Focus: Expectativas para o IPCA recuam pela terceira semana seguida
O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã de hoje (27/03), o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com as informações contidas no relatório, a mediana das projeções do PIB de 2017 apresentou ligeira queda, passando de 0,48% para 0,47%. Quanto ao ano de 2018, as projeções se mantiveram em 2,50%.
O boletim atual registrou nova queda nas expectativas do IPCA para o ano de 2017, recuando de 4,15% para 4,12%. Para o ano de 2018, a expectativa de inflação é de 4,50%, patamar que vem sendo registrado nas ultimas trinta e cinco semanas, sinal de forte estabilidade nas expectativas.
Com relação a taxa Selic para este ano, as projeções seguem em 9,00% pela segunda semana seguida. Para o ano de 2018 a taxa esperada também se manteve estável em relação à semana anterior, registrando 8,50%. No que tange a taxa de câmbio, as projeções ficaram em R$/US$ 3,28 para o ano de 2017, semelhante ao relatório anterior. Já para o próximo ano, as projeções foram de R$/US$ 3,40 pela quinta semana seguida.
Em relação ao setor externo, o superávit comercial esperado para 2017 variou de US$ 48,10 bilhões para US$ 49,50 bilhões, Já para o ano de 2018, variou de US$ 40,00 bilhões para US$ 41,20 bilhões. Quanto ao déficit em Conta Corrente, as expectativas são de US$ 26,00 bilhões em 2017, ao passo que o déficit estimado para o ano de 2018 está em US$ 36,50 bilhões.
Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,22% em 2017, resultado igual ao registrado nos dois últimos relatórios. Para 2018, o crescimento estimado foi o mesmo da semana anterior, com expectativa de crescimento de 2,10%.
BCB: Cresce investimentos diretos no país em fevereiro
O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na última sexta-feira (24/03) a Nota do Setor Externo com os resultados do Balanço de Pagamentos referentes ao mês de fevereiro. No mês em questão, as Transações Correntes apresentaram déficit de US$ 935,0 milhões, ante um déficit de US$ 5,1 bilhões no mês de janeiro, acumulando US$ 6,0 bilhões no ano de 2017. No acumulado em 12 meses, o déficit ficou em US$ 22,8 bilhões ante US$ 23,8 bilhões no mês anterior, o que representa 1,24% do PIB nacional.
O bom resultado mensal se deve ao aumento das exportações em fevereiro, que de US$ 188,2 milhões passou para US$ 190,3 bilhões no acumulado em 12 meses, representando um crescimento de 3,2% na balança comercial do mês. As importações ficaram estáveis na passagem mensal, de US$ 141,3 bilhões para US$ 141,9 bilhões. Assim, o saldo comercial na comparação do acumulado em 12 meses até fevereiro de 2017 com o de 2016 apresenta um aumento de 78,2%, de US$ 27,2 bilhões para US$ 48,4 bilhões.
Por outro lado, a balança de serviços teve um crescimento do seu déficit, em linha com o abrandamento da recessão doméstica. No acumulado de 12 meses, o resultado mensal foi de US$ 31,5 bilhões para US$ 32,0 bilhões. No mesmo mês do ano de 2016, o déficit era de US$ 33,8 bilhões. Já na Balança de Rendas, houve uma ligeira melhora no déficit entre fevereiro de 2016 (US$ 39,6 bilhões) e fevereiro desse ano (US$ 39,2 bilhões).
A queda no déficit interanual em serviços se deve a redução do componente Aluguel de Equipamentos e de Transportes. Por outro lado, Viagens apresentou aumento de déficit e Demais Serviços reduziu o seu superávit.
No que tange a Balança de Rendas, a pequena redução do déficit é devido a menor remessa de lucros e dividendos para o exterior (de US$ 22,1 bilhões em fevereiro de 2016 para US$ 20,0 bilhões em fevereiro 2017), porém compensado pelo aumento de juros (de US$ 20,7 bilhões em fevereiro de 2016 para US$ 22,3 bilhões em fevereiro 2017).
Por fim, os Investimentos Diretos no País tiveram um resultado muito positivo na comparação interanual. Embora tenha diminuído na passagem mensal (o acumulado de 12 meses em janeiro era de US$ 85,0 bilhões), se compararmos com o mesmo mês de 2016, nota-se um aumento de 9,6%, indo de 77,0 bilhões para 84,4 bilhões, o que representa 4,6% do PIB.
FGV: Confiança do consumidor registra terceira alta seguida
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (27/03) seu Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente ao mês de março. De acordo com as informações contidas no relatório, o indicador registrou uma alta de 4,3% em relação a fevereiro, atingindo o patamar de 85,3 pontos. Com o resultado o índice apresenta seu maior nível desde dezembro de 2014 (86,4 pontos).
Com relação aos dois componentes do indicador, ambos apresentaram expansão no mês. O Índice da Situação Atual (ISA) registrou alta de 1,7% em relação a fevereiro, atingindo 71,5 pontos, seu maior patamar desde agosto de 2015, ao passo que o Índice de Expectativa cresceu 5,6%, passando de 90,6 para 95,7 pontos, o maior resultado desde fevereiro de 2014 (100,7 pontos).
Por fim, o relatório ainda ressalta que as avaliações em relação ao quadro econômico atual registraram melhora pelo terceiro mês seguido, com o indicador que mede satisfação dos consumidores com a situação econômica local atingindo 77,8 pontos (maior nível desde fevereiro de 2015) e o indicador de percepção com a situação financeira da família praticamente estável com 65,9 pontos.