Informativo eletrônico - Edição 2229Quinta-Feira, 24 de agosto de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • BCB: Déficit das Transações Correntes dos últimos doze meses continua em queda
Economia Internacional
  • Reino Unido: Segunda Prévia do PIB mantém estimativa de crescimento de 0,3% no segundo trimestre
  • EUA: Prévia do PMI Composto aponta alta em agosto
  • Zona do Euro: Confiança do consumidor europeu segue em patamares positivo

Dados da Economia Brasileira





BCB: Déficit das Transações Correntes dos últimos doze meses continua em queda

Ontem (23/08), o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou a Nota do Setor Externo com os dados da Balança de Pagamentos referente ao mês de julho. Em linha com a mediana das projeções de mercado, o saldo das Transações Correntes no mês foi de déficit de US$ 3,4 bilhões, pouco acima do déficit de US$ 3,9 bilhões em julho de 2016. Com este resultado, o saldo acumulado no ano de 2017 passou para -US$ 2,7 bilhões ante -US$ 12,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já o déficit acumulado nos últimos doze meses continuou caindo (sexta leitura mensal seguida), com o saldo passando para -US$ 13,8 bilhões, o equivalente a 0,71% do PIB. Em julho de 2016, nesta mesma base de comparação, o déficit era de US$ 27,7 bilhões (1,6% do PIB).



Na abertura entre as três contas componentes das Transações Correntes, a Balança Comercial consolidou seu 29º mês seguido de superávit, em US$ 6,1 bilhões ante US$ 7,0 bilhões de junho. Na comparação em relação ao saldo acumulado nos últimos doze meses, em julho o superávit chegou a US$ 59,3 bilhões, enquanto que no mesmo mês de 2016 estava em US$ 40,4 bilhões. Já a Conta de Serviços, por sua vez, com o déficit registrado neste mês de referência (-US$ 3,0 bilhões), passou para um saldo acumulado em doze meses de -US$ 31,9 bilhões. Em 2016 era de -US$ 30,3 bilhões. Por fim, a Conta de Renda, com o déficit de US$ 6,6 bilhões em julho, acumulou déficit de US$ 41,2 bilhões neste mês ante déficit de US$ 37,9 bilhões em igual período do ano passado.



Na abertura para a Balança Comercial, o menor saldo superavitário de US$ 6,1 bilhões neste mês em relação ao anterior é atribuído a desaceleração das Exportações (de US$ 19,7 bilhões para US$ 18,7 bilhões na passagem mensal) compensada pela desaceleração nas Importações (de US$ 12,8 bilhões para US$ 12,7 bilhões).


No que tange a abertura da Conta de Serviços, houve diminuição do déficit em julho em relação a junho devido a forte desaceleração das despesas com Aluguel de Equipamentos (de -US$ 1,7 bilhões para -US$ 1,1 bilhões). Este recuo compensou o aumento dos gastos com Viagens Internacionais (de US$ 1,1 bilhões para US$ 1,4 bilhões) e Transportes (de US$ 381 milhões para US$ 466 milhões).



Já a Conta de Renda sofreu uma forte alta do déficit na passagem mensal, devido a sazonalidade do pagamento de Juros. Os gastos deste componente passou de US$ 1,4 bilhões em junho para US$ 4,5 bilhões neste mês referente. Ao mesmo tempo, o aumento do déficit de Lucros e Dividendos (de US$ 1,2 bilhões para US$ 2,1 bilhões) contribuiu também para o maior saldo deficitário mensal.



Pela análise da Conta Financeira, o Investimento Direto no País aumentou ligeiramente em relação a junho, chegando em US$ 4,1 bilhões ante US$ 4,0 bilhões. Assim, o componente chega a um saldo de US$ 40,4 bilhões no resultado acumulado em 2017, enquanto que em 2016 este saldo no mesmo período era de US$ 34,0 bilhões. Com isso, a necessidade de financiamento externo no país , na métrica acumulada nos últimos doze meses, manteve-se negativa (pelo 21º mês seguido), passando de -US$ 66,3 bilhões em junho para -US$ 70,7 bilhões.

Reino Unido: Segunda Prévia do PIB mantém estimativa de crescimento de 0,3% no segundo trimestre

Na manhã desta quinta-feira (24/08), o Departamento de Estatística Nacional (ONS, em inglês) divulgou o segundo resultado preliminar do PIB britânico referente ao segundo trimestre de 2017. Segundo a publicação, o PIB do Reino Unido apresentou crescimento de 0,3% na comparação com o trimestre anterior, já levando em consideração os ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo período de 2016, os resultados indicam uma expansão de 1,7%.


Na abertura pela ótica da oferta, no período de abril a junho a agricultura apresentou alta de 0,4% e o setor de serviços cresceu 0,5%. Em contrapartida, a produção caiu 0,3% na passagem trimestral, enquanto a construção teve queda de 0,5%.

EUA: Prévia do PMI Composto aponta alta em agosto

O Instituto Markit divulgou ontem (23/08) o resultado prévio do Índice Gerente de Compras (PMI) composto referente ao mês de agosto. O relatório aponta alta no PMI Composto dos Estados Unidos em agosto frente ao mês anterior, com o índice variando de 54,6 para 56,0 pontos, já considerando os ajustes sazonais do período.

Na abertura por componentes, a projeção para o PMI de Serviços puxou o PMI Composto ao expandir de 54,7 para 56,9 pontos. Em sentido oposto, o PMI Industrial indicou queda, ao retrair de 53,3 para 52,5 pontos.


Concluindo, o relatório também aponta que no período é esperado que a produção industrial caia de 54,1 para 52,2 pontos.

Zona do Euro: Confiança do consumidor europeu segue em patamares positivo

A Comissão Europeia divulgou ontem (23/08) os resultados preliminares para o Indicador de Confiança do Consumidor referente ao mês de agosto. De acordo com a publicação, o indicador sofreu uma ligeira melhora em relação a julho, atingindo a pontuação de -1,5 ponto após crescer em 0,2 ponto. Assim, o indicador permanece bem acima da média histórica de -12,2 pontos.

Os resultados referentes a União Europeia como um todo foi de estabilidade em relação ao mês anterior, em -2,3 pontos. Com o resultado de junho em -2,2 pontos, a média móvel trimestral do indicador para a região foi de -1,8 pontos, a maior desde o trimestre findo em julho de 2007.


Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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