Focus: Projeções do PIB e SELIC permanecem estáveis nesta semana
O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (30/10) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2017 se manteve inalterada entre esta e a última leitura (0,73%). O mesmo ocorreu para 2018, cuja mediana das projeções se manteve em 2,50%.

A mediana das projeções para o IPCA de 2017, por sua vez, sofreu elevação nesta semana e saltou de 3,06% para 3,08%, quarta leitura seguida de alta. Para o IPCA de 2018, contudo, a expectativa permaneceu em 4,02%.

A Taxa Selic de fim de período, tanto para este ano como para o ano que vem, teve suas projeções mantidas em 7,00%, pela sexta semana consecutiva. Da mesma forma, as projeções para a taxa de câmbio de 2018 permaneceram em R$/US$ 3,30, enquanto a taxa esperada para o fim deste ano foi elevada para RS$/US$ 3,19.

No que diz respeito ao setor externo, pela quarta semana consecutiva o saldo esperado para a balança comercial aumentou, atingindo US$ 65,00 bilhões. O mesmo movimento foi observado para a variável em 2018, que saltou de US$ 51,50 bilhões para US$ 52,20 bilhões. O déficit esperado para a Conta Corrente deste ano, por sua vez, se manteve em US$ 15,00 bilhões pela sétima semana consecutiva, ao passo que para o ano que vem foi observado uma diminuição de US$ 30,50 bilhões para US$ 30,00 bilhões.
Por fim, a expectativa para a taxa de crescimento industrial de 2017 permaneceu estável nesta semana, mantendo-se em 2,00%. Já a taxa de crescimento esperado para 2018 subiu para 2,98%, terceira semana seguida de elevação.
FGV: IGP-M desacelera em outubro
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (30/10) o Índice Geral de Preços (IGP-M) referente ao mês de outubro. A inflação mensal ficou em 0,20% ante 0,47% registrado em setembro. Esta é a terceira variação positiva seguida após apresentar quatro meses de deflação entre abril e julho. Assim, a taxa acumulada em 2017 continua em terreno negativo, de -1,91%, o mesmo para a taxa acumulada nos últimos doze meses, em -1,41%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), no mesmo sentido do IGP-M, desacelerou neste mês referente para 0,16% ante 0,74% no mês passado. Enquanto que o índice relativo às Matérias-Primas Brutas sofreu forte desaceleração ao passar de 1,81% para -1,05%, os índices de Bens Finais e Bens Intermediários foram os responsáveis para a inflação mensal do indicador, ao apresentarem taxas de 0,39% ante 0,02% e 0,95% ante 0,62%, respectivamente. A taxa acumulada em doze meses do IPA variou ligeiramente, de -3,86% para -3,88%.
Já pela abertura pela origem de processamento, pela primeira vez depois de quinze meses os preços dos Produtos Agrícolas apresentaram inflação, variando em 0,76% ante -0,04% em setembro. Com isso, sua taxa acumulada em doze meses passou para -16,68% ante -17,97%. Os Produtos Industriais, por sua vez, voltaram a registrar deflação em outubro após dois meses de variações positivas, a uma taxa de -0,03% ante 1,00%. Sua taxa de doze meses passou de 1,89% para 1,32%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou na passagem mensal, passando de -0,09% de variação para 0,28% nesta leitura. Todas classes de despesas inflacionaram no período, com destaque para a aceleração de preços do grupo de Alimentação (de -0,82% para 0,18%) e Habitação (de -0,24% para 0,31%). Apenas Educação, Leitura e Recreação (de 0,52% para 0,34%) e Transportes (de 0,56% para 0,15%) desaceleraram no período. A taxa acumulada em doze meses do IPC passou de 2,91% para 3,01%.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) referente a outubro teve uma pequena aceleração para 0,19% ante 0,14% do mês passado. O responsável pelo movimento é o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, ao passar de 0,37% para 0,44%, enquanto que Mão-de-Obra apresentou nova deflação, numa taxa de -0,01% ante -0,04%. A taxa acumulada em doze meses do INCC ficou em 4,15%.
FGV: Incerteza registra menor patamar desde fevereiro de 2015
A Fundação Getúlio Vargas divulgou na manhã de hoje (30/10) o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) referente ao mês de outubro. Segundo a publicação, o indicador recuou 8,3 pontos entre esta e a última leitura, atingindo 111,0 pontos. É o quarto recuo consecutivo do indicador, que atingiu neste mês o menor nível desde fevereiro de 2015 - data em que registrou 103,0 pontos. Em outubro de 2016, o indicador registrava 120,8 pontos.
Na métrica de média móvel semestral, o IIE-Br também apresentou queda. O indicador passou de 129,1 pontos registrados em setembro para 127,8 pontos na presente leitura. Embora venha apresentando quedas constantes, a incerteza da economia brasileira ainda está longe de sua média histórica de 102,8 pontos.

Segundo a publicação, a explicação para o recuo na passagem mensal se deve às quedas da incerteza de todos os componentes do índice geral. Enquanto o IIE-Br Mídia teve queda de 6,5 pontos no mês e contribuiu com -5,8 pontos para o recuo do indicador, o IIE-Br Expectativa recuou 6,5 pontos e teve contribuição de -1,6 pontos para a queda do IIE-Br geral. O mesmo aconteceu com o componente Mercado, que caiu 7,3 pontos e impactou o índice geral em 0,9 ponto negativo.