
IBGE: IPCA desacelera novamente em abril
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje pela manhã (10/05) o seu Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de abril. A inflação cresceu 0,14% na passagem de março para abril, abaixo do esperado pelo mercado (0,16%), do verificado em igual mês do ano passado (0,61%) e mostrando desaceleração frente ao resultado de março (0,25%).
Assim, para o acumulado no ano de 2017, o crescimento do IPCA passou de 0,96% em março para 1,10% neste mês de referência, mas continua mostrando descompressão no acumulado dos últimos 12 meses (de 4,57% para 4,08%), sendo esta a primeira vez desde agosto de 2010 que a taxa fica abaixo da meta, além de ser a menor taxa desde julho de 2007.

Na abertura entre os preços administrados e livres, o primeiro apresentou deflação de 0,60% na passagem mensal, fazendo sua taxa acumulada em 12 meses desacelerar de 5,59% para 4,24%. Os preços livres aceleraram no mês, passando de 0,18% para 0,38% em abril. No entanto, no acumulado em 12 meses, a taxa também caiu, de 4,25% para 4,03%.

O mês de abril apresentou expressiva redução dos preços de energia elétrica e combustíveis, com deflação de 6,39% e 1,95%, respectivamente. Assim, na abertura entre as classes de despesas, destaque para a deflação do grupo Habitação, com redução de 1,09% na passagem mensal, além de Artigos de residência (-0,28%) e Transportes (-0,06%). Por outro lado, Saúde e cuidados pessoais, Alimentação e bebidas, e Comunicação tiveram as maiores altas: 1,00%, 0,58% e 0,55%, respectivamente.
Na abertura regional, das 13 áreas metropolitanas brasileiras, 4 apresentaram deflação: Salvador (-0,22%); Campo Grande (-0,13%); Belo Horizonte (-0,08%) e Curitiba (-0,05%). Brasília, Recife e Rio de Janeiro, por outro lado, tiveram as maiores altas de 0,54%, 0,49% e 0,38%, respectivamente. São Paulo apresentou uma variação mensal de 0,16%.
Por fim, o núcleo do IPCA, que exclui a variação de preços mais voláteis da energia e alimentação, apresentou um resultado parecido com a inflação cheia ao variar 0,15% no mês. Assim, no acumulado dos últimos 12 meses, o núcleo do indicador passou de 5,51% para 4,99%.

FGV: Indicador Coincidente do Desemprego cai 3,2% em abril
Ontem (09/05), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu Indicador Antecedente do Emprego referente ao mês de abril. Após três meses de alta, com média de 3,8% de crescimento por mês, a divulgação apresentou uma estabilização do indicador na passagem de março para abril, ficando em 100,5 pontos e mantando-se como a maior pontuação da série histórica, iniciada em junho de 2008.
No mesmo relatório, foi divulgado os resultados para o Indicador Coincidente do Desemprego (ICD). O indicador recuou 3,2% nesta leitura, atingindo a quarta baixa consecutiva e passando de 100,6 pontos para 97,4 pontos.

A manutenção do ICD em um patamar elevado demonstra as dificuldades que o mercado de trabalho ainda vai encontrar ao longo do ano, devendo ter recuperação lenta. Por fim, o relatório ressalta que alguns fatores estão fortalecendo as expectativas de retomada, como a redução das taxa de juro pelo Banco Central.
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