IBGE: IPCA-15 desacelera fortemente e se aproxima do centro da meta

Na manhã de hoje (22/03), o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) divulgou o seu Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), referente ao mês de março. De acordo com a publicação, o resultado ficou muito abaixo dos 0,54% de fevereiro, diminuindo para 0,15% (em linha com o esperado pelo mercado), além de ficar abaixo da leitura de março de 2016 (0,43%). Assim, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 desacelerou para 4,73% contra 5,02% no mês anterior. Com os dados de março, o fechamento do primeiro trimestre de 2017 apresentou um resultado bem abaixo do mesmo período em 2016, passando de 2,79% para 1,00%.


Na abertura por classes de despesa, o grupo Educação teve influência direta no resultado, muito por conta dos reajustes de mensalidade que ocorrem no começo do ano e se concentram em fevereiro. Assim, passou de 5,17% para 0,87%. Esse foi a maior variação entre os nove grupos, seguido por Habitação (de 0,18% para 0,64%), única classe a ter uma aceleração de preços, Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,48%) e Despesas Pessoais (0,37% para 0,30%). As cinco classes restantes tiveram deflação no período: Comunicação (0,84% para -0,31%); Artigos de Residência (0,34% para -0,30%); Transportes (0,66% para -0,16%); Alimentação e Bebidas (-0,07% para -0,08%); e, por último, Vestuário (-0,31% para -0,02%).


Por fim, a abertura entre regiões metropolitanas do país, a maior variação verificada ficou por conta de Fortaleza, apesar de ter desacelerado no período, em 0,57% ante 0,69%, seguido por Curitiba, com 0,37% ante 0,25% (houve reajuste da tarifa de ônibus de 14,56%). A maior variação negativa foi em Goiânia, que passou de 0,07% para -0,17%, devido à elevada queda nos preços de combustíveis (-1,55%) e carnes (-2,54%). Já São Paulo, por sua vez, apresentou desaceleração, no entanto ficou com a terceira maior variação do período, em 0,27% ante 0,32% em fevereiro.

FIESP/CNI: A despeito do fraco resultado da produção, expectativa de demanda da indústria melhora em fevereiro

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou na tarde de ontem (22/03) o resultado da Sondagem Industrial Nacional referente ao mês de fevereiro. De acordo com o relatório, o índice relativo a produção registrou queda no mês ao atingir 44,4 pontos, permanecendo ainda abaixo da linha divisória entre expansão e contração (50,0 pontos). O valor, no entanto, é superior ao registrado no mesmo período de 2016, quando o índice havia registrado 42,2 pontos.

A FIESP/CNI, por sua vez, também divulgou ontem (22/03) a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. A produção industrial paulista, assim como a nacional atingiu 44,4 pontos no mês de fevereiro, inferior ao registrado em janeiro (45,7 pontos), permanecendo abaixo do nível de estabilidade (50,0 pontos). Com relação a evolução do número de empregados, o índice apresentou aumento em seu ritmo de cortes, caindo de 46,9 para 45,7 pontos.



No que diz respeito as expectativas para os próximos seis meses, dois dos cinco quesitos registraram expansão. A expectativa quanto a demanda aumentou de 50,9 para 54,8 pontos (em patamar de expansão), enquanto as compras de Matérias-Primas cresceram de 48,9 para 53,0 pontos. O número de empregados variou de 44,1 para 47,1 pontos. Por sua vez, a Quantidade Exportada passou de 49,6 pontos em janeiro para 49,9 pontos em fevereiro, enquanto as expectativas para o Número de Empregados variaram de 44,1 para 47,1 pontos. Por fim os Investimentos registraram queda ao variar de 45,1 para 44,0 pontos.