BCB: Saldo das Transações Correntes registra superávit em setembro

Ontem, o Banco Central do Brasil divulgou sua Nota do Setor Externo com os dados da Balança de Pagamentos referente ao mês de setembro. O saldo das Transações Correntes foi positivo em US$ 433,9 milhões, após apresentar dois meses seguidos de déficit (US$ -299,9 milhões em agosto e US$ -3,4 bilhões em julho). Este é o melhor resultado para setembro desde 2007, quando o saldo havia sido de US$ 481,5 milhões. Com isso, o saldo acumulado em 2017 até este mês referente foi deficitário em US$ 2,7 bilhões, bem abaixo do déficit de US$ 13,6 bilhões em igual período de 2016.



No mesmo sentido, déficit acumulado em doze meses das Transações Correntes, portanto, manteve sua trajetória descendente pelo oitavo mês seguido, passando de US$ 13,6 bilhões em agosto para US$ 12,6 bilhões nesta leitura. Em setembro de 2016, o saldo registrado foi de US$ -23,2 bilhões. Entre seus componentes, a Balança Comercial foi o grande destaque, com US$ 62,1 bilhões de superávit ante US$ 42,9 bilhões em igual mês do ano passado, enquanto que a Conta de Serviços e a Conta de Rendas registraram déficit de US$ 32,8 bilhões ante US$ 29,6 bilhões e de US$ 41,9 bilhões ante US$ 36,6 bilhões, respectivamente.



Na abertura entre cada componente, o saldo mensal da Balança Comercial diminuiu seu superávit em relação a agosto, de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,9 bilhões. A queda de US$ 19,4 bilhões para US$ 18,6 bilhões das Exportações foi mais intensa que a queda de US$ 14,1 bilhões para US$ 13,7 bilhões das Importações. Abaixo, a dinâmica dos últimos doze meses findos em setembro.



No que tange a abertura na Conta de Serviços, o resultado em setembro se manteve estável em relação a agosto, em déficit de US$ 2,9 bilhões. O aumento do déficit nos componentes de Aluguel de Equipamentos (de US$ 1,1 bilhões para US$ 1,2 bilhões) foi compensado pelo aumento no saldo de Transportes (de US$ -527 milhões para US$ -515 milhões) e de Demais Serviços (de US$ -7 milhões para US$ 158 milhões). Viagens Internacionais permaneceu inalterado em US$ -1,3 bilhões. Abaixo o saldo em doze meses.



A Conta de Renda, por sua vez, exerceu influência positiva no superávit registrado em setembro das Transações Correntes, com o déficit diminuindo de US$ 2,7 bilhões para US$ 1,6 bilhões. O componente de Lucros e Dividendos foi o responsável pela melhora no saldo mensal, ao diminuir seu déficit de US$ 2,2 bilhões para US$ 1,3 bilhões. Renda Secundária, ao passar de US$ 141 milhões para US$ 390 milhões, também exerceu influência positiva, embora pequena. Já Salários e Juros ficaram praticamente estáveis na passagem mensal.



Por fim, a Conta Financeira apresentou novo superávit em setembro, crescendo seu saldo de US$ 294 milhões em agosto para US$ 945 milhões neste mês. Investimento Direto no País, novamente, exerceu forte influência positiva, aumento seu superávit para US$ 6,3 bilhões ante US$ 5,1 bilhões. O saldo acumulado em doze meses do componente, sendo assim, chegou a US$ 84,2 bilhões, correspondente a 4,18% do PIB.



FIESP/CNI: Volume de produção industrial paulista sofre queda em setembro

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem (26/06) o resultado da Sondagem Industrial Nacional referente ao mês de setembro. O volume de produção industrial nacional sofreu forte queda para 48,1 pontos ante 54,8 de agosto. Sendo assim o indicador voltou a sinalizar contração da atividade ao ficar abaixo da linha dos 50,0 pontos. Vale lembrar que nos últimos dois meses a pontuação permanecera em sinalização positiva. Já o indicador de emprego também sofreu baixa, embora ligeiramente, de 49,1 pontos para 49,0 pontos.

A FIESP/CNI também divulgou ontem (27/06) a Sondagem Industrial do Estado de São Paulo. De forma análoga, o resultado do volume de produção da indústria paulista ficou caiu para 48,1 pontos ante 55,0 pontos de agosto. No entanto, o indicador de número de empregados cresceu para 49,5 pontos ante 47,7, sendo este o maior nível alcançado desde setembro de 2013 (em 50,3 pontos). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também avançou na passagem mensal, de forma menos intensa, de 67,0% para 68,0%.



No que tange os indicadores de expectativa, três dos cinco indicadores registraram otimismo no período referente. Entretanto, demanda (de 55,9 para 55,0 pontos) e compras de matérias primas (de 53,6 para 52,9 pontos) tiveram sua pontuação reduzida, enquanto que quantidade exportada permaneceu estável (em 50,4 pontos). Dos outros dois indicadores, número de empregados sofreu leve melhora para 49,0 pontos ante 48,8 pontos e se aproximou da sinalização de otimismo. Já investimentos reduziu sua pontuação de 50,0 pontos para 48,7.



Por fim, dentre os indicadores financeiros trimestrais, todos permaneceram bem abaixo dos 50,0 pontos e, portanto, sinalizam uma avaliação pessimista por parte dos empresários. Enquanto que apenas Acesso ao Crédito cresceu no terceiro trimestre em relação ao anterior, de 34,8 para 36,0 pontos, Margem de Lucro Operacional e Situação Financeira apresentaram queda nesta leitura, de 38,8 para 34,4 pontos de 46,6 para 45,1 pontos, respectivamente.

FGV: Confiança do comércio cresce novamente em outubro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (27/10) seu Índice de Confiança do Comércio (ICOM) referente ao mês de outubro. De acordo com a publicação, o indicador avançou pela segunda vez consecutiva na passagem mensal e atingiu 92,5 pontos. É seu maior patamar desde agosto de 2014, data em que registrava 92,7 pontos. Apesar do bom desempenho no mês, o índice ainda se encontra abaixo dos 100,0 pontos, sinalizando contração da atividade no setor.



Na abertura entre os componentes do ICOM, destaque para o Índice de Expectativas (IE-COM), que avançou 4,1 pontos na passagem mensal e atingiu 99,2 pontos - seu maior nível desde março de 2014 (102,0 pontos). O Índice de Situação Atual (ISA-ICOM) também apresentou avanço expressivo: saltou de 83,9 pontos em setembro para 86,2 pontos em outubro, registrando sua melhor marca desde janeiro de 2015 (data em que registrou 87,4 pontos). Juntos, estes resultados reforçam a tese de que podemos estar próximos de uma recuperação da atividade econômica no país.