IBGE: Produção industrial brasileira cresce moderadamente em fevereiro

Na manhã de hoje (04/04) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou sua Pesquisa Industria Mensal (PIM-PF) referente ao mês de fevereiro. A divulgação apresentou uma variação positiva de 0,1% no mês de referência em relação a janeiro, quando ocorreu queda de 0,2%, na série livre de sazonalidades. O resultado veio abaixo das projeções do Depecon/FIESP e do mercado (ambos em 0,5%).



Na comparação com o mesmo mês de 2016, o indiciador diminuiu 0,8% em fevereiro, após apresentar uma alta de 1,4% no primeiro mês deste ano pela mesma base comparativa. No acumulado em 12 meses, a desaceleração do ritmo de queda continuou, agora em -4,8% para o mês em análise ante -5,4% de janeiro.

Na abertura em categorias de uso, a passagem mensal apresentou um forte crescimento de 6,5% nos Bens de Capital, frente ao decréscimo de 4,2% em janeiro. Comportamento parecido teve os Bens de Consumo Duráveis, que de um recuo de 4,8% no mês anterior passou para uma variação positiva de 7,1% neste mês analisado, acumulando alta de 11,6% no primeiro bimestre, frente igual período do ano anterior. Para as outras categorias, Bens Intermediários passou de 0,8% para 0,5% e Bens de Consumo Semi e Não Duráveis de 3,0% para -1,6%.



Pela abertura dos subsetores, a Indústria Extrativa Mineral recuou 0,5% em fevereiro, ante crescimento de 1,0% no mês anterior. Por outro lado, a Indústria de Transformação voltou a crescer, em 0,4%, após ter recuo de 0,5% em janeiro. Dentre as 13 das 24 atividades industriais que cresceram, destaque para Veículos automotores, reboque e carrocerias (de -8,4% para 6,1%) e Máquinas e Equipamentos (de -6,1% para 9,8%). Já dentre as contribuições negativas para o indicador, destaque para o recuo de 2,7% de Produtos alimentícios, após acumular ganho de 1,8% nos últimos dois meses, e Celulose, papel e produtos de papel, com -5,6% ante crescimento de 3,2% em janeiro.



O resultado de fevereiro, de ligeiro crescimento na passagem mensal, associado a uma diminuição no ritmo de queda acumulada em 12 meses, sinaliza para uma estabilização da produção industrial brasileira, no cenário de possível recuperação lenta e gradual.

MDIC: Primeiro trimestre apresenta maior superávit da série histórica

Na tarde dessa segunda-feira (03/04) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o resultado da balança comercial brasileira do mês de março. No mês em questão, o saldo comercial do país foi superavitário em US$7,145 bilhões, resultado 61,2% superior ao alcançado no mesmo período de 2016, US$4,431 bilhões.

As exportações do mês atingiram o montante de US$20,085 bilhões, ao passo que que as impostações no terceiro mês do ano totalizaram US$12,940 bilhões. No mesmo período, a corrente de comércio chegou ao valor de US$ 33,025 bilhões, um acrescimento de 14,7% comparado ao mesmo período do ano passado, pela média diária.

Em relação ao acumulado de janeiro-março de 2017, a balança comercial acumula no ano um superávit de US$14,424 bilhões, muito superior ao verificado no mesmo período em 2016 (US$ 8,388 bilhões). O saldo acumulado neste primeiro trimestre é recorde para a série histórica (desde 1992).

As exportações acumuladas no período janeiro-março de 2017 atingiram o montante de US$50,466 bilhões. Ante o mesmo período de 2016, as exportações registraram um aumento de 20,4%, pela média diária. Já as importações totalizaram US$ 36,042 bilhões. Na comparação com mesmo período de 2016, houve um aumento de 8,4% (pela média diária).


Por fim, na abertura por tipo do produto, as exportações acumuladas no ano cresceram em: 34,7% nos produtos básicos, atingindo US$24,166 bilhões; 11,2% nos semimanufaturados, chegando a US$7,176 bilhões e de 8,1% nos manufaturados, ao totalizar US$17,909 bilhões. Quanto as importações de janeiro-março, comparado ao mesmo período de 2016, houve um crescimento de 20,9% em combustíveis e lubrificantes, os bens intermediários apresentaram alta de 16,2%, já as compras de bens de capital caíram 22,6% e os bens de consumo recuaram 0,6%.

FENABRAVE: Vendas de Autoveículos cresce 0,1% em março

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulgou ontem (03/04) o volume de vendas de Autoveículos referentes ao mês de março. De acordo com as informações contidas no relatório, no mês em questão o volume de vendas total registrou ligeira alta de 0,1%, ante uma alta de 8,4% no mês de fevereiro.


O número de vendas de automóveis apresentou alta de 2,0%, enquanto que o de veículos comerciais apresentou forte queda de 8,7%. O volume de venda de ônibus apresentou grande variação (22,5%) e os Caminhões tiveram alta de 3,0% no mês. Quanto as Motocicletas, as vendas caíram 1,1%.

Por fim, no que diz respeito ao resultado trimestral, a venda de autoveículos encerra o primeiro trimestre do ano com queda de 1,0%. Por componentes, as vendas de Automóveis registraram queda de 0,1 %, os veículos Comerciais leves cresceram 3,9%, os Caminhões 1,1%, Ônibus 12,3% e as Motocicletas caíram 4,8%.