Informativo eletrônico - Edição 2264Quarta-Feira, 18 de outubro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Banco Central: Atividade econômica recua em agosto
  • FGV: IGP-10 acelera para 0,49% em outubro

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Inflação segue em 1,5% em setembro
  • EUA: Produção industrial cresce após dois meses de retração
Dados da Economia Brasileira
 




 
Banco Central: Atividade econômica recua em agosto

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou hoje (18/10) o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB, referente ao mês de agosto. No mês em questão, na série já livre de influências sazonais, o indicador recuou 0,38% frente ao mês anterior, revertendo uma trajetória de crescimento de dois meses consecutivos. Na comparação com agosto de 2016, contudo, o indicador apresenta avanço de 1,64%.



O resultado mensal do indicador reflete a queda da produção industrial (de -0,8%) e das vendas no setor varejista (de -0,5%) no período, bem como a queda no volume de serviços (recuo de -1,0% em agosto).

Assim, o IBC-Br acumula no ano de 2017 uma alta de 0,31% frente ao mesmo período do ano anterior, enquanto que a taxa dos últimos doze meses segue em desaceleração do ritmo de queda, passando de -1,43% para -1,08%.



FGV: IGP-10 acelera para 0,49% em outubro

Hoje (18/10), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou seu Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) referente ao mês de outubro. A inflação mensal acelerou novamente, passando de 0,39% em setembro para 0,49% neste mês. Vale ressaltar que a inflação verificada no mês passado havia interrompido uma sequência de 5 meses seguidos de deflação. A deflação acumulada no ano atingiu 1,55%, ao passo que a taxa acumulada em doze meses permanece negativa, embora tenha desacelerado seu ritmo de queda pelo quarto mês seguido, registrando -1,29% ante -1,66%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) também voltou a acelerar sua taxa de inflação. Ao passar de 0,55% para 0,67%, a categoria de uso que mais contribuiu para este movimento foi os Bens Intermediários, com variação de 1,39% ante 0,43% de setembro. Bens Finais passou de -0,22% em setembro para 0,40% em outubro, enquanto que Matérias-Primas Brutas desacelerou para 0,17% ante 1,67%.

Pela abertura por origem de processamento do IPA-10, os Produtos Agrícolas registraram alta 0,88% ante -0,94%. Esta é a primeira inflação mensal depois de 12 meses de queda do nível de preços. Sendo assim, sua taxa acumulada nos últimos doze meses continua em forte declínio, de -16,87%. A taxa mensal dos Produtos Industriais, por sua vez, passou de 1,05% para 0,61%, enquanto que sua taxa acumulada ficou em 1,77%.



Após estabilizar seu nível de preços no mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) variou em 0,18% na passagem mensal. Dentro das classes de despesas, cabe mencionar a grande contribuição dos grupos de Vestuário (de 0,12% para 0,60%) e de Despesas Diversas (de 0,02% para 0,59%), além da forte desaceleração do ritmo de queda do grupo de Alimentos (de -0,91% para -0,08%). Abaixo o resultado acumulado em doze meses de cada classe.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) desacelerou em relação ao mês passado, de 0,35% para 0,11%. O resultado reflete a descompressão de seus dois componentes, com Materiais, Equipamentos e Serviços passando de 0,44% para 0,23% neste mês e Mão de Obra de 0,28% para 0,02%. A taxa acumulada em doze meses do INCC-10 ficou em 4,01%.



 

Zona do Euro: Inflação segue em 1,5% em setembro

O Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) divulgou na manhã de ontem (17/10) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da Europa referente a setembro. De acordo com a publicação, a inflação acumulada em doze meses para a Zona do Euro continua no patamar de 1,5%, o mesmo registrado na leitura anterior. Em setembro de 2016, este mesmo indicador registrava 0,4%.

Os maiores impactos inflacionários são provenientes de combustíveis para transporte, restaurantes e cafés e também do grupo tabaco, que na passagem mensal tiveram avanço de 0,20 p.p., 0,15 p.p. e 0,10 p.p., respectivamente. No acumulado em doze meses a inflação de tais grupos foi de 5,5%, 1,8% e 3,2%. O núcleo da inflação, que exclui preços voláteis como os de alimentação e energia, avançou 0,4% na passagem mensal e acumula taxa de 1,1% em doze meses.



Comparado a agosto, a inflação acumulada em doze meses cresceu em onze Estados-membros, permaneceu estável em sete e caiu em nove. Dentre os países que compõem as maiores economias da Zona do Euro, a Alemanha registrou taxa acumulada de 1,8% (mesma da última leitura); a França, de 1,1% (frente a 1,0% da leitura anterior); a Itália mostrou inflação de 1,3% (ante 1,4% em agosto) e a Espanha de 1,8% (contra 2,0% no mês anterior).

EUA: Produção industrial cresce após dois meses de retração

Divulgado ontem (17/10) pelo Federal Reserve (Fed), a produção industrial americana cresceu 0,3% na passagem de agosto para setembro, na série com ajuste sazonal, após ter recuado 0,7% na leitura precedente. Em relação a setembro de 2016, a produção industrial cresceu 1,6%.

Na abertura entre grandes setores industriais, a Indústria de Transformação também voltou a crescer após duas leituras negativas, mas apenas 0,1%. Este ligeiro avanço se deve ao crescimento de 1,0% de bens duráveis, compensando a queda de 0,9% de bens não-duráveis. Já a Indústria Extrativa cresceu em 0,4%, com forte contribuição da extração de petróleo e gás natural, enquanto que o Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) apresentou forte avanço de 1,5%.

Por fim, a mensuração do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) na indústria geral cresceu 0,2p.p., atingindo o patamar de 76,0%. Apenas a Indústria de Transformação não aumentou seu NUCI em relação a agosto, permanecendo em 75,1%. Por sua vez, Indústria Extrativa passou de 83,4% para 83,5% e SIUP de 73,7% para 74,8%.




 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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