de Importação mede a proporção dos produtos consumidos internamente que é importada.

No que diz respeito a análise setorial, os coeficientes de 10 setores apresentaram crescimento no último trimestre de 2016. Os maiores crescimentos foram observados em máquinas e aparelhos elétricos (2,6 p.p); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,0 p.p); e veículos automotores (0,8 p.p). Já os CE de móveis, bebidas e produtos diversos permaneceram constantes. Oito setores exibiram retração, as quedas mais expressivas ocorreram em produtos alimentícios (-1,8 p.p); equipamentos de informática (-1,0 p.p) e máquinas e equipamentos (-0,9 p.p).

Já o Coeficiente de Importação (CI) da Industria de Transformação apresentou queda de 0,3 p.p, ao variar de 20,6% para 20,3% no último trimestre. A contração do CI o manteve em um patamar mais elevado que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando o indicador foi de 19,0%.

Na abertura setorial, dos 20 analisados 14 registraram crescimento no CI no quarto trimestre frente ao trimestre anterior, com as maiores expansões ocorrendo nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,5 p.p); indústria diversas (3,2 p.p) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,0 p.p). Quanto ao setor de produtos de madeira, o mesmo se manteve estável, enquanto 5 coeficientes apresentaram contrações, a saber: derivados de petróleo (-5,2 p.p.); máquinas e equipamentos (-3,7 p.p.); bebidas (-0,5 p.p.); produtos químicos (-0,4 p.p.); e produtos alimentícios (-0,4 p.p.).



FGV: IGP-DI continua apresentando desaceleração

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem (07/03) o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de fevereiro. De acordo com o relatório, os preços apresentaram uma variação de 0,06% no primeiro mês do ano, ante 0,43% registrado em janeiro. No mesmo período do ano anterior a variação vista foi de 0,79%. Já a taxa acumulada em 12 meses do IGP-DI mostrou descompressão para 5,26% ante 6,02% em janeiro.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que representa 60% do IGP-DI - apresentou deflação de 0,12%, enquanto que em janeiro a taxa foi de 0,34%. Na abertura por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais continuaram caindo, numa taxa de -0,10%. No mês anterior a deflação havia sido de 0,63%. Matérias-Primas Brutas também apresentaram deflação, passando de 0,24% para -0,51%. Por sua vez, os Bens Intermediários desaceleraram de 1,47% para 0,21%.

Na abertura por origem de processamento, os preços de produtos agropecuários seguem em tendência de queda, como nos últimos seis meses, e passou de uma taxa de -2,05% para -0,63%. Já os produtos industriais desaceleraram de 1,25% para 0,08%. Em doze meses, os produtos agropecuários apresentaram variação de 2,17% e os produtos industriais 6,42%.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - responsável por 30% do IGP-DI - teve alta de 0,31% no mês, ante 0,69% registrado em dezembro. Das oito classes de despesas que compõem o índice, cinco desaceleraram suas taxas de variação, com contribuição de maior magnitude o grupo Educação, Leitura e Recreação (4,15% para 0,68%).

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) - que corresponde a 10% do IGP-DI - foi o único índice do IGP-DI que registrou aceleração. De 0,41% de janeiro para 0,65% em fevereiro, a principal contribuição veio do custo da Mão de Obra, que variou de 0,28% para 0,78% em fevereiro, enquanto que Materiais, Equipamentos e Serviços teve uma ligeira queda na variação de preços em relação ao mês anterior, com 0,50% frente aos 0,57% do mês passado.



FGV: Indicador de Antecedente de Emprego volta a melhorar em fevereiro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou manhã desta quarta-feira (08/03) o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) referente ao mês de fevereiro. O indicador apresentou ligeira alta de 0,3 pontos, alcançando 95,9 pontos. Este é o maior nível desde maio de 2010, quando foi registrado 98,7 pontos.

Os componentes que mais contribuíram de forma positiva para alta do IAEmp foram os indicadores que medem a expectativa com a Situação dos Negócios nos seis meses seguintes, da Sondagem da Industria, e o Ímpeto de Contratações nos três meses seguintes, da Sondagem do Setor de Serviços, tendo estes crescido respectivamente 5,8 e 2,2 pontos.

Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apontou queda de 1,9 pontos na comparação com o mês anterior e atingiu o patamar de 100,7 pontos, sendo este o menor nível desde outubro de 2016 (99,2 pontos).

Por fim, tais resultados sugerem uma melhora no mercado de trabalho nos próximos meses, conforme sugere a nota da FGV, embora as avaliações sobre a situação atual do emprego estejam ainda bem fracas.

 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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