
Focus: Mercado eleva projeção de IPCA para 2017
Na manhã desta segunda-feira (24/07) o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. O boletim desta semana aponta que o mercado manteve a projeção para o PIB de 2017 pela segunda semana seguida em 0,34%. Para o ano de 2018, as projeções também ficaram estáveis, pela terceira semana consecutiva, ao registrar 2,00%.

O mercado elevou suas expectativas para o IPCA desse ano de 3,29% para 3,33%, após anúncio do aumento de impostos. Quanto ao próximo ano as projeções permaneceram em 4,20%, mesmo valor do relatório passado.

No que diz respeito a taxa Selic, a projeção para 2017 segue em 8,00%, assim como para 2018. Quanto a taxa de câmbio, as projeções para este ano ficaram em R$/US$ 3,30, ao passo que para o próximo ano caiu de R$/US$ 3,45 para R$/US$ 3,43.

No que diz respeito ao setor externo, a mediana das projeções para o superávit da balança comercial permaneceram em US$ 60,00 bilhões. Quanto ao superávit esperado para 2018, o mercado diminuiu de US$ 47,78 bilhões para US$ 45,50 bilhões. Já as expectativas para o déficit em conta corrente em 2017 passaram de US$ 21,70 bilhões para US$ 21,00 bilhões e para 2018 variou de US$ 33,80 bilhões para US$ 33,60 bilhões.
Por fim, o crescimento projetado para a produção industrial de 2017 registrou queda ao passar de de 0,97% para 0,83%. No ano de 2018 as expectativas também caíram, passando de 2,30% para 2,26%.

BCB: Transações correntes registra superávit
Na última sexta-feira (21/07), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou sua Nota do Setor Externo com os dados da Balança de Pagamentos referente a junho. Em linha com a mediana das projeções de mercado, o saldo das Transações Correntes no mês foi superavitário em US$ 1,3 bilhão, bem acima do déficit de US$ 2,5 bilhões registrados em junho de 2016. Assim, no acumulado do ano, o saldo passou a ser superavitário, chegando a US$ 714,6 milhões ante déficit de US$ 8,5 bilhões do mesmo período do ano passado. O déficit acumulado nos últimos doze meses, portanto, manteve sua trajetória declinante, passando de US$ 18,1 bilhões para US$ 14,3 bilhões, ou 0,76% do PIB.

Novamente, o saldo da Balança Comercial foi o grande responsável pelo desempenho no mês, ao registrar um superávit acumulado nos últimos doze meses de US$ 57,62 bilhões ante US$ 54,39 bilhões verificado em maio. Os dois componentes contribuíram para o avanço do saldo, uma vez que o valor das exportações nos últimos doze meses passou de US$ 198,99 bilhões em maio para US$ 202,08 bilhões, e o valor das importações reduziu ligeiramente de US$ 144,60 bilhões para US$ 144,46 bilhões.

Em relação às outras duas contas componentes das Transações Correntes, ambas contribuíram para a melhora de seu saldo em relação ao mês anterior. Enquanto que a Conta de Serviços reduziu seu déficit acumulado em doze meses de US$ 31,6 bilhões para US$ 31,2 bilhões, a Conta de Renda foi para um déficit de US$ 43,5 bilhões ante US$ 43,3 bilhões registrados em maio.

Na abertura da Conta de Serviços, apenas o saldo acumulado dos últimos doze meses das viagens internacionais ampliou seu déficit na passagem mensal, chegando a US$ 10,8 bilhões ante US$ 10,7 bilhões de maio. Aluguel de equipamentos, passando de um saldo de US$ -18,4 bilhões para US$ -18,3 bilhões, e demais serviços, de US$ 1,7 bilhões para US$ 2,1 bilhões, foram os responsáveis pela melhora do déficit de serviços. Transportes permaneceu estável em um déficit de US$ 4,2 bilhões.

Já o déficit na Conta de Renda foi reduzido devido ao menor saldo de lucros e dividendos, ao passar de um saldo negativo nos últimos doze meses de US$ -20,5 bilhões para US$ -20,3 bilhões. Os Salários (em US$ 300 milhões) e juros (em US$ -23,3 bilhões) permaneceram estáveis na passagem mensal.

Por fim, a análise da Conta Financeira teve o componente dos investimentos diretos no país surpreendendo positivamente, ao superar a mediana das expectativas (em US$ 2,5 bilhões) e registrar entrada líquida de US$ 4,0 bilhões em junho. Assim, associado com o declínio do déficit acumulado em doze meses das transações correntes, a necessidade de financiamento externo do país foi negativa em US$ 62,6 bilhões, com o saldo acumulado nos últimos doze meses de investimentos diretos no país se mantendo em US$ 81,5 bilhões em relação ao mês anterior.

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