Informativo eletrônico - Edição 2121 Segunda-Feira, 20 de março de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Inflação esperada para 2017 segue abaixo da meta
  • FIESP/CNI: Empresário industrial segue otimista em março
Economia Internacional
  • EUA: Indicador antecedente da economia americana sobe novamente
  • Zona do Euro: Custo unitário do trabalho acelera no último trimestre de 2016

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira



Focus: Inflação esperada para 2017 segue abaixo da meta

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã de hoje (20/03) o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Segundo as informações contidas no relatório, a mediana das projeções do PIB de 2017 permaneceram em 0,48%. Quanto ao ano de 2018, as projeções cresceram de 2,40% para 2,50%.

O boletim desta semana registrou nova queda nas expectativas do IPCA para o ano de 2017, recuando de 4,19% para 4,15%. Para o ano de 2018, a expectativa de inflação é de 4,50%, patamar que vem sendo registrado nas ultimas trinta e quatro semanas, mostrando a forte ancoragem das expectativas.

Com relação a taxa Selic para este ano, as projeções seguem em 9,00%, o mesmo resultado do relatório da semana passada. Para o ano de 2018 a taxa esperada variou de 8,75% para 8,50%. No que tange a taxa de câmbio, as projeções ficaram em R$/US$ 3,29 para o ano de 2017, ligeiramente abaixo da semana passada R$/US$ 3,30. Já para o próximo ano, as projeções foram de R$/US$ 3,40 pela quarta semana seguida.

Em relação ao setor externo, o superávit esperado para 2017 variou de US$ 48,70 bilhões para US$ 48,10 bilhões, ao passo que para 2018 permaneceu em US$ 40,00 bilhões. Quanto ao déficit em Conta Corrente, as expectativas são de US$ 26,60 bilhões em 2017, ao passo que o déficit estimado para o ano de 2018 está em US$ 37,65 bilhões.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,22% em 2017, resultado igual ao registrado na semana passada. Para 2018, o crescimento estimado variou de 2,06% para 2,10%.

FIESP/CNI: Empresário industrial segue otimista em março

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou na última sexta-feira (17/03) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) referente ao mês de março. De acordo com o relatório divulgado, a confiança do industrial brasileiro permaneceu em patamar de otimismo (acima dos 50,0 pontos) pelo terceiro mês seguido e acelerou ao subir de 53,1 para 54,0 pontos. O resultado representa o maior patamar alcançado desde janeiro de 2014 e está 16,6 pontos acima do registrado no mesmo período de 2016.

A FIESP/CNI divulgou na mesma data (17/03) o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). Segundo a publicação, o índice variou de 52,9 para 54,5 pontos no mês de março - também mostrando maior otimismo por parte do industrial paulista (acima de 50 pontos). Com o resultado de março, o ICEI-SP mantem uma sequência de retomada de confiança que havia sido interrompida nos últimos meses de 2016.

 

EUA: Indicador antecedente da economia americana sobe novamente

Na última sexta-feira (17/03), o The Conference Board divulgou seu indicador antecedente, o Leading Economic Index (LEI), referente ao mês de fevereiro. O LEI cresceu 0,6% no segundo mês do ano, taxa similar àquela verificada nos últimos dois meses, além de consolidar o sexto mês consecutivo de crescimento do indicador e o maior valor para a última década.


Assim como o LEI, a C. Board divulgou o indicador coincidente da economia americana (CEI). O indicador subiu pelo terceiro mês seguido, desta vez apresentando variação positiva de 0,3% em fevereiro. Em janeiro foi de 0,1%, enquanto que em dezembro o índice subiu 0,4%.

Estes indicadores são importantes termômetros de ciclos econômicos. Puxado pelo indicador antecedente, a expectativa é que a atividade econômica americana deve mostrar bom desempenho e continuar em expansão neste primeiro semestre de 2017, apesar do moderado crescimento esperado do PIB.



Zona do Euro: Custo unitário do trabalho acelera no último trimestre de 2016

O Departamento Estatístico da União Europeia (Eurostat) divulgou na manhã de hoje (20/03) os resultados do custo unitário do trabalho (UCL) para a Zona do Euro referente ao último trimestre de 2016. De acordo com a publicação, o aumento de 1,6% no custo da hora trabalhada em relação ao quarto trimestre de 2015, após se verificar avanço de 1,4% no terceiro trimestre, na mesma base comparativa.

Entre os principais componentes do custo do trabalho, salários aumentaram em 1,6%, enquanto que os componentes não salariais subiram em 1,5% na comparação anual. No terceiro trimestre de 2016, estes mesmos cresceram 1,5% e 1,0%, respectivamente.

Na abertura por setores, o resultado do último trimestre, na mesma comparação anual, teve como maior variação o setor de construção, com 2,3% de aumento. A indústria, por sua vez, apresentou uma taxa positiva de 1,8% e serviços de 1,5%.

Por fim, na abertura entre os países membros, as maiores variações positivas foram vistas na Lituânia (10,7%) e Letônia (8,1%) enquanto as variações negativas foram na Grécia (-0,5%) e Áustria (0,1%). Já dentre o desempenho dos big-four, a Alemanha apresentou o maior crescimento, em 3,0%, seguido de França com 1,3% e Espanha com 0,1%. Na Itália o custo permaneceu estável.

A maior pressão do custo unitário do trabalho tem sido, juntamente com a dissipação da deflação de energia, um dos fatores a pressionar a inflação ao consumidor na Zona do Euro, que mostrou aceleração nos meses recentes. Tal situação já aumenta o debate para um possível fim da política monetária não convencional (tapering dos quantitative easing, o fim dos estímulos monetários do Banco Central Europeu) vigente nos últimos meses já em 2018.

 



Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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