Informativo eletrônico - Edição 2238Quarta-Feira, 06 de setembro de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: IPCA acumulado em 12 meses segue em desaceleração
  • IBGE: Indústria paulista cresce 1,7% em julho
  • FGV: IGP-DI registra inflação de 0,24% em agosto
  • PMI: Atividade econômica se aproxima da estabilidade em agosto

Dados da Economia Brasileira





IBGE: IPCA acumulado em 12 meses segue em desaceleração

Hoje (06/09), o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou seu Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de agosto. Na comparação contra julho, o índice apresentou alta de 0,19%, abaixo da inflação registrada no mês anterior (0,24%) e da mediana das projeções de mercado (0,30%). A inflação em agosto de 2016 fora de 0,44%. Assim, a taxa acumulada nos últimos doze meses continuou sua trajetória declinante, ao passar de 2,71% para 2,46%, e se manteve como o menor nível desde fevereiro de 1999. A taxa acumulada no ano de 2017 subiu para 1,62%. Em agosto de 2016, a taxa acumulada no ano era de 5,42%.



Na abertura entre classes de despesas, o grupo de Alimentação e Bebidas exerceu maior impacto negativo no índice mensal, ao acelerar taxa de deflação observada em julho, de -0,47% para -1,07%. No mesmo sentido, Comunicação passou de -0,02% para -0,56%. Por outro lado, Transportes teve forte contribuição positiva, ao crescer 1,53% ante 0,34%, assim como Habitação, embora tenha desacelerado de 1,64% para 0,57%.

No que se refere ao grupo de Preços Livres, pelo quarto mês seguido foi registrado deflação, desta vez em -0,31% ante -0,09%. Já a inflação do grupo de Preços Administrados registrou aceleração no período, passando de 1,28% para 1,73%. A taxa acumulada em doze meses de cada grupo ficou em 1,26% e 6,26%, respectivamente.



A taxa de inflação do núcleo do IPCA (que exclui preços voláteis como, por exemplo, alimentação e energia) desacelerou para 0,17% ante 0,40% de julho. Assim, sua taxa acumulada em doze meses passou de 4,22% para 3,90%.



Por fim, pela abertura municipal, 9 das 13 regiões metropolitanas analisadas apresentaram inflação em agosto. Entre as três cidades com maiores pesos regionais, São Paulo desacelerou de 0,38% para 0,29%, chegando a 2,62% de inflação acumulada nos últimos doze meses. Enquanto Rio de Janeiro e Belo Horizonte tiveram pequenas mudanças, passando de -0,03% para 0,02% e de 0,31% para 0,30%, respectivamente.

IBGE: Indústria paulista cresce 1,7% em julho

Divulgada hoje (06/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Produção Industrial Mensal Regional (PIM-Regional) referente ao mês de julho teve sete de seus 15 locais pesquisados apresentando crescimento na comparação contra o mês anterior, livre de influências sazonais. Lembrando que, como notificado no Macro Visão Ed. 2237 de ontem (05/09), a produção industrial nacional cresceu em 0,8% no período referente.

Por sua vez, a comparação entre a produção industrial acumulada até julho de 2017 contra mesmo período de 2016 teve crescimento em 11 regiões, com destaque para Paraná (3,9%), Santa Catarina (3,5%) e Espírito Santo (3,1%). Dos quatro locais que tiveram sua produção recuada nesta base de comparação, destaque para a Bahia, que teve a maior variação de -5,2%. Abaixo, tabela detalhada de cada região.



A indústria paulista registrou crescimento de 1,7% em julho em relação a junho, na série livre de efeitos sazonais. Na comparação contra julho de 2016, o avanço foi de 4,0%. Desta forma, a taxa acumulada em 2017 passou para um ligeiro crescimento em 0,6%, enquanto que a queda acumulada em 12 meses desacelerou para -0,6% ante -1,2% de junho.



FGV: IGP-DI registra inflação de 0,24% em agosto

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (06/09) o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de agosto. A inflação registrada em relação ao mês anterior foi de 0,24%, acima da taxa de julho (-0,30%). Em agosto de 2016, a inflação fora de 0,43%. Assim, a taxa de inflação acumulada no ano até o mês de agosto ficou em -2,64% enquanto que a taxa acumulada nos últimos doze meses retraiu de -1,42% para -1,61%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) interrompeu sua sequência deflacionária observada desde fevereiro, ao registrar inflação de 0,26% na passagem mensal, ante -0,67% de julho. Na abertura pela origem de processamento, o aumento do nível de preços foi causado pelos Produtos Industriais, ao variar 0,96% em agosto. Enquanto os Produtos Agrícolas registraram sua décima primeira deflação seguida, de -1,81%. As taxas acumuladas em doze meses de cada grupo ficaram em 1,60% e -18,92%, respectivamente.



Já pela abertura entre os estágios de processamento do IPA, apenas o índice relativo aos Bens Finais registrou deflação em agosto, ao desacelerar a taxa de -1,36% no mês anterior para -0,39%. Bens Intermediários (passaram de -0,80% para 0,17%) e Matérias-Primas Brutas (de 0,42% para 1,21%) aceleraram no período referente e contribuíram para a inflação do IPA.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) voltou a apresentar inflação no mês, no entanto desacelerou em relação a julho, passando de uma variação de 0,38% para 0,13%. A taxa acumulada em 12 meses do índice recuou para 3,26% ante 3,45%. Na abertura entre seus componentes, destaque para Alimentação (-0,83% ante -0,22%), Habitação (0,23% ante 1,15%) e Comunicação (0,05% ante 0,58%). Enquanto Transportes (de 0,40% para 1,46%) e Vestuário (de -0,08% para 0,12%) foram os únicos grupos a terem sua taxa de inflação acelerada no mês.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou ligeira aceleração de seus preços em agosto. Ao passar de 0,30% para 0,36% em agosto, a principal contribuição veio de Materiais, Equipamentos e Serviços, que registrou 0,39% ante 0,07%. Já Mão de Obra teve inflação de 0,33% no mês. Assim, a taxa acumulada em 12 meses acelerou para 4,57%.



PMI: Atividade econômica se aproxima da estabilidade em agosto

Ontem (05/09), o Instituto Markit divulgou seu Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) Composto do Brasil referente ao mês de agosto. Na comparação contra o mês anterior, o indicador apresentou ligeiro aumento ao passar de 49,4 pontos para 49,6 pontos, mantendo-se na sinalização de contração da atividade, embora de forma mais moderada do que o observado ao longo dos últimos meses.



Tanto o setor industrial quanto o setor de serviços tiveram sua pontuação acrescida na passagem mensal. Para o primeiro, destaque para a manutenção da sinalização de expansão da atividade por cinco meses seguidos, atingindo 50,9 pontos. Grande influência teve a alta demanda externa, com o indicador de novas encomendas de exportação chegando ao maior nível desde abril de 2016.

O setor de serviços aumentou 0,2 pontos marginalmente, chegando a 49,0 pontos e atenuando a desaceleração da atividade setorial. Com o setor se aproximando da estabilidade, o resultado altista do PMI serviços se deve ao crescimento da variável de novos negócios, o que levou a contração da produção ser menos intensa do que verificada nos últimos meses. Além disso, o nível de otimismo do empresário atingiu o maior patamar desde novembro de 2016, esperando uma retomada da produção nos próximos meses.

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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