Focus: Mercado volta a reduzir projeções para IPCA de 2017

Na manhã desta segunda-feira (13/03), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com as informações contidas no relatório, a mediana das projeções para o IPCA de 2017 voltaram a diminuir, passando de 4,36% para 4,19%. Para 2018, as projeções seguem em 4,50% pela 33ª semana seguida.

Por sua vez, o PIB esperado para 2017 apresentou uma ligeira queda, de +0,49% para +0,48%. Já para 2018 a mediana do mercado aferiu um pequeno aumento de 0,1 p.p., atingindo 2,40%. É a terceira semana seguida de elevação nas projeções.


Com relação a taxa Selic para este ano, as projeções voltaram a cair, desta vez para 9,00%, após se manter em 9,25% por duas semanas - os ajustes seguem as surpresas positivas divulgadas em cada IPCA mensal. Para o ano de 2018 a taxa esperada também sofreu queda para 8,75%, revertendo uma manutenção de seis semanas das projeções em 9,00%. No que tange a taxa de câmbio, as projeções ficaram em R$/US$ 3,30 para o ano de 2017 pela terceira semana seguida, assim como as projeções para o próximo ano, que permaneceram em US$ 3,40.


Em relação ao setor externo, o superávit esperado na balança comercial de 2017 variou de US$ 47,30 bilhões para US$ 48,70 bilhões. Para 2018, é a terceira semana que permanece em US$ 40,00 bilhões. Quanto as expectativas do déficit em Conta Corrente, as estimativas seguem em US$ 26,50 bilhões para 2017 pela sexta semana consecutiva, ao passo que o déficit estimado para o ano de 2018 aumentou de US$ 35,65 bilhões para US$ 36,00 bilhões.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,22%, ante os 1,09% registrado na semana passada. Para 2018, o crescimento estimado caiu novamente, pela segunda semana, de 2,19% para 2,06%.

OCDE: Brasil mostra pior queda de PIB no 4º trimestre dentre países do G20

Na manhã de hoje (13/03), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou os resultados para o crescimento do PIB do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, referente ao último trimestre de 2016. De acordo com o relatório, o PIB do grupo cresceu 0,7% no último trimestre do ano passado, após ter avançado 0,8% no terceiro. Assim o PIB do G20 em 2016 cresceu 3,0%, abaixo dos 3,3% de 2015.

Entre os países pertencentes ao G20 e que já tiveram os resultados das contas nacionais divulgados, o Brasil apresentou o pior desempenho, com queda de 0,9%. Apesar dos outros países emergentes também desacelerarem no período referente, as taxas de crescimento foram positivas e apresentando um bom desempenho, tendo a China (1,7%), Índia (1,6%) e Austrália (de 1,1%) mostrado os melhores resultados.

Entre os países desenvolvidos, uma desaceleração foi observada nos Estados Unidos e no Canadá, de 1,1% para 0,7% e de 0,9% para 0,6%, respectivamente. Os países europeus, no entanto, aceleraram em relação ao trimestre imediatamente anterior, com Alemanha e França crescendo 0,4% ante 0,1% e 0,2%, respectivamente, e o Reino Unido indo de 0,6% para 0,7%.

Por fim, a comparação entre o quarto trimestre de 2016 contra o mesmo trimestre de 2015 nos mostra um crescimento total do grupo em 3,1%, tendo como destaques a China (6,8%) e a Índia (7,2%). O Brasil apresentou retração de 2,5%.

EUA: Taxa de desemprego recua para 4,7% em fevereiro

O Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos divulgou na última sexta-feira (10/03) a taxa de desemprego do país referente ao mês de fevereiro. O relatório divulgado aponta que, no mês em questão, a taxa de desemprego foi de 4,7%, totalizando 7,5 milhões de desempregados. Há um ano a taxa era ligeiramente superior, em 4,9%.

No que tange a criação de emprego, os dados de emprego no setor privado apresentados pelo Instituto ADP dos Estados Unidos (divulgado também na semana que passou) mostram criação de 298 mil vagas do setor em fevereiro, sendo 104 mil em empresas de pequeno porte, 122 mil de médio porte e 72 mil em empresas de grande porte. Em caráter comparativo, a BLS divulgou que a criação de emprego no setor privado em fevereiro foi de 227 mil vagas, inferior ao ilustrado pela ADP.