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Economia Brasileira

• Focus: Mercado eleva projeções para IPCA em 2017
• FGV: Confiança do setor serviços cresce 1,2% em julho

• EUA: PIB acelera no segundo trimestre
• Zona do Euro: Taxa de desemprego tem ligeira queda

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira

Focus: Mercado eleva projeções para IPCA em 2017

Hoje (31/07), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o seu Boletim Focus - relatório semanal que faz levantamento da mediana das previsões do mercado referentes às principais variáveis macroeconômicas do país. Pela terceira semana seguida a taxa de crescimento esperada para o PIB deste ano ficou em 0,34%, enquanto que para o próximo foi de 2,00% pela quarta semana seguida.

A projeção para o IPCA no final de 2017 sofreu elevação pela segunda semana seguida, ao passar de 3,33% para 3,40%. Já para a taxa de inflação esperada no fim de 2018 permaneceu em 4,20% pela segunda semana.

No que tange a taxa Selic de final de período, a mediana das projeções de 2017 permaneceu, pela segunda leitura seguida, em 8,00%. Já para o ano de 2018, esta foi rebaixada para 7,75% ante 8,00% da semana passada. Quanto a taxa de câmbio, a mediana para ambos anos foram iguais em relação a semana passada, em R$/US$ 3,30 e R$/US$ 3,43, respectivamente.



Quanto ao setor externo, a mediana das projeções para o superávit primário da balança comercial de 2017 foi mantida em US$ 60,00 bilhões pela segunda semana seguida, enquanto que para 2018 foi rebaixada para US$ 45,00 bilhões ante US$ 45,50 bilhões registrados na semana passada. Já para o déficit em conta corrente, tanto o atual ano (de US$ 21,00 bilhões para US$ 20,00 bilhões) quanto o ano que vem (de US$ 33,60 bilhões para US$ 33,10 bilhões) sofreram queda nas projeções pela segunda semana seguida.

Por fim, o crescimento estimado para a produção industrial de 2017 ficou em 0,83%, mesmo resultado da semana passada. Para 2018, por outro lado, as projeções sofreram queda para 2,22% de crescimento ante 2,26% da leitura anterior.


FGV: Confiança do setor serviços cresce 1,2% em julho

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (31/07) o seu Índice de Confiança dos Serviços (ICS), referente ao mês de julho. De acordo com o relatório, o índice cresceu 1,2% na comparação com o mês anterior, passado de 81,9 para 82,9 pontos, após recuar 3,3% em junho.



O crescimento do ICS no mês está relacionado com a alta de 9 das 13 atividades pesquisadas, 5 a mais do que o visto em junho, impactando positivamente tanto no Índice de Situação Atual (ISA-S), que variou de 77,5 para 78,6 pontos (1,4%), quanto no Índice de Expectativas (IE-S), que passou de 86,5 para 87,4 pontos (1,0%).

Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) voltou a subir após dois meses seguidos de queda. A NUCI variou de 81,4% em junho para 82,1% em julho, uma alta de 0,7p.p.

EUA: PIB acelera no segundo trimestre

Na última sexta-feira (28/07), o Departamento de Análise Econômica (BEA, em inglês) divulgou a primeira estimativa para o PIB americano referente ao segundo trimestre de 2017. Na série sem influências sazonais, a taxa anualizada de crescimento registrada foi de 2,6%, ligeiramente abaixo da mediana das expectativas de mercado em 2,7%, mas acima do verificado no primeiro trimestre (1,2%). Tendo o mesmo trimestre de 2016 como base de comparação, o crescimento do produto foi de 2,0% nos três primeiros meses do ano para 2,1% para a atual leitura.

Pela ótica da demanda, o principal motor do crescimento americano foi o consumo das famílias, crescendo em 2,8% no trimestre, ante 1,9% no trimestre anterior, com contribuição de 1,9p.p. Na mesma base de comparação, Formação bruta de capital fixo passou de queda de 1,2% para avanço de 2,0% (contribuição de 0,3p.p.), o mesmo para o Consumo do governo, de queda de 0,6% para avanço de 0,7% (contribuição de 0,1p.p.). As Exportações líquidas, por sua vez, desaceleraram seu crescimento anualizado para 2,0% ante 3,0% do primeiro trimestre, contribuindo em 0,2p.p. para o resultado deste trimestre.

Com este resultado mais forte para o segundo trimestre, as avaliações do Fed (Banco Central americano) de um primeiro trimestre fraco por conta de efeitos transitórios parecem ter se confirmado, e o segundo trimestre apresentando sinais mais robustos de crescimento. No entanto, esse avanço deve permanecer moderado ao longo do ano, devido à desaceleração do crescimento da renda americana, mesmo com o mercado de trabalho próximo do pleno emprego, indicando que o consumo, motor do produto deste trimestre, deve desacelerar nos próximos meses.

Zona do Euro: Taxa de desemprego tem ligeira queda

Foi divulgou na manhã desta segunda-feira (31/7) pela Eurostat (Departamento de Estatística da União Europeia) a taxa de desemprego da região referente ao mês de junho. No mês em questão a taxa de desemprego na Zona do Euro foi de 9,1%, ligeiramente menor na comparação com o mês anterior (9,2%) e menor também comparado com o mesmo período do ano anterior (10,1%).

Dentre as maiores economias da Zona do Euro, a Alemanha registrou 3,8% de taxa de desemprego, seguida pela a França (9,6%), Itália (11,1%) e Espanha (17,1%). O maior índice registrado ficou mais uma vez por conta da Grécia, com 21,7%.


Nesta segunda-feira também foi divulgado pela Eurostat a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Zona do Euro do mês de julho. A inflação acumulada em doze meses findos no mês chegou a 1,3%, mesmo resultado do mês anterior. Em se tratando do núcleo da inflação, ou seja, excluído os preços de energia, a inflação ficou em 1,2%.