Informativo eletrônico - Edição 2275Segunda-Feira, 06 de novembro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Mercado vê PIB, IPCA e Selic estáveis em 2018

Economia Internacional

  • EUA: Taxa de desemprego atinge menor nível desde dezembro de 2000
  • Zona do Euro: PMI Composto indica expansão econômica em outubro
  • EUA: PMI Composto volta a crescer em outubro
Projeções do Mercado

Dados da Economia Brasileira

 




 
Focus: Mercado vê PIB, IPCA e Selic estáveis em 2018

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda-feira (06/11) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2017 se manteve inalterada entre esta e a última leitura (0,73%). O mesmo ocorreu para 2018, cuja mediana das projeções se manteve em 2,50%.



O mesmo ocorreu com a mediana das projeções para o IPCA de 2017 e 2018, que se mantiveram em 3,08% (após quatro leituras consecutivas de alta) e 4,02%, respectivamente.

A Taxa Selic de fim de período, tanto para este ano como para o ano que vem, teve suas projeções mantidas em 7,00% pela sétima semana consecutiva. Da mesma forma, as projeções para a taxa de câmbio de 2018 permaneceram em R$/US$ 3,30, enquanto a taxa esperada para o fim deste ano foi elevada para RS$/US$ 3,20.



No que diz respeito ao setor externo, pela segunda semana consecutiva o saldo esperado para a balança comercial se manteve inalterado (US$ 65,00 bilhões). Para a variável em 2018, contudo, houve aumento de US$ 52,20 bilhões para US$ 53,00 bilhões. Já o déficit esperado para a Conta Corrente deste ano saltou de US$ 15,00 bilhões para US$ 14,00 bilhões, ao passo que para o ano que vem se manteve em US$ 30,00 bilhões.

Por fim, a expectativa para a taxa de crescimento industrial de 2017 permaneceu estável nesta semana, mantendo-se em 2,00%. Já a taxa de crescimento esperado para 2018 subiu para 3,00% (ante 2,98%), sendo esta sua quarta semana seguida de elevação.





EUA: Taxa de desemprego atinge menor nível desde dezembro de 2000

Divulgado hoje pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS, em inglês), a taxa de desemprego da economia americana caiu novamente em outubro, para 4,1% ante 4,2% do mês passado. Desde de o começo do ano, o nível de desocupação já caiu em 0,7 p.p., o que representa uma redução de 1,1 milhão de desempregados no período. Assim, esta taxa chega a menor porcentagem desde dezembro de 2000 (3,9%).


Na passagem mensal, o total de empregos criados voltou a ser expressivo, em 261.000 vagas criadas, após ter crescido ligeiramente em 18.000 no mês anterior. Deste número de outubro, 252.000 foram no setor privado, enquanto que os 9.000 restantes estão ligados ao setor público. Na abertura entre os grandes setores, destaque para a grande contribuição do setor de serviços (+219.000), com forte participação do grupo de lazer e hotelaria (+106.000). Em setembro, este grupo tinha sido profundamente impactado pelos efeitos dos furacões Irma e Harvey. O setor industrial também influenciou positivamente no resultado mensal, ao ter 33.000 vagas acrescidas, sendo 24.000 na indústria de transformação.

O Instituto ADP divulgou seu relatório de Empregos no Setor Privado referente ao mês de outubro. Em linha com os números apresentados pela BLS, o setor privado gerou 235.000 vagas criadas no período, sendo 150.000 no setor de serviços e 85.000 no setor industrial.


Por fim, o rendimento médio por hora do trabalhador americano se manteve praticamente estável ao variar de US$ 26,54 para US$ 26,53. Em outubro de 2016, o rendimento era de US$ 25,90.

Zona do Euro: PMI Composto indica expansão econômica em outubro

O Instituto Markit divulgou na manhã de hoje (06/11) o Índice Gerente de Compras Composto (PMI, em inglês) referente ao mês de outubro. O resultado deste mês (56,0 pontos ante 56,7 pontos em setembro, uma variação de -1,2%) confirmou a queda sugerida anteriormente na prévia do PMI, ainda que em menor intensidade. Apesar da ligeira diminuição do ritmo de expansão da atividade econômica europeia, o indicador continua em terreno positivo (acima dos 50,0 pontos). Com o resultado de outubro, a média móvel trimestral subiu ligeiramente para 56,1 pontos, ante 56,0 pontos da leitura anterior.



Divulgado na publicação de hoje, o PMI de Serviços também recuou na passagem mensal, passando de 55,8 pontos para 55,0 pontos (-1,4%). Apesar da queda, o indicador continua a indicar expansão da atividade na região pelo 51º mês consecutivo. De acordo com a publicação, essa expansão é atribuída, principalmente, aos bons níveis de novos pedidos e de confiança nos negócios, que também acabaram por encorajar as empresas a contratar mais funcionários. Com isso, o emprego no setor tem uma de suas melhores taxas da última década.


Na abertura entre os principais países, o PMI Composto da França (em 57,4 pontos) continua em trajetória ascendente. É o 77º mês consecutivo de alta do indicador para o país, sendo este o ritmo mais forte de crescimento em 6 anos e meio. O resultado de outubro foi responsável ainda por colocar o país no topo do ranking de crescimento - posição que não ocupava desde agosto de 2011. Para os outros quatro países monitorados pela leitura, contudo, houve desaceleração do ritmo de expansão. A Alemanha viu seu ritmo de expansão se reduzir pelo segundo mês consecutivo, atingindo 56,6 pontos. Espanha e Itália tiveram, ambas, desaceleração pelo nono mês consecutivo - registrando 55,1 e 53,9 pontos, respectivamente. Apesar da desaceleração, estes países continuam a apresentar expansão para o setor, já que estão acima da linha dos 50,0 pontos.

EUA: PMI Composto volta a crescer em outubro

O Instituto Markit divulgou na última sexta-feira (03/11) os resultados finais para o Índice Gerente de Compras Composto (PMI, em inglês) referente ao mês de outubro. Conforme apontado pela prévia do indicador, porém numa menor intensidade, a pontuação do mês referente cresceu em relação a setembro, de 54,8 para 55,2 pontos. No mês anterior, o PMI tinha apresentado queda na pontuação, embora permanecesse acima da linha de 50,0 pontos e sinalizando expansão da atividade.

O avanço do indicador composto se deve exclusivamente ao PMI Industrial, com crescimento de 2,8% em relação a setembro. Ao atingir 54,6 pontos, o índice não chegava a um patamar tão elevado desde março de 2015 (55,7 pontos). O maior número de novas encomendas, bem como a demanda interna e externa mais potente, levou a taxa de emprego do setor a expandir na maior taxa desde julho de 2015. Enquanto os índices relativos a inflação de insumos e de produtos finais continuaram acelerando em outubro.

O PMI Serviços, por sua vez, se manteve estável em relação ao mês anterior, em 55,3 pontos. O recebimento de novos negócios e encomendas, que havia atingindo seu pico em agosto, desacelerou na passagem mensal. Por outro lado, a inflação dos custos de operação do setor também desacelerou e o número da força de trabalho empregada aumentou novamente nesta leitura.
 








 

Macro Visão é uma publicação da:
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Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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