Informativo eletrônico - Edição 2114 Quinta-Feira, 09 de março de 2017

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Economia Brasileira

  • IBGE: Estimativa para a produção agrícola de 2017 segue fortemente positiva
Economia Internacional
  • OCDE: Indicador antecedente do Brasil registra nova alta
  • EUA: Custo Unitário do Trabalho encerra 2016 com forte alta

Dados da Economia Brasileira



IBGE: Estimativa para a produção agrícola de 2017 segue fortemente positiva

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã (09/03), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola brasileira de fevereiro para o ano de 2017. A expectativa levantada ficou na ordem de 224,2 milhões de toneladas colhidas, o que representa um aumento de 21,8% em relação à safra do ano passado, quando a estimativa ficou em 184,0 milhões. Quanto a área a ser colhida, é estimado um crescimento de 5,7% em 2017, totalizando 60,3 milhões de hectares ante 57,1 milhões em 2016.

Entre os três principais grãos produzidos em âmbito nacional (arroz, milho e soja) - que juntos representam 93,0% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida - há estimativa de crescimento de 2,1% na área de soja, de 11,1% na área de milho e de 2,0% na área de arroz. No que tange a produção, o crescimento estimado é de 13,2% para a soja, alta de 11,1% para o arroz e de 39,6% para a produção de milho.


Na divisão de safra por regiões do país, o Centro-Oeste segue na liderança com a participação na produção registrando 42,4% do total, seguido pelo Sul (36,4%), pelo Sudeste (9,6%), Nordeste (8,0%) e Norte (3,6%). Por estados, na avaliação de 2017, o estado de Mato Grosso permanece como maior produtor nacional de grãos, totalizando uma participação de 24,3% seguido pelo Paraná (18,7%) e Rio Grande do Sul (14,8%), que juntos representaram 60,3% do total nacional previsto. Dentre outros estados importantes na produção de grãos estão: Goiás (10,1%), Mato Grosso do Sul (7,7%), Minas Gerais (5,9%), Bahia (3,6%), São Paulo (3,6%), Santa Catarina (2,9%) e Maranhão (2,0%) que integram também o grupo dos dez maiores produtores do País.

 

OCDE: Indicador antecedente do Brasil registra nova alta

Na última terça-feira (07/03), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgou o Indicador Antecedente Composto (Composite Leading Indicator - CLI) referente ao mês de janeiro. A publicação aponta que, na passagem de dezembro para janeiro, o CLI da OECD total cresceu 0,06% (de 99,93 para 100,0 pontos).

Na abertura por países, o CLI dos Estados Unidos apresentou alta de 0,11% (de 99,48 para 99,59 pontos), o Canadá avançou 0,21% (de 100,39 para 100,60 pontos) e o Japão cresceu 0,04% (de 100,07 para 100,11 pontos). Quanto as maiores economias da Zona do Euro (cujo indicador foi de 100,42 para 100,48 pontos), a Alemanha subiu 0,15% (de 100,48 para 100,63 pontos), a França teve alta de 0,11% (de 100,55 para 100,66 pontos) e a Itália contraiu 0,04% (de 100,16 para 100,12 pontos). Já o Reino Unido, que não compõe a Zona do Euro, avançou 0,09% (de 99,50 para 99,58 pontos).

Por fim, com relação as economias emergentes, na passagem de dezembro para janeiro, a China variou 0,16% (de 99,26 para 99,42 pontos), o Brasil cresceu 0,28% (de 101,62 para 101,90 pontos) e a Rússia 0,27% (de 100,78 para 101,06 pontos). A Índia, por sua vez, contraiu 0,19% (de 99,79 para 99,60 pontos).


EUA: Custo Unitário do Trabalho encerra 2016 com forte alta

Ontem (08/03), a BLS (Bureau of Labor Statistics) divulgou o seu relatório de produtividade e custos do trabalho dos Estados Unidos, referentes ao último trimestre do ano passado e, portanto, concluindo o fechamento do ano de 2016.

Na passagem trimestral, o quarto período de 2016 apresentou um aumento de 1,3% da produtividade dos trabalhadores americanos, na série dessazonalizada. A produção cresceu em 2,4%, enquanto que as horas trabalhadas aumentaram em 1,0%. Com estes resultados, o fechamento anual ficou em 0,2% comparado a 2015. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a evolução ficou em 1,0%, uma vez em que houve aumento da produção e das horas trabalhadas em 2,2% e 1,2%, respectivamente.

A respeito do Custo Unitário do Trabalho, o crescimento apresentado no trimestre de referência contra o trimestre anterior ficou em 1,7%, uma vez que teve o incremento de 3,0% nas horas pagas e de 1,3% na produtividade do trabalho. Em 2016, estas duas últimas variáveis aumentaram em 2,9% e 0,2%, respectivamente, fazendo com que a variação do Custo Unitário fechasse 2016 com 2,6% de aumento.

Por fim, em relação ao desempenho da produtividade na Indústria de Transformação norte-americana, o quarto trimestre de 2016 apresentou uma evolução de 2,0%, dado que a produção aumentou em 1,6%, compensada pela redução em 0,4% das horas trabalhadas. Para o ano, o aumento da produtividade ficou em 0,3%. No que tange ao custo unitário do trabalho para o setor, a passagem trimestral exibiu um aumento de 2,4%, fechando 2016 com 2,7% de incremento.

Em suma, tais resultados ajudam a explicar uma maior pressão inflacionaria de custos em alguns setores americanos, como por exemplo a indústria, que em última medida, tem refletido nos índices de preço ao consumidor (CPI). As fortes elevações recentes da inflação americana pressionam o Fed (Banco Central) a elevar o juro (fed funds rate) já na próxima reunião de março, como tem sido sinalizado pelos membros votantes do comitê (FOMC).

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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