
FGV: IGP-M acelera em setembro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (28/09) o Índice Geral de Preços (IGP-M) referente ao mês de setembro. A taxa de variação verificada em relação ao mês anterior acelerou de 0,10% para 0,47%. Vale lembrar que entre abril e julho, foram registradas quatro taxas negativas de variação. Desta forma, tanto a taxa acumulada em 2017 como a taxa dos últimos doze meses, embora tenham desacelerado, permanecem em patamares negativos: -2,10% ante -2,56% e -1,45% frente a -1,71%, respectivamente.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de setembro voltou a apresentar inflação após sete meses seguidos de variação negativa do índice de preços. Ao acelerar para 0,74% ante -0,05%, o índice relativo a Matérias-Primas (com inflação de 1,81% ante 1,04% de agosto) e Bens Intermediários (0,62% após -0,08%) foram responsáveis para a aceleração do IPA. Já os preços de Bens Finais cresceram ligeiramente em 0,02%, após ter deflacionado em 0,85% no mês passado.
A abertura pela origem de processamento da produção, os preços de Produtos Agrícolas apresentaram queda pelo décimo quinto mês consecutivo, ao variar -0,05% ante -1,61% de agosto. Sua taxa acumulada nos últimos doze meses atingiu -17,97%. Com isso, a inflação mensal do IPA se deve aos Produtos Industriais, com aceleração de preços para 1,00% ante 0,48%. Assim, a inflação dos últimos doze meses chegou a 1,89%.

No que tange o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, apresentou deflação de 0,09% em setembro após ter variado positivamente em 0,33% no mês passado. Sua taxa acumulada em doze meses manteve sua trajetória declinante iniciada em março de 2016, atingindo 2,90%. Entre as oito classes de despesas, destaque para os preços de Habitação (de 0,53% em agosto para -0,24%) e Alimentação (de -0,47% para -0,82%). Já o grupo de Educação, Leitura e Recreação teve seu índice de preços acelerado (0,03% para 0,52%), bem como o item de Vestuário (-0,28% para 0,11%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) referente a setembro registrou inflação de 0,14%, abaixo dos 0,40% de agosto. O custo de Materiais, Equipamentos e Serviços teve a maior contribuição para o resultado mensal, ao variar em 0,37%, na medida em que o custo de Mão-de-Obra deflacionou em 0,04%. Assim, a taxa acumulada em 2017 foi para 3,39%, enquanto a taxa acumulada nos últimos doze meses registrou 4,13% de inflação.
FGV: Incerteza recua pelo terceiro mês consecutivo
A Fundação Getúlio Vargas divulgou na manhã de hoje (28/09) o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br). Segundo a publicação, o indicador recuou 10,8 pontos na passagem de agosto para setembro (130,1 pontos para 119,3 pontos). É o terceiro recuo consecutivo do indicador, que atingiu neste mês o menor nível desde abril de 2017 - data em que registrou 118,8 pontos. Em setembro de 2016, o indicador registrou 120,6 pontos.
Na métrica de média móvel semestral, o IIE-Br também apresentou queda. Dos 129,7 pontos registrados para agosto, o indicador passa para 129,1 pontos para o mês de setembro. Embora venha apresentando quedas constantes, a incerteza ainda está longe de sua média histórica de 102,8 pontos.

Segundo a publicação, a explicação para o recuo na passagem mensal se deve principalmente às quedas da incerteza nos componentes Mídia e Expectativa. Enquanto o IIE-Br Mídia teve queda de 7,5 pontos no mês (contribuindo com -6,6 pontos para o recuo do indicador), o IIE-Br Expectativa recuou 18,2 pontos (contribuindo com -4,6 pontos para a queda do IIE-Br geral). Contudo, o componente Mercado aumentou 3,3 pontos no período - tendo um impacto positivo de 0,4 ponto no indicador.
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