Informativo eletrônico - Edição 2150 Quarta-Feira, 03 de maio de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Produção industrial recua 1,8% em março
  • Balança comercial continua fortemente superavitária
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Taxa de desemprego fica estável em 9,5%
  • Zona do Euro: PIB cresce 0,5% no primeiro trimestre

Dados da Economia Brasileira



IBGE: Produção industrial recua 1,8% em março

Na manhã de hoje (03/05) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados para a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) referente ao mês de março e, consequentemente, o fechamento do primeiro trimestre. Segundo a leitura, a produção da indústria fechou março com queda de 1,8% em relação ao mês de fevereiro, na série com ajustes sazonais, pior do que o esperado pela média do mercado (-0,9%). Por outro lado, na comparação com março de 2016 a produção mostrou avanço de 1,1%, ao passo que no acumulado do ano o crescimento foi de 0,6%.


Na abertura entre os dois grandes setores industriais, os desempenhos tanto da Indústria Extrativa (-1,1%) quanto da Indústria de Transformação (-1,7%) foram negativos no terceiro mês do ano.

A despeito de ter recuado em janeiro, ficado estável em fevereiro e voltado a cair em março, a produção industrial total encerra o primeiro trimestre com elevação de 0,7% frente ao trimestre anterior, ainda refletindo o carrego estatístico mais positivo de dezembro. A intensidade do resultado trimestral, no entanto, é diferente entre estes dois subsetores. Para a Extrativa, o crescimento do primeiro trimestre ficou em 1,9%, enquanto que a Indústria de Transformação ficou em 0,6%.


Já na a abertura das atividades industriais, a produção de 15 das 24 atividades tiveram queda em relação ao mês de fevereiro. Entre os que mais cresceram, destaque para a produção de madeira (3,7%), produção de couro (2,3%) e produção de papel e celulose (2,0%). Já dentre as atividades que apresentaram queda, a produção de farmacêuticos registrou expressivo recuo de 23,8%, seguida pela queda de veículos automotores (-7,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,3%). Abaixo os desempenhos trimestrais de cada atividade industrial.


Por sua vez, as 4 categorias de uso apresentaram queda na pesquisa de março, com destaque para o recuo de bens de capital (-2,5%) e bens de consumo duráveis (-8,5%). Além destas, a produção de bens intermediários (-2,5%) e de consumo semiduráveis e não duráveis (-1,8%) também recuaram no terceiro mês do ano. Com relação aos dados trimestrais, contudo, 3 atividades tiveram resultado positivo no período, com exceção de bens de capital, como mostra o gráfico abaixo.

Em suma, a turbulência dos resultados mensais voltou a se confirmar em março, embora com uma queda mais intensa do que o esperado. A leitura trimestral positiva vai em linha com a avaliação de recuperação lenta, gradual e frágil.

Balança comercial continua fortemente superavitária

Nesta terça-feira (02/05) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os resultados iniciais da Balança Comercial brasileira para o mês de abril. Segundo a publicação, a balança foi superavitária em US$ 6,969 bilhão, valor 43,3% superior ao verificado em igual período de 2016 (US$ 4,862 bilhões). No ano, o superávit da balança comercial do país chegou a US$ 21,387 bilhões, ante superávit de US$ 13,250 bilhões de janeiro a abril de 2016.

O resultado acumulado no ano reflete o forte desempenho das exportações, que atingiram valor de US$ 68,149 bilhões, com destaque para o crescimento das vendas dos produtos básicos (+32,1%, para US$ 33,167 bilhões), semimanufaturados (+14,8%, para US$ 9,284 bilhões) e manufaturados (+12,0%, para US$ 24,053 bilhões). Já as importações, que somaram US$ 46,762 bilhões, foram puxadas pelas compras de combustíveis e lubrificantes (+22,5%), bens intermediários (+16,2%) e bens de consumo (+1,0%), enquanto decresceram as compras de bens de capital (-19,0%).

Portanto, a despeito do aumento das importações, o forte avanço das vendas externas, lideradas pelos produtos básicos, mas com importante contribuição dos produtos manufaturados, a balança comercial brasileira segue apresentando forte nível superavitário, situação que deve perdurar até o fim do ano.

 

Zona do Euro: Taxa de desemprego fica estável em 9,5%

Nesta terça-feira (02/05) a Eurostat divulgou os resultados da taxa de desemprego da Zona do Euro. Segundo a publicação, na passagem de fevereiro para março a taxa de desemprego na região ficou estável em 9,5%, na série ajustada sazonalmente. A taxa é a menor desde abril de 2008. Por sua vez, na União Europeia como um todo a taxa atingiu 8,0%, abaixo dos 8,1% apresentado em fevereiro.

Na abertura por países, destaque para as baixas taxas verificadas na Alemanha (3,9%) e Malta (4,1%), ao passo que Grécia (23,5%) e Espanha (18,2%) seguem apresentando o maior nível de desemprego da região do euro.



Zona do Euro: PIB cresce 0,5% no primeiro trimestre

Na manhã desta quarta-feira (03/05) a Eurostat divulgou a primeira leitura do PIB do primeiro trimestre da Zona do Euro e da União Europeia. Segundo a divulgação, o PIB da área de moeda comum cresceu 0,5% no primeiro trimestre, mesma taxa verificada nos últimos três meses de 2016. Por sua vez, a União Europeia como um todo viu seu produto crescer 0,4% no período, desacelerando frente ao último trimestre de 2016 (0,6%).

Comparado a igual trimestre do ano passado, os crescimentos foram de 1,7% e 1,9%, respectivamente, na Zona do Euro e União Europeia.


 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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