Focus: Projeções para a produção industrial avançam nesta semana

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou na manhã de ontem (20/11) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com o boletim, a mediana das projeções para o crescimento do PIB de 2017 permaneceu estável pela quarta semana consecutiva (0,73%), ao passo que para 2018 foi elevada, após quatro semanas de estabilidade, para 2,51%.


A mediana das expectativas para o IPCA deste ano também permaneceu estável nesta leitura (3,09%). Para 2018, contudo, a mediana recuou, passando de 4,04% para 4,03%.



A Taxa Selic teve a mediana de suas projeções inalterada (7,00%) tanto para 2017 (pela décima semana consecutiva) quanto para 2018 (nona semana). O mesmo ocorreu com a taxa de câmbio esperada para 2018, que permaneceu em R$/US$ 3,30. Para este ano, entretanto, houve revisão das expectativas da variável de R$/US$ 3,20 para R$/US$ 3,25.



No que diz respeito ao setor externo, pela terceira semana consecutiva o saldo esperado para a Balança Comercial de 2017 se manteve em US$ 65,00 bilhões. O mesmo ocorre para 2018, cuja projeção se manteve em US$ 53,20 bilhões. No que tange ao saldo esperado da Conta Corrente, as projeções para este ano sofreram avanço de US$ -13,00 bilhões para US$ -12,80 bilhões, enquanto que para ano que vem avançaram de US$ -30,00 bilhões para US$ -29,00 bilhões.

Por fim, a expectativa para a taxa de crescimento da produção industrial de 2017 avançou para 2,00% (ante 1,96% da última leitura). No mesmo sentido, as projeções de crescimento para 2018 avançaram para 2,96% ante 2,73%.



Banco Central: Atividade econômica avança no terceiro trimestre

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou hoje (21/11) o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador equivalente a uma proxy mensal do PIB, referente ao mês de setembro. No mês em questão, na série já livre de influências sazonais, o indicador avançou 0,40% frente ao mês anterior, revertendo a queda de 0,38% do mês de agosto. Na comparação com setembro de 2016, o indicador registrou crescimento de 1,30%.

O resultado mensal do indicador reflete o crescimento da produção industrial e das vendas no setor varejista tanto na comparação mensal (0,2% e 0,5%, respectivamente) quanto na comparação trimestral (0,9% e 0,6% cada).



No resultado trimestral, o IBC-Br registrou alta de 0,58% frente ao segundo trimestre do ano (que já havia crescido 0,39% na comparação com primeiro trimestre de 2017, na série ajustada sazonalmente). Vale ressaltar que esse é o terceiro resultado positivo após uma sequência de oito trimestres de leituras negativos, ocorridos entre 2015 e 2016.



Assim, o IBC-Br acumula no ano de 2017 uma alta de 0,43% frente ao mesmo período do ano anterior, enquanto a taxa acumulada nos últimos doze meses segue em desaceleração do ritmo de queda, passando de -1,07% para -0,65%.

EUA: Indicadores antecedentes crescem novamente em outubro

A The Conference Board divulgou ontem (20/11) o resultado do Indicador Antecedente dos Estados Unidos (Leading Economic Index - LEI) referente a outubro. O indicador teve seu 14º mês seguido de avanço, atingindo 130,4 pontos ante 128,9 de setembro. Nesta sequência, a taxa de crescimento deste mês foi a maior registrada, ao acelerar de 0,1% no mês anterior (resultado revisado ante queda de 0,2% previamente divulgado) para 1,2% desta leitura.



No mesmo sentido, o Índice Coincidente Econômico (CEI, em inglês) e o Índice Lagging da Economia (LAG), ambos divulgados na mesma publicação, tiveram alta na passagem mensal. O primeiro indicador registrou 0,3% de avanço ante 0,1% de setembro, atingindo 116,2 pontos, voltando a acelerar sua taxa de crescimento após se manter estável em agosto. Já o segundo reverteu estabilização da última leitura para crescer 0,2% neste mês, com 125,5 pontos.

Sendo assim, a publicação ressalta que o prosseguimento da trajetória ascendente destes indicadores, bem como a forte difusão entre seus componentes, reforça que um crescimento sólido para o fim deste ano e começo de 2018 deve ser mantido.

OCDE: PIB da OCDE desacelera no terceiro trimestre

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou no dia de ontem (20/11) os resultados para o PIB dos países membro (que são, em geral, desenvolvidos) referente ao terceiro trimestre de 2017. De acordo com sua estimação preliminar, a taxa de crescimento da organização como um todo desacelerou em relação ao segundo trimestre, de 0,8% para 0,6%, livre de influências sazonais. Na comparação interanual, por outro lado, o PIB cresceu em 2,6% frente ao mesmo período de 2016 ante 2,4% da última leitura.

O G7 (grupo das sete principais economias mundiais) também teve sua taxa de crescimento reduzida na passagem mensal, de 0,7% para 0,6%. Na abertura entre os principais países, Estados Unidos (de 0,8% para 0,7%), Japão (0,6% para 0,3%) e Zona do Euro (0,7% para 0,6%) contribuíram para a desaceleração do PIB do segundo para o terceiro trimestre. Por outro lado, Alemanha e Itália tiveram sentido oposto à região europeia, com aceleração de 0,6% para 0,8% e de 0,3% para 0,5%, respectivamente.