
IBGE: IPCA-15 fica abaixo da meta pela primeira vez desde 2010
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta quinta-feira (20/04) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) referente ao mês de abril. No mês em questão a inflação registrou alta de 0,21%, ficando acima do registrado no mês anterior (0,15%), mas muito abaixo do registrado em abril de 2016 (0,51%).

Com a leitura o IPCA-15 acumulado em doze meses desacelerou de 4,73% para 4,41%, ficado abaixo da meta de inflação de 4,50% pela primeira vez desde agosto de 2010.

Na abertura por classes de despesas, os grupos que tiveram maior relevância no resultado final do IPCA-15 do mês foram Alimentação e Bebidas, com alta de 0,31% e impacto de 0,08 p.p, bem como Saúde e Cuidados Pessoais, com 0,91% e 0,10 p.p de impacto. Além destes, tivemos impactos positivo de Habitação (0,39%); Vestuário (0,44%); Despesas Pessoais (0,23%); Educação (0,14%) e Comunicação 0,18%. Por sua vez, as classes Artigos de Residência (-0,43%) e Transportes (-0,44%) mostraram deflação no período.

Por fim, no que se refere aos índices regionais, destaque para as variações positivas apresentadas no Recife (0,53%), Rio de Janeiro (0,51%) e Brasília (-0,08%). Já as maiores variações negativas foram detectadas em Belo Horizonte (-0,07%), Belém (-0,03%) e Curitiba (0,06%). Em São Paulo a variação apresentada foi de 0,17%, ante 0,27% em março.

FGV: Monitor do PIB apresenta crescimento em fevereiro
Hoje pela manhã (20/04), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu Monitor do PIB referente ao mês de fevereiro. Este indicador, estimado mensalmente, serve como antecipação do PIB trimestral divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma vez que utiliza sua mesma metodologia.
De acordo com a atual publicação, o PIB na passagem mensal apresentou um crescimento de 0,78%, na série ajustada sazonalmente. Na comparação entre trimestre finalizado em fevereiro contra o finalizado em novembro, houve avanço de 0,15%, o que caracteriza a primeira leitura positiva em oito trimestres consecutivos.

Na passagem mensal, a alta de fevereiro foi puxada, no lado da demanda, pelo crescimento de 1,41% do consumo das famílias, de 3,87% dos investimentos (formação bruta de capital fixo), além da queda em 6,35% das importações. Por sua vez, o consumo do governo (-0,36%) e as importações (-1,00%) exerceram impactos negativos na leitura mensal.

No lado da oferta, destaque para alta de 2,73% de agropecuária (setor que já havia crescido 8,09% em janeiro), além do avanço de 1,87% da indústria total e de 0,36% do setor de serviços, este último influenciado pelos resultados do comércio (+0,71%).

Assim, a alta verificada no trimestre encerrado em fevereiro, somado a alguns indicadores antecedentes de alguns setores já conhecidos para o mês de março sugerem um melhor desempenho do PIB no primeiro trimestre desse ano em relação ao que se viu nas ultimas leituras.
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