Informativo eletrônico - Edição 2201 Segunda-Feira, 17 de julho de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado volta a reduzir projeção para Selic
  • FGV: IGP-10 segue em deflação
  • FIESP: Indústria paulista fecha 9,5 mil vagas em junho
Economia Internacional
  • China: PIB cresce acima das expectativas

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira





Focus: Mercado volta a reduzir projeção para Selic

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã desta segunda-feira (17/07) o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. O mercado manteve a projeção para o PIB de 2017 em 0,34%, assim como para o PIB de 2018, que segue em 2,00% pela segunda semana seguida.


Pela sétima semana seguida o mercado revisou para baixo as expectativas para o IPCA desse ano, variando de 3,38% para 3,29%. Para o próximo ano as projeções também diminuíram de 4,24% para 4,20%.

A taxa Selic, por sua vez, variou de 8,25% para 8,00%, enquanto o resultado para o próximo ano segue o mesmo da semana anterior (8,00%). Quanto a taxa de câmbio, as projeções para este ano passaram de R$/US$ 3,26 para R$/US$ 3,24, ao passo que para o próximo ano caiu de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,39.


No que diz respeito ao setor externo, a mediana das projeções para o superávit da balança comercial subiu de US$ 59,50 bilhões para US$ 60,00 bilhões. Quanto ao superávit esperado para 2018, o mercado aponta uma variação de US$ 46,50 bilhões para US$ 47,78 bilhões. Já as expectativas para o déficit em conta corrente para 2017 passaram de US$ 21,65 bilhões para US$ 21,70 bilhões e para 2018 variou de US$ 33,50 bilhões para US$ 33,80 bilhões.

Concluindo, o crescimento projetado para a produção industrial de 2017 apresentou alta passando de 0,84% para 0,97%. No ano de 2018 as expectativas se mantiveram em 2,30% pela terceira semana consecutiva.



FGV: IGP-10 segue em deflação

Hoje (17/07), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu Índice Geral de Preços (IGP-10) referente ao mês de julho. Pelo quarto mês seguido, a variação de preços em relação ao mês anterior foi negativa, acelerando seu ritmo de queda de 0,62% para 0,84%. Assim, a taxa acumulada nos últimos doze meses entrou em terreno negativo pela primeira vez desde fevereiro de 2010, ao passar de 0,08% para -1,79%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também registrou deflação (em -1,32%), sexta leitura seguida de variação negativa. Com isso, a taxa acumulada nos últimos doze meses ficou em -4,44%. Na abertura entre estágios de processamento, bens finais chegou a taxa de -1,12% ante 0,16% de junho. No mesmo sentido, bens intermediários passou de 0,16% para -0,74%. Matérias-primas brutas, por sua vez, diminuiu seu ritmo de queda dos preços, passando de -4,34% para -2,26%.

Já na abertura pela origem de processamento do IPA, ambos componentes registraram deflação: o Índice de Produtos agrícolas recuou 2,52%, décimo mês seguido de variação negativa; e o de Produtos industriais diminuiu em 0,90%, quarto mês seguido neste sentido. Assim, as taxas acumuladas nos últimos doze meses dos grupos ficaram em -17,61% e 1,11%, respectivamente.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou 0,17%, primeira deflação registrada desde agosto de 2013. Os grupos que exerceram maior pressão deflacionária foram Transportes (de -0,11% para -0,58%), Habitação (0,83% para -0,16%) e Alimentação (-0,44% para -0,48%). Abaixo a variação em 12 meses de cada classe.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) mostrou descompressão, passando de 0,92% para 0,62%. A principal influência partiu do custo da Mão de Obra, ao variar em 1,04% ante 1,76%. Já Materiais, Equipamentos e Serviços registrou pequena taxa de 0,10% ante deflação de 0,09% em junho.



FIESP: Indústria paulista fecha 9,5 mil vagas em junho

Na tarde da última sexta-feira (14/07), a FIESP/CIESP divulgou a sua Pesquisa de Nível de Emprego Industrial referente ao mês de junho. Segundo o que aponta o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), a indústria paulista registrou demissão de 9,5 mil trabalhadores no sexto mês do ano, resultado que representa uma queda de 0,44% na comparação com o nível do mês de maio. No primeiro semestre do ano, no entanto, houve criação de 10 mil novas vagas de trabalho, resultado este que é o melhor desde 2013.


Na abertura por Setores e Regiões no mês de junho, apenas o setor de couro e calçados, dos 22 setores pesquisados, apresentou resultado positivo, com a geração de 233 vagas. No mais, 17 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis. Entre os resultados negativos, destacam-se o de produtos alimentícios, com o fechamento de 2,3 mil vagas; o de impressão e reprodução de gravações (-1.332); o de bebidas (-1.302) e o de móveis (-1.118).

Por fim, entre as diretorias regionais, 7 mostraram avanço no mês, com destaque altista para Jaú (1,13%) e São Caetano do Sul (0,59%). Dentre os 27 negativos, destaque para Botucatu (-4,34%), Santos (-1,65%) e Matão (-1,49%).

China: PIB cresce acima das expectativas

O Departamento Nacional de Estatísticas (National Bureau of Statistics – NBS) chinês divulgou ontem (16/07) os resultados para o PIB referente ao segundo trimestre de 2017. De acordo com a publicação, na série livre de influências sazonais, a atividade econômica do país cresceu em 1,7% em relação ao primeiro trimestre do ano (quando havia crescido 1,3%). Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o PIB chinês cresceu 6,9%, acima da mediana das projeções de mercado (em 6,8%).

Nesta mesma base de comparação, o setor industrial foi destaque nos componentes da oferta ao crescer em 7,6%. O setor de serviços também apresentou um bom desempenho, crescendo em 8,3% no segundo trimestre, enquanto que o setor agrícola avançou apenas 0,9%.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu em 11,0%, seguido por um crescimento de 8,6% do componente de formação bruta de capital fixo. Os gastos do governo também tiveram papel importante na leitura, ao avançarem em 8,5%. Por fim, destaque para o setor externo, com as exportações crescendo em 15,0% e as importações em 25,7%.

Assim, o resultado do PIB chinês manteve as expectativas de cumprimento da meta governamental de crescimento em 6,5%.





Macro Visão é uma publicação da:
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Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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