
IBGE: Inflação de fevereiro fica abaixo do esperado
O IBGE divulgou hoje pela manhã (10/03) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de fevereiro. De acordo com a publicação, o IPCA desacelerou em relação a janeiro, variando de 0,38% para 0,33%. Vale enfatizar que este resultado é o menor para meses de fevereiro desde o ano de 2000, quando registrou 0,13%, além de ficar abaixo também do esperado pela média do mercado (0,44%). Levando em consideração apenas os dois primeiros meses do ano, o índice acumula alta de 0,71%, resultado inferior ao do mesmo período em 2016 (2,18%). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desacelerou para 4,76%, ante 5,35% nos 12 meses imediatamente anteriores.

Na abertura por classe de despesa, destaque para o grupo Educação que apresentou alta de 5,04%, um impacto de 0,23 p.p, sendo responsável por 70% do IPCA do mês. Em contrapartida, o grupo Alimentos e Bebidas teve deflação de 0,45%, exercendo impacto de -0,1 p.p. No mais, Habitação variou 0,24%, Artigos de Residência 0,18%, Vestuário -0,13%, Transportes 0,24%, Saúde e Cuidados Pessoais 0,65%, Despesas Pessoais 0,31% e Comunicação 0,66%.
Em fevereiro, os preços administrados desaceleraram de 0,80% para 0,58%, acumulado alta de 4,71% em doze meses. Por sua vez, os preços livres imprimiram a mesma taxa verificada em janeiro (0,25%), acumulada alta de 4,78% em doze meses.

O núcleo do IPCA, quando se exclui itens voláteis como alimentação e energia, acelerou de 0,39% em janeiro para 0,59% em fevereiro. Ainda assim, seu acumulado em doze meses recuou de 5,59% para 5,31%.

Dentre os índices regionais, a maior variação positiva ficou por conta de Curitiba (0,66%) e a deflação de Goiânia (-0,44%). Por sua vez, São Paulo mostrou aceleração (de 0,07% para 0,14%), com uma taxa acumulada em doze meses de 4,53%.
CONAB: Expectativa da safra de grãos chega a níveis recordes
Nesta última quinta-feira (09/03), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou seu levantamento de safra mensal, com estimativas para a produção total de 2016/2017. De acordo com este último relatório, a estimativa da safra deste ano, que já estava num nível de recorde histórico, foi atualizada de 219,1 milhões de toneladas para 222,9 milhões, o que representa um aumento de 19,4% em relação à safra anterior, de 2015/2016. Este considerável aumento se reflete na ampliação da área cultivada e da produtividade do setor, uma vez que é esperado que se cultive em 60,0 milhões de hectares frente aos 58,3 milhões da safra passada e a colheita de quilos por hectares aumente de 3199 kg/ha para 3715 kg/ha.
Dentro dos três principais grãos agrícolas produzidos no Brasil, a soja tem como projeção uma evolução de 12,8% de sua colheita, com potencial para atingir 107,6 milhões de toneladas no ano. Ao mesmo tempo, a ampliação na área produzida deve chegar a 1,9%, com 33,9 milhões de hectares.
Por sua vez, a expectativa de produção do milho é de alcançar 89 milhões de toneladas no período de referência, o que significa 33,7% maior do que a safra anterior. A ampliação de sua área de produção pode aumentar 5,3%, chegando a 16,8 milhões de hectares.
Por fim, o arroz tem previsão de alcançar 12,0 milhões de toneladas produzidas para esta safra, com 12,9% de aumento. Ao contrário dos outros principais grãos, sua área total de produção será reduzida em 0,8%, chegando a 1,9 milhões de hectares. O aumento da produção, portanto, será compensado pela sua ampliação de produtividade, chegando a 6010 kg/ha, 13,8% maior que a safra de 2015/2016.

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