OCDE: Inflação continua acelerando em fevereiro
Ontem (04/04) a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referente a fevereiro apontou aceleração da inflação para os países membros, de 2,3% anual em janeiro para 2,5% no mês de referência. Esta é a maior taxa anualizada desde março de 2012, quando a inflação era de 2,7%.

Sob forte influência da variação de 11,1% dos preços de Energia, ante 8,5% registrados em janeiro, além da aceleração dos preços de Alimentos, de 0,4% no mês anterior para 0,6% no referencial, o núcleo da inflação - que desconsidera o nível de preços destas duas categorias citadas - sofreu uma leve desaceleração, de 1,9% para 1,8%.
Na abertura entre China, Estados Unidos e Zona do Euro, destaque para o país asiático, que de uma taxa acumulada em 12 meses de 2,6% em janeiro passou para 0,8% em fevereiro. Os norte-americanos atingiram 2,7% ante 2,5% no mês anterior, registrando a maior taxa desde fevereiro de 2012. Já os europeus, de 1,8% para 2,0%, alcançaram o maior patamar para inflação desde dezembro de 2012. Os países desenvolvidos já estão em suas metas implícitas (em torno de 2,0%), o que aumenta pressão sobre suas políticas monetárias, que ainda são consideradas não convencionais (os chamados quantative easing).
Zona do Euro: Vendas no varejo registra alta de 0,7% em fevereiro
O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou ontem (04/04) o volume das vendas no varejo referentes ao mês de fevereiro. Na série ajustada sazonalmente, o relatório aponta que o volume de vendas tanto a Zona do Euro quanto a União Europeia tiveram um aumento de 0,7% na comparação com o mês anterior. Em janeiro a variação observada fora 0,1% e de 0,2%, respectivamente. Na comparação com fevereiro de 2016, houve crescimento de 1,8% na Zona do Euro e 2,2% na União Europeia.

Na abertura por componentes, o aumento visto na Zona do Euro está relacionado ao crescimento de 0,9% nas vendas dos Produtos Não Alimentícios e de 0,7% em Comidas, Bebidas e Tabaco, enquanto que Combustível Automotivo registrou queda de 0,9%. Já o mesmo aumento apresentado na União Europeia é devido ao crescimento de 1,1% nos Produtos Não Alimentícios e de 0,5% em Comidas, Bebidas e Tabaco, contrapostos pela queda de 0,7% no Combustível.
Por fim, na abertura por países, entre os que compõem o Big-Four (maiores economias da Zona do Euro), a Alemanha apresentou alta de 1,8% no mês, ante queda de 1,0% registrado no primeiro mês do ano. A França, por sua vez, variou 0,7%, contra 0,3% no mês anterior. A Itália não informou seu resultado nos últimos três meses, já a Espanha passou de uma variação negativa de 1,2% em janeiro para 0,2% no mês atual.
Zona do Euro: PMI composto continua em forte ritmo de expansão
O Instituto Markit divulgou hoje (05/04) os resultados consolidados para o seu Índice Geral de Compras (PMI) composto referente ao mês de março. De acordo com a publicação, o índice ficou em 56,4 pontos ante 56,7 previstos na publicação anterior. Mesmo com esta redução, o indicador atingiu o maior patamar desde abril de 2011, quando a pontuação fora de 57,8 pontos.

O patamar atual indica que o crescimento do PIB na zona para o primeiro trimestre de 2017 será expressivo, em torno de 0,6%. O cenário desse crescimento para a região é: a maior elevação de empregos em quase uma década; desde abril de 2011 que não se observava uma criação de novos negócios tão elevada; e uma expansão da produção, tanto no setor industrial quanto no setor de serviços, a níveis de quase seis anos atrás. Assim, as pontuações para o PMI da Indústria e de Serviços ficaram em 56,2 e 56,0 pontos, respectivamente, sendo estas as maiores desde abril de 2011.

Por fim, para o desempenho dos big-four, destaque para Alemanha e França que, como notificado na prévia, também alcançaram níveis de abril de 2011 para o respectivos PMI composto. A Alemanha passou de 56,1 em fevereiro para 57,1 neste mês de referência, enquanto que os franceses ficaram em 56,8 pontos ante 55,9. Para a Itália e Espanha, a pontuação teve queda, de 54,8 para 54,2 e de 57,0 para 56,8, respectivamente. No entanto, as leituras acima de 50,0 pontos ainda indicam expansão da atividade destes países.
