Informativo eletrônico - Edição 2259Segunda-Feira, 09 de outubro de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções do IPCA de 2017 voltam a subir
  • FGV: IGP-DI acelera para 0,62% em setembro
Economia Internacional
  • China: PMI composto aponta desaceleração do crescimento
  • OCDE: Indicador antecedente aponta aceleração do crescimento no Brasil

Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira




 
Focus: Projeções do IPCA de 2017 voltam a subir

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (09/10) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. A mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2017 permaneceu em 0,70%, mesma taxa registrada semana passada. Já para 2018, as expectativas seguem em ascensão, subindo pelo quinto mês seguido, de 2,38% para 2,43%.



Já as projeções para o IPCA de 2017 voltaram a subir, embora levemente, após seis semanas seguidas de queda, passando de 2,95% para 2,98%. Em sentido oposto, as projeções para 2018 seguiram caindo, pela sexta semana seguida, de 4,06% para 4,02%.



A taxa básica de juros da economia, a Taxa Selic, teve a mediana de suas projeções, tanto para este ano como para o ano que vem, mantidas em 7,00%. O mesmo foi observado para as projeções da taxa de câmbio, com as projeções permanecendo em R$/US$ 3,16 para 2017 e R$/US$ 3,30 para 2018.



No que tange o setor externo, o saldo esperado para a Balança Comercial de 2017 e de 2018 voltaram a mostrar alta, passando de US$ 62,00 bilhões para US$ 63,03 bilhões e de US$ 50,00 bilhões para US$ 50,85 bilhões, respectivamente. Já para o déficit em conta corrente, para ambos os anos as projeções se mantiveram em relação a semana passada, a saber: de US$ 15,00 bilhões e de US$ 31,15 bilhões, respectivamente.

Por fim, no que diz respeito à taxa de crescimento da produção industrial, a mediana das projeções para este ano voltou a crescer, atingindo 1,18%, após permanecer duas semanas seguidas em 1,05%. Já para 2018, pela terceira semana seguida a taxa esperada permaneceu em 2,40%.



FGV: IGP-DI acelera para 0,62% em setembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje pela manhã (09/10) seu Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de setembro. A inflação mensal passou de 0,24% para 0,62%, acima da mediana das projeções de mercado (0,51%). Este foi o maior resultado para o ano de 2017. Com tal leitura o índice acumula deflação de 2,03% no ano, enquanto que a taxa acumulada nos últimos doze meses desacelerou seu ritmo de queda, de -1,61% para -1,04%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) acelerou para 0,97% ante 0,26% registrado em agosto. Na abertura entre as grandes categorias econômicas, o índice de Bens Intermediários sofreu forte aceleração ao passar de 0,17% para 1,39%. O mesmo foi observado para o índice de preços dos Bens Finais, que passou de uma variação de -0,39% em agosto para 0,30% em setembro. Já o índice de Matérias-Primas acelerou de 1,21% para em 1,34%.

Já na abertura pela origem de processamento, o índice de preços dos produtos agropecuários voltou a apresentar inflação após 12 meses seguidos de variação negativa. Com alta de 0,75% em setembro ante -1,81% de agosto, a taxa acumulada em 12 meses para este grupo sofreu leve desaceleração em seu ritmo de queda, de 18,92% para 17,02%. O índice de preços dos produtos industriais também sofreu leve aceleração de 0,96% para 1,05%, com sua taxa acumulada atingindo 2,05% de inflação.



Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve ligeira variação negativa após apresentar dois meses seguidos de inflação mensal. Ao registrar -0,02% ante 0,13%, três das oito classes de despesas tiveram variação negativa em setembro. A maior contribuição partiu do grupo de Habitação (de 0,23% para -0,40%). Por outro lado, o grupo de Vestuário acelerou para 0,64% ante 0,12%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) mostrou descompressão ao diminuir de 0,36% para 0,06%. Na abertura entre seus dois componentes, destaque para Mão-de-Obra (de 0,33% para -0,08%), ao passo que Materiais, Equipamentos e Serviços desacelerou para 0,24% ante 0,39%.
 

 

China: PMI composto aponta desaceleração do crescimento

O Instituto Markit divulgou hoje (09/10) o seu Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) Composto da China referente ao mês de setembro. Vindo de dois meses seguidos de crescimento, o indicador apresentou queda na passagem mensal e atingiu 51,4 pontos (ante 52,4 pontos em agosto). Ainda assim o PMI Composto sinaliza crescimento da atividade econômica chinesa para o mês de setembro, já que ficou acima dos 50,0 pontos.

A desaceleração do crescimento chinês foi puxada pelo crescimento mais fraco do setor de serviços e industrial. De acordo com o instituto, o indicador de serviços foi dos 52,7 pontos registrados em agosto para 50,6 pontos em setembro. É o menor resultado desde dezembro de 2015 para o índice. No setor industrial, a publicação aponta que as condições na China continuaram a melhorar também de maneira marginal. O indicador foi de 51,6 pontos em agosto para 51,0 pontos em setembro.



Segundo a publicação, a expansão mais fraca destas atividades coincidiu com uma desaceleração no crescimento de novos pedidos em ambos os setores. Algumas empresas ouvidas pelo instituto mencionaram que, além da demanda mais moderada, o aumento do preço dos insumos e de custos gerais também contribuiu para a desaceleração do crescimento. Com o resultado, o indicador de novos trabalhos teve o aumento mais fraco desde junho deste ano.

OCDE: Indicador antecedente aponta aceleração do crescimento no Brasil

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou hoje (09/10) o seu Indicador Antecedente Composto (CLIs) para diversos países referente ao mês de agosto. Para os países-membros da organização, o indicador antecipa crescimento estável, com 100,1 pontos - mesma pontuação registrada no mês anterior. Cabe ressaltar que índices acima de 100 pontos sinalizam desempenho econômico em uma tendência positiva.

Na abertura entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos permaneceram pelo sétimo mês seguido em 99,7 pontos, apontando para estabilização do crescimento. No mesmo sentido estão Japão (em 100,1 pontos, mesma pontuação há sete meses) e Zona do Euro (100,5 pontos). Dentre os quatro principais países europeus, Alemanha e Itália aumentaram de pontuação (de 100,8 para 100,9 pontos e de 100,3 para 100,4 pontos, respectivamente), enquanto França permaneceu no mesmo patamar (em 100,6 pontos) e Espanha ainda sinaliza arrefecimento do crescimento (de 99,7 para 99,6 pontos).



Já para as economias emergentes, destaque para China e Índia, que apontam para um avanço de crescimento ao passarem de 100,0 para 100,1 pontos e de 99,4 para 99,5 pontos, respectivamente. Rússia segue sinalizando estabilização do crescimento (manutenção em 100,4 pontos), mas em tendência positiva.

O Brasil também seguiu a tendência apontada por China e Índia ao sinalizar uma aceleração da atividade econômica, passando de 102,5 para 102,9 pontos. O indicador vem crescendo para o país desde agosto de 2015 - data em que registrou 96,9 pontos.









 



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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