Informativo eletrônico - Edição 2277Quarta-Feira, 08 de novembro de 2017

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • FGV: Indicador antecedente de emprego registra seu maior nível em outubro
  • FGV: IGP-DI desacelera para 0,10% em outubro
  • IBGE: Indústria paulista cresce pelo terceiro trimestre seguido

Economia Internacional

  • OCDE: Inflação acelera em setembro
Dados da Economia Brasileira
 




FGV: Indicador antecedente de emprego registra seu maior nível em outubro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (08/11) seu Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) referente ao mês de outubro. O IAEmp é um indicador que combina dados extraídos das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor a fim de antecipar os resultados do mercado de trabalho brasileiro. De acordo com a publicação, o indicador avançou 2,3 pontos na passagem mensal e atingiu 102,9 pontos - o maior nível da série, iniciada em junho de 2008. Em outubro de 2016, o IAEmp registrava 92,9 pontos.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), um indicador que registra a percepção das famílias brasileira acerca do mercado de trabalho, registrou queda de 0,5 ponto em relação ao mês passado, atingindo 97,1 pontos. Também houve queda na comparação interanual: em outubro de 2016, na série ajustada sazonalmente, o ICD registrava 99,2 pontos.

Em relação aos componentes dos indicadores que mais contribuíram para o resultado de outubro, no IAEmp se destacam aqueles que medem a situação dos negócios no momento atual, da Sondagem da Indústria, e o de situação dos negócios nos seis meses seguintes, da Sondagem de Serviços. Já no ICD, o que mais contribuiu para seu recuo foi o grupo dos consumidores que auferem renda familiar mensal até R$ 2.100,00 (grupo cujo indicador de emprego invertido teve queda de 0,5 pontos) e o grupo dos que auferem renda familiar mensal acima de R$ 9.600,00 (queda de 2,0 pontos).



FGV: IGP-DI desacelera para 0,10% em outubro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje pela manhã (08/11) seu Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) referente ao mês de outubro. O índice avançou 0,10% na passagem mensal, ante 0,62% de setembro, também ficando abaixo dos 0,13 verificados em outubro de 2016. Com este resultado, o IGP-DI acumulado nos últimos doze meses voltou a acelerar sua deflação, embora ligeiramente, de -1,04% para -1,07%, enquanto que a taxa acumulada em 2017 ficou de -1,94%.



No que se refere ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), este voltou a exibir deflação, de -0,03%, após variar positivamente nos últimos dois meses (0,26% em agosto e 0,97% em setembro). A taxa acumulada em doze meses passou de -3,46% para -3,53%. A forte variação negativa do grupo de Matérias-Primas Brutas (-1,92% ante 1,34% de setembro) mais do que compensou a ligeira desaceleração de preços do grupo Bens Finais (de 0,30% para 0,29%) e Bens Intermediários (de 1,39% para 1,22%).

Na abertura pela origem de processamento, Produtos Agropecuários desacelerou para 0,37% ante 0,75% registrados em setembro. Assim, os Produtos industriais foram responsáveis pelo movimento do IPA-DI ao mostrarem deflação de 0,16% ante forte inflação de 1,05% no mês anterior. A taxa acumulada em doze meses ficou em -16,38% e 1,66%, respectivamente.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), por outro lado, voltou a apresentar inflação após variar negativamente em setembro (0,33% ante -0,02%). Mesmo assim, sua taxa acumulada nos últimos doze meses desacelerou novamente, embora de forma moderada, de 3,17% para 3,16%. Dentre alguns grupos de despesas, Alimentação variou 0,24% em outubro ante -0,48% do mês passado, Habitação em 0,70% ante -0,48% e Comunicação em 0,55% ante -0,02%. Nesta leitura, apenas Educação, Leitura e Recreação teve queda no nível de preços, de -0,12% ante 0,50%. Abaixo, as taxas acumuladas em doze meses de cada grupo.



Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve sua taxa de inflação acelerada em outubro, de 0,06% para 0,31%. Enquanto que o índice relativo a Mão-de-Obra variou ligeiramente em 0,01% ante -0,08%, o índice de Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou para 0,67% ante 0,01%. A taxa acumulada em doze meses do INCC 4,28%.



IBGE: Indústria paulista cresce pelo terceiro trimestre seguido

Na manhã de hoje (08/11), o IBGE divulgou os resultados regionais para sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente ao mês de setembro e, consequentemente, fechamento do terceiro trimestre de 2017. No mês em questão, a produção nacional cresceu em 0,2% ante recuo de 0,7% verificado em agosto, já livre de influências sazonais. No entanto, este avanço não ficou difundido pelas regiões analisadas, dado que 6 dos 14 locais aumentaram sua produção industrial na passagem mensal.

Entre as regiões que apresentaram variação positiva em setembro, grande destaque para o estado do Rio de Janeiro, acelerando sua produção para uma taxa de 8,7% ante 3,1% de agosto. Pará (de -0,6% para 2,0%) e Goiás (de 0,0% para 2,1%) também exibiram um bom desempenho no mês referente. Por outro lado, Rio Grande do Sul (de -1,1% para -1,0%) completou seu quarto mês seguido de queda da produção industrial, bem como Ceará (de -0,2% para -1,1%) teve seu terceiro mês seguido de variações negativas.



No que diz respeito ao estado de São Paulo, a produção industrial na região voltou a apresentar crescimento (1,3%) após recuar na última leitura (-1,4%). Na comparação contra setembro de 2016, foi observado alta de 5,0%. Com este resultado, a taxa de crescimento acumulado no ano de 2017 passou de 1,6% em agosto para 2,0%, ao mesmo tempo em que a taxa acumulada nos últimos doze meses continuou sua trajetória ascendente, de 0,4% para 0,9%. Vale lembrar que em agosto, a variação nesta base de comparação voltou a ser positiva após passar 39 meses com queda de produção.



Por fim, pela leitura trimestral, a indústria paulista acelerou sua taxa de crescimento para 3,2% ante 2,9% no trimestre anterior. Este é o terceiro período de avanço consecutivo, fato que não ocorria entre o último trimestre de 2009 e o segundo trimestre de 2010.





OCDE: Inflação acelera em setembro

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na manhã desta terça-feira (07/11) o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) referente a setembro. De acordo com a publicação, a inflação acumulada em doze meses dos países-membros acelerou nesta leitura (2,3% ante 2,2% em agosto). Os preços de energia registraram alta de 7,7% para o período, enquanto os preços de alimentos aumentaram 1,9% (em agosto, a alta havia sido de 5,9% e 1,8%, respectivamente). O núcleo da inflação (medida que exclui preços voláteis, como os de alimentos e energia), por sua vez, permaneceu estável em 1,8% pelo quinto mês consecutivo.



A publicação também divulga a inflação anual por blocos e países. Entre as economias que compõem o G7, Reino Unido (3,0%), EUA (2,2%), Canadá (1,6%) e França (1,0%) registraram aceleração da taxa para o período - que ficou estável para Alemanha (1,8%) e Japão (0,7%) e recuou ligeiramente para a Itália (1,1%). A inflação anual da Zona do Euro, por sua vez, permaneceu estável (1,5%) em setembro. Quando se exclui preços voláteis como o de alimentos e energia, contudo, a taxa apresenta ligeira queda para o período (1,1% ante 1,2% de agosto).

Para o G20, a taxa de inflação anual saltou de 2,3% em agosto para 2,4% em setembro. Entre os países emergentes, a inflação anual cresceu na Índia e na África do Sul (2,5% para 2,9% e 4,6% para 4,9%, respectivamente), enquanto permaneceu estável no Brasil (2,5%) e na Arábia Saudita (que registra deflação de 0,1%) e desacelerou na Rússia (de 3,3% para 3,0%), China (1,8% para 1,6%) e Indonésia (3,8% para 3,6%).



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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