Informativo eletrônico - Edição 2131 Segunda-Feira, 03 de abril de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado reduz expectativa de Selic para o fim de 2017
  • Banco Central: Setor Público segue com sua dívida em trajetória ascendente
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Taxa de desemprego chega ao menor nível desde maio de 2009
  • Zona do Euro: PMI industrial tem melhor média trimestral desde primeiro trimestre de 2011

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira



Focus: Mercado reduz expectativa de Selic para o fim de 2017

O Banco Central do Brasil divulgou hoje pela manhã (03/04) o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a mediana das expectativas de mercado para o IPCA de 2017 foram reduzidas pela quarta semana consecutiva, passando de 4,12% para 4,10%. Para o ano de 2018, as projeções se mantiveram em 4,50% pela 36ª semana.


Como resultado desta trajetória de queda dos indicadores de preços, a taxa Selic esperada para o fim de 2017 teve sua mediana rebaixada para 8,75%, ante 9,00% da semana passada. Há quatro semanas era de 9,25%. Já para 2018, as expectativas permaneceram em 8,50%, mesmo resultado verificado há duas semanas.


Por outro lado, as expectativas para o PIB brasileiro do ano corrente ficaram em 0,47%, mesmo resultado da semana anterior. Há quatro semanas, a mediana era de 0,49%. Já para o ano de 2018, é a terceira semana seguida que as projeções de mercado colocam o crescimento em 2,50% do PIB.



No que tange ao câmbio, este relatório completa a terceira semana de queda, passando de R$/US$ 3,28 para R$/US$ 3,25 para 2017. Em 2018, as expectativas ficaram R$/US$ 3,40 pela sexta semana seguida.

Em relação ao setor externo, o superávit comercial esperado para 2017 variou de US$ 49,50 bilhões para US$ 50,07 bilhões. Já para o ano de 2018, variou de US$ 41,20 bilhões para US$ 41,90 bilhões. Essa foi a segunda semana de alta para os dois anos. Quanto ao déficit em Conta Corrente, as expectativas para 2017 e 2018 permaneceram as mesmas em relação à semana passada, em US$ 26,00 bilhões e US$ 36,50 bilhões, respectivamente.

Por fim, quanto a produção industrial, o mercado estima para 2017 um crescimento de 1,20%, resultado ligeiramente inferior ao 1,22% registrado na semana passada. Para 2018, o crescimento estimado também foi rebaixado, de 2,10% para 2,06%.


Banco Central: Setor Público segue com sua dívida em trajetória ascendente

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (31/03) os resultados primários da política fiscal referentes ao mês de fevereiro. Segundo o relatório, o setor público consolidado (Governo Central, empresas estatais e governos regionais) registrou déficit primário de R$ 23,5 bilhões no segundo mês do ano. De forma desagregada, o Governo Central apresentou déficit de R$ 28,8 bilhões, enquanto que os governos regionais e as empresas estatais apresentaram superávits primários de R$ 5,3 bilhões e R$ 46 milhões, respectivamente.



Com esta leitura, o primeiro bimestre de 2017 apresentou um superávit de R$ 13,2 bilhões, ante os R$ 4,9 bilhões registrado no mesmo período de 2016. No entanto, o déficit acumulado em 12 meses do setor público consolidado permaneceu estável em relação ao mês anterior em 2,34% do PIB, sendo um resultado negativo de R$ 147,4 bilhões.

Os juros nominais, que totalizaram R$ 30,8 bilhões em fevereiro, acumularam R$ 388,2 bilhões (6,16% do PIB) em 12 meses, ficando estável em relação ao mês de janeiro. Em relação aos primeiros bimestres de 2016 e 2017, a soma dos juros nominais passou de R$ 86,0 bilhões no ano passado para R$ 67,2 bilhões neste ano.

Assim, o cálculo do déficit nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, atingiu R$ 53,9 bilhões no acumulado deste ano ante R$ 81,1 bilhões no mesmo período de 2016. Com a leitura deste mês, de R$ 54,2 bilhões, o acumulado em 12 meses ficou em 8,49% do PIB, alcançando R$ 535,6 bilhões. Em janeiro, a proporção do PIB estava ligeiramente acima, em 8,50%.



Por fim, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em fevereiro ficou em R$ 2.987,8 bilhões (47,4% do PIB), mantendo sua trajetória ascendente. No que diz respeito à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), o montante alcançado em fevereiro foi de R$ 4.450,0 bilhões, o que equivale a 70,6% do PIB. No mês de janeiro, a proporção da dívida bruta pelo PIB brasileiro era de 70,0%.

 

Zona do Euro: Taxa de desemprego chega ao menor nível desde maio de 2009

A Eurostat (Departamento de Estatística da União Europeia) divulgou na manhã desta segunda-feira (03/04) a taxa de desemprego da Zona do Euro de fevereiro. Na série ajustada sazonalmente, a taxa desemprego na Zona do Euro (EA19) registrou ligeira queda na comparação com o mês anterior, passando de 9,6% para 9,5%. No mesmo período em 2016 o percentual registrado era de 10,3%. O patamar atual é a menor desde maio de 2009.


No que diz respeito a União Europeia (UE28), no segundo mês do ano a taxa de desemprego registrada foi de 8,0%, inferior a apresentada no mês anterior (8,1%) e a do mesmo período do ano passado (8,9%). O resultado é o menor desde janeiro do ano de 2009.

O departamento estima em seu relatório que, no mês de fevereiro, 19,75 milhões de pessoas, estavam desempregados na União Europeia (EU28), sendo 15,44 milhões pertencentes a Zona do Euro (EA19). Comparado ao mesmo período de 2016, esse número caiu em 1,85 milhões pessoas na EU28 e 1,25 milhões na EA19.

Dentre os países da Zona do Euro que constituem o Big-four (quatro maiores economias do bloco), a Alemanha registrou 3,9% de desemprego, seguida por França (10,0%), Itália (11,5%) e Espanha (18,0%). O maior índice registrado ficou por conta da Grécia, com 23,1% de desemprego.

Zona do Euro: PMI industrial tem melhor média trimestral desde primeiro trimestre de 2011

O Instituto Markit divulgou nessa segunda-feira (03/04) o resultado final do Índice de Gerencia de Compras (PMI) Industrial da Zona do Euro referente ao mês de março. A atividade industrial da região, de acordo com o relatório, apresentou nova expansão em março visto que o índice passou de 55,4 para 56,2 pontos. A leitura média do PMI Industrial do primeiro trimestre do ano ficou em 55,6 pontos, maior resultado desde o primeiro trimestre de 2011.

O relatório afirma que no terceiro mês do ano o emprego na indústria da Zona do Euro apresentou alta pelo trigésimo primeiro mês consecutivo, com o ritmo de criação atingindo um recorde de quase 6 anos. Concomitantemente houve também o maior ingresso de novos pedidos.

Finalizando, a publicação desse mês ressalta a recuperação apresentada no setor no fim desde primeiro trimestre, com taxas de expansão na produção e em novas encomendas acelerando, enquanto empresas apontam crescimento de novos pedidos de clientes domésticos e externos.

 



Macro Visão é uma publicação da:
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