Informativo eletrônico - Edição 2247Quinta-Feira, 21 de setembro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira
  • IPCA-15 acumulado em 12 meses é o menor desde 1998
  • FGV: Expectativa da inflação para os consumidores sobe em setembro
Economia Internacional
  • EUA: Fed mantém juro e eleva projeção para o PIB
Dados da Economia Brasileira



IPCA-15 acumulado em 12 meses é o menor desde 1998

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (21/09) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) referente ao mês de setembro. De acordo com o índice, o índice de preço cresceu 0,11%, frente a 0,35% em agosto. O resultado é o menor para o mês desde 2006, período em que o índice registrou uma taxa de 0,05%. Em setembro de 2016, o IPCA-15 havia registrado uma taxa de inflação de 0,23%.

Com o resultado deste mês, o IPCA acumula no ano 1,9%, o menor desde 1998, quando alcançou 1,63%. Já para o acumulado dos últimos 12 meses, a taxa fica em 2,56% - contra 2,68% registrados para os 12 meses anteriores a agosto, também o mais baixo desde 1998 - data em que chegou a 2,45%.



A medição do núcleo da inflação, que exclui preços voláteis como alimentos e energia, também registrou leve queda ao passar de 0,31% em agosto para 0,15% em setembro. No índice acumulado em 12 meses para o núcleo, houve queda para 3,95%, ante 4,16% para o mês de agosto.



Na abertura entre as classes de despesa, os grupos de Artigos de Residência e Transportes foram os grandes responsáveis pela variação negativa dos preços no acumulado em 12 meses, uma vez que registraram deflação de 2,21% e 1,49% para o período, respectivamente. Apesar disso, o grupo dos transportes, que representa 18% do consumo das famílias, apresentou variação mensal positiva (1,25%) entre agosto e setembro, graças ao aumento dos combustíveis.


FGV: Expectativa da inflação para os consumidores sobe em setembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (21/09) o seu indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores referente a setembro. De acordo com os mais de 2100 consumidores entrevistados, a expectativa mediana da inflação para os próximos doze meses subiu pela primeira vez desde novembro de 2016, passando de 6,3% para 6,7%. Apesar do avanço marginal, a leitura atual apresentou forte redução frente a setembro de 2016, quando a expectativa havia atingido 9,8%.



Na abertura por bandas de inflação prevista pelos consumidores, vale ressaltar que a proporção entre os que preveem inflação abaixo da meta (4,5%) subiu de 31,5% para 32,6%, ao passo que as previsões acima apresentaram redução na proporção dos entrevistados, com exceção para os grupos que esperam inflação entre 7,0% e 8,0% (de 9,1% ante 8,5% da leitura anterior) e entre 9,0% e 10,0% (9,9% ante 9,8%).

Por fim, a publicação pondera que este resultado altista em setembro deve ser visto como uma acomodação das expectativas da inflação para os consumidores em torno dos 6,0%, após acumular 5,0p.p. de queda nos últimos 19 meses. Com a desaceleração mais intensa da inflação efetiva, o indicador provavelmente retornará a apresentar queda em outubro.

EUA: Fed mantém juro e eleva projeção para o PIB

O Federal Reserve (Banco Central americano), em reunião realizada ontem à tarde (19/09), decidiu por manter a banda de taxa de juros básica da economia em 1,00% e 1,25%, de forma unânime. A decisão de manutenção do intervalo de juros nesta reunião foi baseada na acomodação abaixo de 2,0% do núcleo da inflação acumulada em 12 meses, associado ao ganho de força do mercado de trabalho e ao crescimento da atividade econômica nos últimos meses.



Junto com o comunicado de decisão sobre os juros, os membros do comitê de política monetária do Fed divulgaram projeções para indicadores macroeconômicos para 2017 e para os próximos 2 anos. Para as taxas de juros básicas, as medianas das projeções foram de 1,4%, 2,1% e 2,7%, respectivamente.

No que tange a expectativa de crescimento do PIB, a taxa esperada para este ano foi elevada em relação à reunião de junho, ao passar de 2,2% para 2,4%. Para 2018 e 2019, as taxas foram 2,1% e 2,0%, respectivamente.

Já para as projeções para a inflação deste ano, a mediana ficou mantida em relação à reunião de junho, em 1,6%, enquanto que para 2018 foi reduzida para 1,9% ante 2,0%. Para 2019, a mediana permaneceu em 2,0%.

Por fim, os membros do comitê projetaram uma taxa de desemprego para este ano em 4,3%, mesma taxa da última reunião. Por outro lado, para os próximos dois anos, ambas medianas das expectativas foram reduzidas nesta leitura, de 4,2% para 4,1%.

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
Cadastre-se e receba notícias do seu interessfacebooktwitteryoutubelinkedinslideshareflickr