Informativo eletrônico - Edição 2165 Quarta-Feira, 24 de maio de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • BCB: Déficit do setor externo continua diminuindo em abril
  • FGV: Confiança do consumidor volta a subir em maio
Economia Internacional
  • Alemanha: PIB cresce 0,6% no primeiro trimestre
  • Alemanha: Confiança do Consumidor segue em alta

Dados da Economia Brasileira



BCB: Déficit do setor externo continua diminuindo em abril

Ontem (23/05), o Banco Central do Brasil divulgou sua Nota do Setor Externo com os resultados da Balança de Pagamentos referente a abril. Em linha com a mediana das projeções de mercado, o resultado mensal para as Transações Correntes foi de superávit de US$ 1,2 bilhão, após já apresentar saldo positivo em março de US$ 1,4 bilhão. Assim, para o acumulado no ano de 2017, o déficit da conta corrente passou de US$ 4,7 bilhões para US$ 3,5 bilhões. No mesmo sentido, o acumulado em 12 meses segue sua trajetória declinante ao atingir um déficit de US$ 19,8 bilhões ante US$ 20,6 bilhões de março, o equivalente a 1,08% do PIB.


O reajuste externo continuou tendo como grande destaque o crescimento das exportações no período. Para o acumulado em 12 meses, o valor da quantidade exportada atingiu US$ 196,7 bilhões ante US$ 194,4 bilhões do mês passado. A estabilidade do valor das importações, ao passar de US$ 143,3 bilhões para US$ 143,6 bilhões, contribuiu para a Balança Comercial chegar a US$ 53,2 bilhões em abril, o que significa um aumento de 49,5% em relação ao mesmo mês de 2016.



No que tange as contas de serviços, os valores acumulados em 12 meses permaneceram estáveis na passagem mensal, num déficit de US$ 31,6 bilhões. Este resultado é apenas ligeiramente menor que o déficit acumulado em abril de 2016, registrado em US$ 32,0 bilhões. Para a Balança de Renda, por outro lado, o déficit aumento em relação a março, ao passar de US$ 40,0 bilhões para US$ 41,4 bilhões. No ano passado, o déficit registrado no mesmo mês em questão era de US$ 37,7 bilhões.



Na abertura da Balança de Serviços, destaque para Aluguel de Equipamentos, cujo déficit passou de US$ 21,0 bilhões para US$ 18,8 bilhões. Viagens ao exterior, por outro lado, teve seu déficit aumentado de US$ 8,4 bilhões para US$ 10,3 bilhões. Transportes e demais serviços seguem praticamente estáveis nesta base de comparação.


Pela abertura da Balança de Renda, o fator responsável pela sua trajetória deficitária ascendente são os juros, que subiram para US$ 23,5 bilhões ante US$ 20,6 bilhões de abril de 2016. Associado a isso, a renda secundária diminuiu seu superávit, ao passar de US$ 3,1 bilhões para US$ 2,6 bilhões. Salários e lucros e dividendos estabilizaram no período.



Por fim, pela Conta Financeira, grande destaque para o aumento do Investimento Direto no País, que segue aumentando e já acumula em 2017 um saldo 24,2% maior que no mesmo período de 2016. Para o acumulado em 12 meses, o superávit é de US$ 84,7 bilhões ante US$ 79,3 bilhões de abril do ano passado.



FGV: Confiança do consumidor volta a subir em maio

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (24/05) seu Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente ao mês de maio. De acordo com a publicação, após queda do indicador em 3,6% no mês de abril, a confiança voltou a aumentar neste mês, atingindo 84,2 pontos ante 82,2 pontos, o que significa um crescimento de 2,4%.



Na abertura de seus componentes, o Indicador das Expectativas impulsionou o crescimento mensal ao avançar em 3,8%, passando de 91,1 pontos para 94,6 pontos. Já o Indicador da Situação Atual acumulou sua segunda queda mensal consecutiva, mesmo que moderadamente, atingindo 70,5 pontos ante 70,8 pontos.


Em suma, o bom desempenho de maio se deve aos subcomponentes de ímpeto por compras de bens duráveis e situação financeira familiar para os próximos seis meses, que influenciados pela queda da inflação e dos juros nominais, tiveram as maiores contribuições para o ICC. No entanto, o subcomponente que mensura a situação financeira atual das famílias apresentou o maior recuo desde dezembro de 2016, o que explica o declínio do Indicador da Situação Atual.



 

Alemanha: PIB cresce 0,6% no primeiro trimestre 

O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis) divulgou nesta última terça-feira (24/05) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país referente ao primeiro trimestre do ano. Na série ajustada sazonalmente, PIB alemão registrou alta de 0,6% na comparação com o anterior (quando havia crescido 0,4%). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o PIB alemão cresceu 2,9%.



Na abertura por setores, e ainda na comparação entre trimestres (ajustado sazonalmente), as contribuições positivas vieram da demanda doméstica e externa, em especial na formação de capital fixo, que aumentou de forma acentuada no início do ano. A formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos registrou alta de 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2016, ao passo que a formação bruta de capital fixo na construção aumentou 2,3%. Por sua vez, foi verificado avanço de 0,3% no consumo das famílias e de 0,4% no consumo do governo.

Com relação a demanda externa, as exportações de bens e serviços tiveram aumento de 1,3%. As importações também apresentaram alta, no entanto, o aumento foi em uma magnitude menor (0,4%) do que o das exportações.

Portanto, a melhora da economia alemã, tanto pela demanda interna quanto externa, já havia sido antecipada pelo avanço nos indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores, que seguem apontando melhora no segundo trimestre.

Alemanha: Confiança do Consumidor segue em alta

Nessa quarta-feira (24/05), a GfK (Associação Alemã de Pesquisas ao Consumidor) divulgou seu Índice de Confiança do Consumidor alemão referente a maio e com projeções para junho. O relatório afirma que no quinto mês do ano os consumidores alemães ficaram mais confiantes, elevando o índice de 9,8 para 10,2 pontos, dando um suporte sólido à economia do país. Esse cenário reflete as expectativas positivas para a economia e renda. Já a propensão à compra diminuiu, embora ainda permaneça num patamar elevado.



O indicador de expectativas econômicas mostrou avanço pelo terceiro mês seguido ao crescer 4,3 pontos e alcançar 34,8 pontos. Vale ressaltar que este é o nível mais alto em dois anos. Quanto a expectativa de renda, o indicador registrou 58,5 pontos, alta de 1,0 ponto em relação a abril.

A propensão para comprar apresentou queda de 4,5 pontos em maio, atingindo o nível de 55,7 pontos, perdendo assim, quase todos os ganhos registrando no mês anterior.

Por fim, no que diz respeito às projeções para o mês de junho, a GfK estima que o clima do consumidor cresça de 10,2 pontos em maio para 10,4 pontos em junho.

 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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