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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

• IBGE: IPCA-15 desacelera em junho
• Fiesp/CNI: Confiança do Empresário Industrial diminui em junho

• EUA: Indicador antecedente registra nova alta em maio
• Zona do Euro: Prévia do PMI recua em junho

IBGE: IPCA-15 desacelera em junho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (23/06) os resultados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) referente ao mês de junho. O indicador apresentou descompressão em relação a maio, ao passar de uma variação mensal de 0,24% para 0,16%, ficando acima da mediana das expectativas de mercado (em 0,11%).



Com este resultado mensal, o IPCA fechou o primeiro semestre com alta de 1,62%, muito inferior aos 4,62% registrados no mesmo período do ano passado, sendo também o menor desde 1994. Por sua vez, o índice acumulado em 12 meses desacelerou de 3,77% para 3,52%. O núcleo da inflação, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, também diminuiu ao passar de 4,70% para 4,47%.



Na abertura por classes de despesa, a principal contribuição para a baixa variação mensal é atribuída ao grupo de Alimentação e Bebidas, que ao registrar deflação de 0,47% impactou negativamente em 0,12p.p. no índice. Transportes também exerceu influência baixista, em -0,02p.p. Por outro lado, a inflação de Habitação acelerou no período, passando de 0,15% para 0,93%, impactando em 0,14p.p.


Por fim, na abertura entre as principais regiões metropolitanas do país, Recife registrou a maior variação, em 0,46% ante 0,65%, seguido por Goiânia, em 0,40% ante -0,22%. Já Belo Horizonte e Fortaleza foram as únicas regiões a apresentarem deflação, em 0,21% e 0,13%, respectivamente. Por último, São Paulo viu seu IPCA desacelerar na passagem mensal, de 0,38% para 0,20%.

FIESP/CNI: Confiança do Empresário Industrial diminui em junho

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (22/06) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) referente ao mês de junho. Segundos as informações contidas no relatório a confiança do industrial brasileiro apresentou queda de 1,8 pontos na comparação com o mês anterior, variando de 53,7 para 51,9 pontos, após quatro meses de relativa estabilidade. Embora tenha diminuído no mês, o índice permanece acima dos 50,0 pontos - nível de otimismo. No mesmo período do ano anterior a confiança havia registrado 45,7 pontos, resultado que é 6,2 pontos inferior ao atual.

A FIESP/CNI divulgou no mesmo dia (22/06) o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP). De acordo com a publicação, o índice passou de 53,3 para 50,5 pontos no mês de junho. Apesar da queda, o ICEI-SP também permaneceu acima do nível de expansão (acima de 50 pontos) e sinaliza otimismo. O resultado reflete o movimento do Indicador de Condições Atuais, que variou de 47,6 para 45,7 pontos. Por sua vez, o Índice de Expectativas também mostrou redução de otimismo, com seu resultado variando 3,1 pontos, passando de 56,3 para 53,2 pontos.

EUA: Indicador antecedente registra nova alta em maio

Ontem (22/06), a The Conference Board divulgou os resultados do Indicador Antecedente (Leading Economic Index - LEI) dos Estados Unidos referente ao mês de maio. Na passagem para o quinto mês o indicar apresentou alta de 0,3%, atingindo 127,0 pontos. No mês anterior já havia ocorrido ligeira alta de 0,2%, também precedido de um aumento em março (0,4%).



No que diz respeito ao Índice de Coincidente Econômico (Coincidente Economic Index - CEI), houve ligeira alta 0,1% em maio, atingindo 115,3 pontos. Nos meses anteriores também ocorreram crescimento de 0,3% em abril e de 0,1% em março.

Com relação ao Índice Lagging da Economia (LAG), o índice do mês de maio registrou uma expansão de 0,1%, atingindo 124,2 pontos. Anteriormente o índice havia crescido 0,3% e 0,2% em abril e março, respectivamente.



Tal resultado positivo reforça as expectativas de novos aumentos da taxa de juro americana por parte do FOMC (Comitê do Fed, o Banco Central americano, que toma as decisões de política monetária do país) ao longo do ano, após já ter elevado a taxa na reunião deste mês.

Zona do Euro: Prévia do PMI recua em junho

Hoje pela manhã (23/06), o Instituto Markit divulgou os resultados preliminares do Índice Geral de Compras (PMI) composto referente ao mês de junho. O indicador voltou a apresentar queda após 9 meses de avanço, ao passar de 56,8 para 55,7 pontos, o menor patamar desde fevereiro deste ano. A despeito do recuo, o índice sinaliza forte expansão da atividade economia no segundo trimestre, por estar acima dos 50,0 pontos.



Na abertura entre seus componentes, foi observado resultados opostos na atual leitura. O PMI de serviços teve queda de 2,8%, chegando a 54,7 pontos ante 56,3 pontos registrados em maio. Por outro lado, o PMI industrial cresceu pelo décimo mês seguido, chegando ao maior patamar desde fevereiro de 2011. A pontuação passou de 57,0 para 58,5 pontos.


O resultado baixista tem de ser visto no contexto recente de altos níveis registrados nos meses anteriores, com a pontuação média do segundo trimestre de 2017 sendo a maior em 6 anos e a geração de empregos chegando as maiores taxas na última década.