Informativo eletrônico - Edição 2129 Quinta-Feira, 30 de março de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • PMC: Volume de vendas no comércio acumula expressiva queda em 12 meses
  • FGV: IGP-M registra variação de 0,01% em março
Economia Internacional
  • EUA: Revisão do PIB americano eleva crescimento do quarto trimestre
  • Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico se mantem praticamente estável em março

Dados da Economia Brasileira



PMC: Volume de vendas no comércio acumula expressiva queda em 12 meses

Na manhã de hoje (30/03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente ao mês de janeiro. De acordo com a publicação, houve queda no volume de vendas em 0,7% em comparação com dezembro de 2016, na série ajustada sazonalmente. Em relação a janeiro de 2016, o recuo das vendas ficou em 7,0%, a 22ª queda interanual consecutiva.

Para o conceito ampliado do comércio varejista, que inclui vendas de veículos e materiais para construção, o resultado da comparação mensal ficou em -0,2% no volume de vendas, ante -0,1% do mês anterior. Ao comparar com janeiro de 2016, a queda verificada ficou em 4,8%.



No acumulado em 12 meses, o volume vendido retraiu -5,9% no acumulado em 12 meses findos em janeiro de 2017. Enquanto para as vendas para o Varejo Ampliado, o resultado acumulado em 12 meses registrou queda de -7,9%.



Na abertura entre as oito atividades do comércio varejista, seis apresentaram queda no período. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,8%) e Combustíveis e lubrificantes (-4,4%) foram os grupos que tiveram recuo mais acentuado na passagem mensal. Por outro lado, Tecidos, vestuários e calçados (4,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (0,2%) foram os únicos dois que apresentaram alta. Vale lembrar que este último grupo é a atividade com maior peso na estrutura varejista.

Já para o Varejo Ampliado, Veículos teve uma ligeira alta de 0,3%, enquanto que Materiais de construção, após registrar um crescimento de 2,2% na leitura anterior, ficou com -0,8% no volume de vendas em janeiro.


Por fim, a análise entre os 27 estados do Brasil mostra que 14 deles tiveram diminuição na atividade comercial na passagem de dezembro para janeiro. Roraima (-16,8%), Distrito Federal (-14,2%) e Goiás (-11,6%) tiveram os piores resultados para o mês. Na comparação interanual, 24 estados apresentaram queda. São Paulo e Rio de Janeiro, principais polos comerciais no país, tiveram queda de 8,4% e 6,6%, respectivamente.

FGV: IGP-M registra variação de 0,01% em março

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (30/03), o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) referente ao mês de março. No mês, o índice registrou inflação de 0,01%, contra uma variação de 0,08% apresentada em fevereiro. No mesmo período de 2016 a variação apresentada foi de 0,51%. No acumulado em 12 meses o IGP-M teve alta de 4,86%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,17% em março, após queda de 0,09% no mês anterior. Na abertura por estágios de processamento, os Bens Finais caíram 0,08% em março, ante -0,61%. Os Bens Intermediários apresentaram deflação de 0,39%, ante um resultado de 0,99% no mês anterior. Já o grupo Matérias-Primas Brutas apontou em março uma queda de 0,05%, resultado superior ao visto em fevereiro (- 0,64%).

Com relação a abertura do IPA por origem de processamento, os preços dos bens agropecuários continuaram com variação negativa (de -0,88% para -0,99%), enquanto os bens industriais desaceleraram de 0,20% para 0,13%. Em doze meses, o IPA geral aumentou 4,88%, os produtos agropecuários apresentaram variação de 0,99% e os produtos industriais tiveram crescimento de 6,27%.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve ligeiro aumento, passando de 0,38% para 0,39% em março. Dentre as oito classes de despesa componentes do índice, três apontaram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (de 2,15% para -0,29%).

Por fim, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) registrou uma taxa de variação de 0,36%, inferior a apresentada no mês anterior (0,53%). Quanto ao índice que tange Materiais, Equipamentos e Serviços, o aumento foi de 0,26%, ante 0,62 no mês anterior. Já o custo da Mão de Obra registrou taxa de 0,45% no período, o mesmo valor havia sido registrado no mês anterior.

 

EUA: Revisão do PIB americano eleva crescimento do quarto trimestre

Hoje pela manhã (30/03), o Bureau of Economic Analysis (BEA) divulgou sua revisão do PIB do último trimestre de 2016 e consequentemente, o fechamento anual. A publicação elevou o resultado trimestral na comparação trimestral, passou de 1,9% para 2,1%. Enquanto no terceiro trimestre de 2016, o resultado tinha sido 3,5% de crescimento. Esta revisão positiva se deve ao aumento no consumo das famílias em relação à estimativa anterior.



No entanto, a desaceleração verificada no último trimestre é devido ao recuo das exportações, bem como do consumo do governo e do investimento estrangeiro direto, associado ao aumento das importações.

Por fim, o fechamento do ano de 2016 foi revisto para 1,6%, ante um resultado de 2,6% em 2015. A desaceleração anual pode ser atribuída ao recuo de investimentos estrangeiro direto, além de uma desaceleração do consumo das famílias, no investimento dos residentes e no consumo dos governos estaduais e municipais. Diminuição das importações, bem como ampliação das exportações e do gasto do governo federal foram responsáveis para amenizar a desaceleração anual verificada.



Zona do Euro: Índice de Sentimento Econômico se mantem praticamente estável em março

Na manhã de hoje (30/03), a Comissão Europeia (EC) divulgou o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator - ESI) da Zona do Euro e da União Europeia referente ao mês de março. Segundo o documento publicado, o índice registrou ligeira queda 0,1 ponto na comparação com o mês anterior atingindo 107,9 pontos. Já na União Europeia, a variação foi positiva de 0,2 pontos, chegando ao nível de 109,1 pontos.



Dentre os itens analisados, a Confiança da Indústria teve ligeira queda (-0,1 pontos), ficando praticamente inalterada em todos os quesitos que entram no indicador. A Confiança nos Serviços registrou uma variação de -1,2 pontos, reflexo de uma visão mais cautelosa dos gestores sobre dos os componentes do indicador. A Confiança dos Consumidores registrou alta de 1,2 ponto, em função de uma visão mais positiva quanto a situação econômica geral futura, do desemprego futuro e das expectativas aumentadas da economia. No Comércio, a confiança permaneceu inalterada (0,0 ponto). Já a Confiança na Construção cresceu 0,2 ponto, relacionado principalmente o maior otimismo e o desemprego em queda.

Na abertura por países, entre as quatros maiores economias da Zona do Euro (Big-four), destaque para o crescimento da Alemanha (0,9 ponto), a Itália registrou ligeira queda (0,1 ponto). Enquanto que, França (-1,0 ponto) e Espanha (-1,8 ponto) apresentaram variações negativas mais elevadas.

Por fim, o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator - BCI) da Zona do Euro também foi divulgado nesta manhã pela mesma instituição. O BCI apontou que em março o indicador se manteve estável em relação a fevereiro, se mantendo no patamar de 0,82 ponto.

 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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