Informativo eletrônico - Edição 2195 Sexta-Feira, 07 de julho de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: IPCA registra a primeira deflação desde 2006
  • FGV: IGP-DI registra deflação pelo quarto mês seguido
  • Anfavea: Produção de veículos cresce no segundo trimestre
Economia Internacional
  • EUA: Atividade econômica acelera em junho
Agenda Semanal

Dados da Economia Brasileira



IBGE: IPCA registra a primeira deflação desde 2006

Na manhã de hoje (07/07) o IBGE divulgou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de junho. De acordo com a nota divulgada, o IPCA registrou deflação de 0,23%, resultado inferior ao apresentado em maio (0,31%). O resultado do mês é o menor para junho desde o início do Plano Real e o primeiro resultado mensal negativo para qualquer mês desde junho de 2006, quando atingiu o patamar de -0,21%. Já no acumulado nos últimos doze meses, o índice foi para 3,00%, ante 3,60% na leitura anterior - permanecendo bem abaixo da meta do Banco Central (4,50%).



Na abertura por classe de despesas, destaque para habitação que apresentou queda de 0,77%, reflexo dos preços da energia elétrica (-5,52%, impactando o IPCA em -0,20 p.p.). Logo na sequência vem Transportes (-0,52%, reflexo da queda dos preços dos combustíveis) e Alimentação e bebida (-0,50%). A inflação das demais classes de despesas apresentaram os seguintes desempenhos: Artigos de Residência (-0,07%), Educação (0,08%), Comunicação (0,09%), Vestuário (0,21%), Despesas Pessoais (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46%).

Em junho, os preços administrados recuaram (de 1,56% para -0,83%), acumulado alta de 3,30% em doze meses. Por sua vez, os preços livres recuaram 0,04%, acumulando alta de 2,90% em doze meses.



O núcleo do IPCA, quando se exclui itens voláteis como alimentação e energia, variou de 0,51% em maio para 0,08% em junho. Com isso, seu acumulado em doze meses passou de 4,50% para 4,17%.



Dentre os índices regionais, na passagem de maio para junho, todas as inflações regionais pesquisadas apresentaram queda, com destaque para Belo Horizonte (-0,48%), Campo Grande (-0,40%) e São Paulo (-0,31%). Já as menores deflações foram vistas em Goiânia (-0,04%), além de Salvador e Belém (-0,08%).

FGV: IGP-DI registra deflação pelo quarto mês seguido

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje pela manhã (07/06) seu Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de junho. Pelo quarto mês seguido o IGP apresentou deflação, passando de -0,51% em maio para -0,96% nesta leitura, superando também o resultado apresenta em igual mês de 2016 (+1,63%). Com isso, a taxa acumulada no ano de 2017 foi para -2,58%, enquanto que a variação acumulada nos últimos 12 meses passou a ser negativa, em -1,51%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou queda de 1,53% em junho ante -1,10% verificado em maio. Na abertura entre origem de processamento, os produtos agropecuários chegaram ao décimo mês seguido de deflação, passando de -0,72% do mês anterior para -2,88%. Assim, o índice chegou a uma expressiva deflação de 17,21% nos últimos doze meses. Os produtos industriais, no mesmo sentido, registrou deflação pelo quarto mês seguido, em -1,06% ante -1,24% de maio. A taxa acumulada em doze meses desacelerou para 1,09%.



Na abertura para os estágios de processamento do IPA, os três grupos tiveram variação negativa na passagem mensal. Matérias-primas, após registrar taxa de -4,55% em maio, passou para -3,60% neste mês de referência. Por outro lado, bens finais passou de uma inflação de 0,25% em maio para deflação de 0,88% na atual leitura, enquanto que bens intermediários praticamente replicou sua deflação do mês passado (de -0,49% para -0,50%).

No que se refere ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), este voltou a registrar deflação na margem pela primeira vez desde julho de 2013, passando de 0,52% para -0,32%. Sendo assim, a variação acumulada em doze meses foi para 3,44% ante 4,05% registrados em maio. Entre os grupos que mais contribuíram para a leitura estão Habitação, com recuo de 0,74% no seu nível de preços, e Alimentação, em -0,71%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve seu ritmo inflacionário acelerado em junho, ao passar de 0,63% para 0,93%. Na abertura entre seus componentes, a maior influência exercida se deu por parte do custo da Mão de obra, ao crescer 1,70%, já que Materiais, equipamentos e serviços registrou praticamente estabilidade ( -0,01%) na atual leitura.




Anfavea: Produção de veículos cresce no segundo trimestre

Ontem (06/07), a ANFAVEA divulgou os resultados para a produção total de veículos referente ao mês de junho. De acordo com a publicação a produção recuou 7,5% no mês, sem influências sazonais, não anulando a alta de 19,1% registrados no mês anterior.



Na abertura entre suas categorias de veículos, o recuo foi puxado por automóveis, ao registrar queda de 9,1% na passagem mensal. De forma similar, caminhões e veículos comerciais leves também tiveram suas produções diminuídas em 6,0% e 0,6%, respectivamente. Por outro lado, as outras duas categorias aumentaram sua produção mensal: ônibus (em 6,7%) e máquinas agrícolas (em 3,9%).

Por fim, a despeito do resultado negativo em junho e em abril, o fechamento do segundo trimestre foi positivo, com a produção de veículos tendo crescido em 1,2% contra o primeiro trimestre do ano. Com exceção de automóveis, com 0,8% de recuo, as outras quatro categorias tiveram forte resultado: Comerciais leves (7,8%); ônibus (29,4%); caminhões (18,8%) e máquinas agrícolas (10,5%).



EUA: Atividade econômica acelera em junho

Ontem (06/07), o Instituto Markit divulgou seus resultados para o Índice Gerente de Compras (PMI) composto, referente ao mês de junho. A atividade econômica do país voltou a acelerar em junho, visto que o PMI composto cresceu de 53,6 para 53,9 pontos. O resultado do primeiro semestre de 2017 (53,9 pontos) superou aquele verificado em igual período do ano anterior (51,5 pontos).

Após registrar retração no PMI industrial (de 52,7 para 52,0 pontos), o ligeiro aumento do índice composto é atribuído ao PMI de serviços, que passou para 54,2 pontos ante 53,6 de maio. Entre os fatores que influenciaram o desempenho do setor de serviços, destaque para o crescimento de novas encomendas e ascensão de uma forte demanda. A publicação ainda traz que a inflação dos insumos chegou ao maior ritmo dos últimos dois anos, liderado pelo custo de matérias primas e da mão de obra.



Por fim, com o fechamento do segundo trimestre, a média do PMI composto, em 53,6 pontos, sugere que o crescimento neste período será ligeiramente menor que nos primeiros três meses do ano, quando o PMI médio fora de 54,3 pontos.





Macro Visão é uma publicação da:
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