Informativo eletrônico - Edição 2267Segunda-Feira, 23 de outubro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Projeções do PIB e IPCA crescem nesta semana
  • FGV: Monitor mensal do PIB cresce em agosto

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Déficit primário é o menor desde 2007
Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira

 




 
Focus: Projeções do PIB e IPCA crescem nesta semana

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda (16/10) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. A mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2017 cresceu novamente, pela segunda semana seguida, passando de 0,72% para 0,73%. Para o PIB de 2018, por sua vez, a mediana segue em 2,50%, mesma taxa do último boletim.



No que tange o IPCA de 2017, a mediana de suas projeções também sofreu nova elevação nesta semana, ao passar de 3,00% para 3,06%, terceira leitura seguida de alta. Já para o IPCA de 2018, a expectativa permaneceu em 4,02%.



A Taxa Selic de fim de período, tanto para este ano como para o ano que vem, tiveram suas projeções mantidas em 7,00%, pela sexta e quinta semana seguida, respectivamente. Da mesma forma, as projeções para a taxa de câmbio de 2018 permaneceram em R$/US$ 3,30, enquanto que a taxa esperada para o fim deste ano sofreu alta para RS$/US$ 3,16 ante R$/US$ 3,15 da semana passada.



No que diz respeito ao setor externo, pela terceira semana seguida o saldo esperado para a balança comercial aumentou, atingindo US$ 64,75 bilhões ante US$ 63,73 bilhões. Mesmo movimento foi observado para a expectativa da balança comercial de 2018, crescendo de US$ 50,55 bilhões para US$ 51,50 bilhões. O déficit esperado para a Conta Corrente deste ano, por sua vez, se manteve em US$ 15,00 bilhões pela sexta semana consecutiva, ao passo que para o ano que vem foi observado uma redução na mediana das projeções, de US$ 31,00 bilhões para US$ 30,50 bilhões.

Por fim, a expectativa para a taxa de crescimento industrial de 2017 avançou fortemente nesta semana, atingindo 2,00%, após permanecer em 1,18% na última leitura. No mesmo sentido, a taxa de crescimento esperado para 2018 subiu para 2,73%, segunda semana seguida de elevação.



FGV: Monitor mensal do PIB cresce em agosto

O Ibre/FGV divulgou na última sexta-feira (20/10) seu Monitor Mensal do PIB brasileiro referente ao mês de agosto. Na passagem do sétimo para o oitavo mês do ano, na série já livre de influências sazonais, o PIB avançou 0,2%. Vale lembrar que, com exceção da ligeira contração registrada em abril (-0,03%), todos os meses do ano apresentaram avanço. No que se refere a comparação contra agosto de 2016, o PIB cresceu 2%. Ainda assim, a taxa de variação acumulada nos últimos doze meses continua negativa, embora tenha melhorado ao passar de -0,95% para -0,61%.



Na abertura pela ótica da oferta, o setor de serviços e industrial caminharam em direções contrárias na passagem mensal. O primeiro teve retração de 0,08%, refletindo o desempenho negativo do comércio (-0,54%) e dos transportes (-0,75%), ao passo que o segundo avançou 0,34% entre julho e agosto - com destaque positivo para a indústria de construção (1,80%) e extrativa mineral (1,18%). A agropecuária, por sua vez, acompanhou o setor industrial e também avançou (2,45%) no período. Abaixo, a variação acumulada de cada um destes setores nos últimos doze meses.



Na abertura pela ótica da demanda, três de seus cinco componentes apresentaram avanço na passagem mensal. A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 0,86%, ao passo que as exportações e as importações cresceram 0,13% e 0,65%, respectivamente. O consumo do governo, por sua vez, recuou 0,88% em relação a julho - bem como o consumo das famílias, que sofreu retração de 0,41% no período. Abaixo, a variação acumulada de cada um destes componentes nos últimos doze meses.



 

Zona do Euro: Déficit primário é o menor desde 2007

O Departamento de Estatísticas Europeu (Eurostat) divulgou no dia de hoje (23/10) uma segunda estimativa para o resultado fiscal dos governos locais referente ao ano de 2016. Na comparação contra o ano anterior, o déficit primário da Zona do Euro caiu para 1,5% do PIB ante 2,1%. Esta redução é atribuída à queda em maior intensidade das despesas governamentais em relação às receitas, ao passo que os gastos reduziram de 48,3% do PIB em 2015 para 47,6%, enquanto que os ganhos passaram de 46,2% para 46,1%. Para a União Europeia, também foi verificada forte redução do déficit primário, de 2,4% para 1,7%.

Na abertura entre países, destaque para o resultado primário da Alemanha, ao passar de 0,6% no ano anterior para de 0,8% nesta leitura, e da Grécia, de um déficit de 5,7% registrados em 2015 para superávit de 0,5%. Por outro lado, embora venham reduzindo o tamanho do déficit fiscal, Itália, França e Espanha ainda apresentam altos resultados negativos, a saber: de 2,6% para 2,5%, de 3,6% para 3,4% e de 5,3% para 4,5%, respectivamente.

Com estes resultados primários, a Eurostat também fez uma segunda estimativa para a dívida bruta do governo. Enquanto que para a Zona do Euro a dívida passou de 89,9% do PIB em 2015 para 88,9% em 2016, para a União Europeia a queda foi maior, de 84,5% para 83,2%. Vale ressaltar que é a segunda queda consecutiva para ambas regiões, após passarem sete anos seguidos de elevação da dívida.

Entre alguns países que merecem destaque, Grécia (180,8% do PIB), Itália (132,0%) e Portugal (130,1%) permanecem com taxas expressivamente altas. Espanha, em 99,0%, e França, em 96,5%, também apresentam elevadas taxas de dívida governamental, enquanto que na Alemanha a taxa registrada ficou em 68,1% do PIB.
 










 

Macro Visão é uma publicação da:
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Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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