Informativo eletrônico - Edição 2233Quarta-Feira, 30 de agosto de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: IGP-M registra inflação após quatro meses de deflação
  • FGV: Incerteza econômica cai novamente em agosto
  • FGV: Confiança do setor serviços tem ligeira alta em agosto

Economia Internacional

  • EUA: Confiança do consumidor cresce em agosto

Dados da Economia Brasileira





FGV: IGP-M registra inflação após quatro meses de deflação

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje o Índice Geral de Preços (IGP-M) referente ao mês de agosto. A publicação afirma que no mês o índice variou 0,10%, ante -0,72% registrado no mês anterior. No mesmo mês de 2016 o IGP-M havia apresentado alta de 0,15%. Quanto a variação acumulada em 2017, a deflação apresentada é de -2,56%; enquanto em doze meses a taxa ficou em -1,71%.



No que diz respeito ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o relatório afirma que houve uma deflação de 0,05% no período, contra uma taxa de -1,16% em julho. O índice referente aos Bens Finais registrou queda de 0,85%, enquanto os Bens intermediários variaram -0,08% no mesmo período. Já o índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,04%, ante uma queda considerável de -1,37% no mês precedente.

Com relação a abertura por origem de processamento, tanto produtos agropecuários como produtos industriais mantiveram as variações negativas já registradas em julho, com o primeiro apresentando queda de 2,60% e o segundo de 0,66%. No acumulado do ano os produtos agropecuários variaram -14,84% e em doze meses registraram -18,47%, por sua vez os produtos industriais variaram -1,53% e 1,42%, respectivamente.



Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cresceu 0,33%, após em julho ter registrado inflação de 0,04%. Quatro dentre as oito classes de despesas que compõem o índice registraram avanço dos preços. A principal contribuição ficou por conta do grupo transporte, que registrou alta de 1,70%. Entre os demais grupos, Habitação variou 0,53%, Saúde e Cuidados Pessoais (0,34%), Comunicação (0,26%), Despesas Pessoais (0,13%), Educação, Leitura e Recreação (0,03%), Vestuário (-0,28%) e Alimentação (-0,47%).

Finalizando, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) passou de 0,22% em julho para 0,40% em agosto. O índice relativo a Matérias, Equipamentos e Serviços aumentou em 0,20%, ante 0,03% no mês anterior. Por sua vez, o Custo da Mão de Obra apresentou inflação de 0,56%, contra 0,37% em julho.

FGV: Incerteza econômica cai novamente em agosto

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (30/08) o Indicador de Incerteza Econômica (IIE-Br). De acordo com a publicação, o IIE recuou em 4,3% na passagem de julho para agosto, na série livre de efeitos sazonais. O índice atingiu a pontuação de 130,1 pontos ante 136,0 do mês anterior, esta é a segunda queda seguida do indicador. Na métrica de média móvel semestral, o indicador avançou para 129,7 pontos ante 127,8 pontos.



Na abertura entre seus indicadores, o grande motor do declínio verificado em agosto foi da variável IIE-Br Mídia, que caiu em 5,8 pontos em relação a julho. No mesmo sentido, embora em menor intensidade, o IIE-Br Expectativa recuou em 3,1 pontos após ligeira alta no mês anterior devido ao aumento de impostos sob combustíveis. A exceção veio do indicador IIE-Br Mercado, cujo crescimento de 0,4 pontos exerceu pequena contribuição para o resultado final.

Por fim, cabe ressaltar que apesar da melhora do IIE-Br na passagem mensal, o nível de pontuação continua num patamar muito elevado, o que pode afetar negativamente os investimentos e o consumo. Além disso, a publicação ressalta que a continuidade da trajetória declinante do indicador continua muito vulnerável a fatores internos (crise política) e externos (tensão nas Coreias).

FGV: Confiança do setor serviços tem ligeira alta em agosto

Foi divulgado nesta manhã (30 08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) referente ao mês de agosto. Segundo a publicação, o índice teve alta de 0,4% na comparação com o mês anterior, variando de 82,9 para 83,2 pontos. Mesmo com a segunda alta seguida, vale ressaltar que o índice recuperou apenas a metade dos 2,8 pontos perdidos em junho.



No mês houve alta da Confiança em 7 das 13 atividades pesquisadas e a ligeira alta computada no mês foi resultado da combinação de melhora das expectativas e piora da situação atual. O Índice de Expectativas (IE-S) apresentou alta de 1,00%, passando de 87,4 para 88,3 pontos; enquanto o Índice da Situação Atual (ISA-S) recuou 0,4%, atingindo 78,3 pontos frente a 78,6.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) se manteve estável em agosto no patamar de 82,1%. Esse resultado vem após o NUCI ter apresentado seu menor nível histórico em junho (81,5%).




EUA: Confiança do consumidor cresce em agosto

Ontem (30/08), a The Conference Board divulgou os resultados para seu Índice de Confiança do Consumidor (CCI, em inglês) referente ao mês de agosto. Na comparação contra o mês anterior, o índice subiu novamente (em 2,4%), passando de 120,0 para 122,9 pontos. Com este resultado altista, o indicador chegou próximo ao nível de março deste ano, quando a pontuação alcançara 125,6 pontos, sendo este o maior nível desde dezembro de 2000. Na métrica de média móvel trimestral, o CCI chegou a 120,1 pontos ante 118,3 de julho.


Na abertura entre seus componentes, grande destaque para o indicador de avaliação da situação atual pelos consumidores, cujo índice passou de 145,4 para 151,2 pontos, a maior pontuação desde julho de 2001. Este bom desempenho é atribuído à maior proporção de pessoas neste mês que responderam que a situação dos negócios e do mercado de trabalho está em boas condições.

O indicador das expectativas para os consumidores também apresentou melhora, embora de forma moderada, passando de 103,0 para 104,0 pontos. Na análise de seus sub-indicadores, este crescimento se deve a maiores expectativas em relação ao mês passado de melhora da renda no curto prazo, ao mesmo tempo em que menos pessoas esperam uma piora nas condições de negócios e uma diminuição nos postos de trabalho.

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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