Informativo eletrônico - Edição 2117 Terça-Feira, 14 de março de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial de São Paulo cresce 1,0% em janeiro
  • FGV: Redução do grau de incertezas amplia as intenções de investimento industrial
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Produção industrial cresce 0,9% em janeiro
  • Alemanha: Inflação acelera e atinge maior nível desde agosto de 2012

Dados da Economia Brasileira



IBGE: Produção industrial de São Paulo cresce 1,0% em janeiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou na manhã de hoje (14/03) a Produção Industrial Mensal Regional (PIM-Regional) do mês de janeiro. No mês em questão, foi verificado queda em 5 das 14 localidades pesquisadas, já levando em consideração os ajustes sazonais, mostrando queda de forma concentrada. Vale lembrar que, na passagem de dezembro para janeiro, a produção apresentou leve recuo de 0,1% no Brasil. No acumulado em doze meses o resultado foi de -5,4%.

Na passagem de um mês para o outro as maiores quedas registradas foram vistas na Bahia (-4,3%), Ceará (-3,4%) e no Rio Grande do Sul (-3,1%), além da Região Nordeste (-1,8%) e Paraná (-0,8%). Já os destaques positivos ficaram por conta dos resultados registrados no Espírito Santo (4,1%), Pará (2,4%), Goiás (2,4%) e Pernambuco (2,1%).

Com relação a leitura dos acumulados em doze meses nas localidades pesquisadas, o Espirito Santo registou o pior resultado (-16,1%), seguido pelo Amazonas (-7,8%) e Bahia (-7,2%). Em contrapartida, a região do Pará se destaca como a única localidade pesquisada a registrar resultado positivo em 12 meses (9,3%), reflexo da indústria extrativa. O estado do Mato Grosso no mesmo período variou -0,4%, em Santa Catarina o resultado ficou em -2,0% e o Rio de Janeiro -2,7%.



Por fim, o Estado de São Paulo na passagem de dezembro para janeiro registrou avanço de 1,0%. Comparado ao mesmo período de 2016, registou alta de 1,2% e no acumulado em 12 meses o resultado foi de -4,2%.



FGV: Redução do grau de incertezas amplia as intenções de investimento industrial

Na última sexta-feira (10/03), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu indicador de Intenção de Investimento na Indústria, que mede a disseminação do ímpeto de investimento das indústrias num horizonte de 12 meses, referente ao primeiro trimestre de 2017. O novo resultado, ao crescer 7,4% em relação ao último trimestre de 2016 e alcançar 100,0 pontos, ficou na zona neutra entre otimismo e pessimismo. Esta é a maior pontuação desde o primeiro trimestre de 2015, quando foi registrado 100,8 pontos, e se concretiza como a quarta alta consecutiva para o índice.


Entre as razões que explicam este expressivo crescimento, o grau de incerteza com os planos de investimento reduziu para 22,7% ante 28,6% do trimestre imediatamente anterior. Este resultado fez com que o saldo entre grau de certeza e incerteza ficasse positivo depois de três trimestres consecutivos.

Além disso, a proporção entre empresas que projetam investir mais se igualou ao das que projetam um menor investimento (ambas em 19,9%), ante um resultado do período anterior que fora de 17,8% e 24,7%, respectivamente. Esta igualdade na proporção rompeu com uma sequência que durava desde o primeiro trimestre de 2015, última vez em que a proporção de se investir mais era maior do que aquelas que planejavam menos investimentos.



Zona do Euro: Produção industrial cresce 0,9% em janeiro

Na manhã de hoje (14/03), a Eurostat divulgou os resultados para a produção industrial da Zona do Euro referente ao mês de janeiro. De acordo com a publicação, a produção na passagem de dezembro para janeiro, ajustada sazonalmente, apresentou um crescimento de 0,9%, após o período anterior ter queda de 1,2%. Em relação a janeiro de 2015, a produção também aumentou, em 0,6%.



Entre os componentes industriais, a principal contribuição para o crescimento se deve à produção de bens de capital, com um avanço de 2,8% em relação a dezembro. Energia também teve um desempenho satisfatório ao crescer 1,9%. Assim, compensaram a diminuição da produção entre os componentes de bens intermediários e de consumo duráveis (ambos com 0,4% de contração) e bens de consumo não duráveis (-0,7%).

Por fim, entre os big-four da Zona, Alemanha teve o melhor resultado com 3,3% de expansão da sua produção industrial, seguido pelo 0,3% da Espanha. França e Itália tiveram taxas negativas na passagem mensal, em -0,3% e 2,3%, respectivamente. Entre os outros países membros, também merecem destaque a Irlanda, com aumento de 3,4%, e Grécia, de 2,5%.

Alemanha: Inflação acelera e atinge maior nível desde agosto de 2012

O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou na manhã de hoje (14/03) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referente ao mês de fevereiro. No mês de fevereiro a inflação registrou alta de 0,6% em relação a janeiro. Por sua vez, no acumulado em doze meses a inflação acelerou para 2,2%, sendo que o CPI não superava os 2,0% desde agosto de 2012.



A elevação do CPI como um todo está relacionado com fatores sazonais. Na abertura por produtos, os preços dos Alimentos e Bebidas não Alcoólicas cresceram 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro. Por sua vez, os preços de Energia avançaram 0,3% na passagem mensal. Já no que tange o preço dos Serviços, fevereiro apresentou uma variação de 0,6%.

Tal leitura, dado a representatividade do país na economia europeia, aumenta a vigilância por parte do Banco Central Europeu (BCE) quanto a recente trajetória inflacionara de região, após a dissipação dos efeitos deflacionários da energia. O mercado começa a construir um cenário de Tapering do Quantiative Easing (ou seja, o fim dos estímulos monetários por parte do Banco Central) já no fim desse ano e início do próximo.

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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