Informativo eletrônico - Edição 2252Quinta-Feira, 28 de setembro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: IGP-M acelera em setembro
  • FGV: Incerteza recua pelo terceiro mês consecutivo
Economia Internacional
  • Zona do Euro: Indicadores de sentimento econômico e clima de negócios seguem em crescimento

Dados da Economia Brasileira





FGV: IGP-M acelera em setembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (28/09) o Índice Geral de Preços (IGP-M) referente ao mês de setembro. A taxa de variação verificada em relação ao mês anterior acelerou de 0,10% para 0,47%. Vale lembrar que entre abril e julho, foram registradas quatro taxas negativas de variação. Desta forma, tanto a taxa acumulada em 2017 como a taxa dos últimos doze meses, embora tenham desacelerado, permanecem em patamares negativos: -2,10% ante -2,56% e -1,45% frente a -1,71%, respectivamente.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de setembro voltou a apresentar inflação após sete meses seguidos de variação negativa do índice de preços. Ao acelerar para 0,74% ante -0,05%, o índice relativo a Matérias-Primas (com inflação de 1,81% ante 1,04% de agosto) e Bens Intermediários (0,62% após -0,08%) foram responsáveis para a aceleração do IPA. Já os preços de Bens Finais cresceram ligeiramente em 0,02%, após ter deflacionado em 0,85% no mês passado.

A abertura pela origem de processamento da produção, os preços de Produtos Agrícolas apresentaram queda pelo décimo quinto mês consecutivo, ao variar -0,05% ante -1,61% de agosto. Sua taxa acumulada nos últimos doze meses atingiu -17,97%. Com isso, a inflação mensal do IPA se deve aos Produtos Industriais, com aceleração de preços para 1,00% ante 0,48%. Assim, a inflação dos últimos doze meses chegou a 1,89%.



No que tange o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, apresentou deflação de 0,09% em setembro após ter variado positivamente em 0,33% no mês passado. Sua taxa acumulada em doze meses manteve sua trajetória declinante iniciada em março de 2016, atingindo 2,90%. Entre as oito classes de despesas, destaque para os preços de Habitação (de 0,53% em agosto para -0,24%) e Alimentação (de -0,47% para -0,82%). Já o grupo de Educação, Leitura e Recreação teve seu índice de preços acelerado (0,03% para 0,52%), bem como o item de Vestuário (-0,28% para 0,11%).

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) referente a setembro registrou inflação de 0,14%, abaixo dos 0,40% de agosto. O custo de Materiais, Equipamentos e Serviços teve a maior contribuição para o resultado mensal, ao variar em 0,37%, na medida em que o custo de Mão-de-Obra deflacionou em 0,04%. Assim, a taxa acumulada em 2017 foi para 3,39%, enquanto a taxa acumulada nos últimos doze meses registrou 4,13% de inflação.

FGV: Incerteza recua pelo terceiro mês consecutivo

A Fundação Getúlio Vargas divulgou na manhã de hoje (28/09) o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br). Segundo a publicação, o indicador recuou 10,8 pontos na passagem de agosto para setembro (130,1 pontos para 119,3 pontos). É o terceiro recuo consecutivo do indicador, que atingiu neste mês o menor nível desde abril de 2017 - data em que registrou 118,8 pontos. Em setembro de 2016, o indicador registrou 120,6 pontos.

Na métrica de média móvel semestral, o IIE-Br também apresentou queda. Dos 129,7 pontos registrados para agosto, o indicador passa para 129,1 pontos para o mês de setembro. Embora venha apresentando quedas constantes, a incerteza ainda está longe de sua média histórica de 102,8 pontos.



Segundo a publicação, a explicação para o recuo na passagem mensal se deve principalmente às quedas da incerteza nos componentes Mídia e Expectativa. Enquanto o IIE-Br Mídia teve queda de 7,5 pontos no mês (contribuindo com -6,6 pontos para o recuo do indicador), o IIE-Br Expectativa recuou 18,2 pontos (contribuindo com -4,6 pontos para a queda do IIE-Br geral). Contudo, o componente Mercado aumentou 3,3 pontos no período - tendo um impacto positivo de 0,4 ponto no indicador.

Zona do Euro: Indicadores de sentimento econômico e clima de negócios seguem em crescimento

A Comissão Europeia (EU) divulgou hoje (28/09) o Índice de Sentimento Econômico (Economic Sentiment Indicator - ESI) para a Zona do Euro e União Europeia referente ao mês de setembro. As duas regiões tiveram resultados iguais, ao passarem de 111,9 para 113,0 pontos, maior patamar desde de julho de 2007.



Entre os itens analisados, todos contribuíram positivamente para o crescimento do ESI da Zona do Euro. A confiança da Indústria segue em trajetória ascendente (+1,6 ponto), com os empresários do setor plenamente satisfeitos com o atual nível de encomendas e com as expectativas de crescimento da produção. No mesmo sentido, a confiança do setor da Construção também aumentou em 1,6 ponto, devido ao aumento das expectativas de contratação dos empresários. Forte resultado foi observado no setor Varejista (+1,4 ponto), enquanto que a confiança do Consumidor (+0,3) e do setor de Serviços (+0,2) avançaram ligeiramente.

Na abertura entre os quatro principais países da região, destaque para o bom desempenho do indicador na Itália, ao crescer em 1,8 ponto. De forma mais modesta, Espanha (+0,6), Alemanha (+0,5) e França (+0,4) também avançaram na passagem mensal.

Também divulgado hoje pela Comissão Europeia, o Indicador de Clima de Negócios (Business Climate Indicator - BCI) acelerou sua taxa de crescimento, passando de uma variação de +1,08 ponto para +1,34 em setembro. Este movimento pode ser atribuído, especialmente à melhoria da variável de encomendas de exportação. As avaliações da produção passada, bem como as expectativas de produção para o futuro próximo, também exerceram contribuição positiva em setembro.





 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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