Informativo eletrônico - Edição 2286Quinta-Feira, 23 de novembro de 2017

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: Inflação acumulada no ano é a menor desde 1998
  • FGV: Monitor do PIB cresce 0,1% no terceiro trimestre

Economia Internacional

  • Alemanha: PIB cresce 0,8% no terceiro trimestre
  • Zona do Euro: PMI Composto indica expansão econômica para novembro
Dados da Economia Brasileira




 
IBGE: Inflação acumulada no ano é a menor desde 1998

Divulgado hoje pelo IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou variação de 0,32% na passagem de outubro para novembro, desacelerando ligeiramente em relação a taxa de 0,34% registrada no mês passado. Com este resultado, a taxa acumulada em 2017 atingiu o patamar de 2,58%, sendo esta a menor taxa desde 1998 (1,52%), utilizando o mesmo período de comparação. Já a taxa acumulada nos últimos doze meses subiu para 2,77% ante 2,71% de outubro.



No que tange o núcleo da inflação (que excluí preços voláteis como alimentos e energia), a variação mensal também ficou abaixo da última leitura, em 0,27% ante 0,31%. Já o resultado acumulado nos últimos doze meses reduziu sua taxa para 3,96% ante 4,02% de outubro. A taxa acumulada no ano ficou em 3,60%.



Na abertura entre as classes de despesas, todos exerceram contribuição positiva para IPCA-15 de novembro, com exceção dos grupos de Alimentação e Artigos de Residência, que aceleraram suas taxas de deflação registradas em outubro, ao passarem de -0,15% para -0,25% e de -0,13% para -0,35%, respectivamente. Assim, dos sete grupos restantes, vale ressaltar a forte aceleração do grupo de Habitação (de 0,66 para 1,33%), com contribuição de 0,21p.p. Abaixo, as taxas acumuladas em 2016 e 2017 até o mês de novembro.



Por fim, pela abertura regional, das três principais metrópoles brasileiras, São Paulo apresentou praticamente a mesma taxa do mês passado (0,44% ante 0,45%), enquanto que Belo Horizonte acelerou para 0,29% ante 0,25%. Já Rio de Janeiro voltou a variar positivamente, em 0,18%, após registrar deflação de 0,08% em outubro.

FGV: Monitor do PIB cresce 0,1% no terceiro trimestre

A Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) divulgou hoje (23/11) os resultados do Monitor do PIB referentes ao mês de setembro e, portanto, ao fechamento do terceiro trimestre de 2017. De acordo com a publicação, na série já ajustada sazonalmente, o produto brasileiro cresceu 0,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB teve alta de 1,3%.



Dentre os componentes da demanda, o principal fator que estimulou o resultado trimestral do PIB foi o consumo das famílias, cujo crescimento foi de 0,9% na passagem trimestral e de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todos os demais tiveram crescimento na passagem entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano: importações (+8,1%), exportações (+3,3%), formação bruta de capital fixo (+2,0%) e consumo do governo (0,8%). Já na comparação com o terceiro trimestre de 2016, as importações cresceram 6,9%; as exportações, 6,8%; a formação bruta de capital fixo, 0,2%, e o consumo do governo recuou 1,3%.



Abaixo, os resultados do acumulado em doze meses para cada componente da demanda:



Pelo lado da oferta, dentre seus três componentes, apenas a agropecuária teve queda na passagem trimestral. O setor recuou 4,0% em relação ao segundo trimestre anterior. A indústria avançou 0,5%, com destaque para as indústrias de transformação (+0,9%) e de construção (+0,2%). O setor de serviços, por sua vez, cresceu 0,3%, com destaque para o comércio (+2,0%). Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, contudo, todos os componentes apresentaram crescimento. A agropecuária avançou 10,2% no período, enquanto a indústria e o setor de serviços cresceram 0,5% e 0,4%, respectivamente.



Abaixo, os resultados do acumulado em doze meses para cada componente da oferta:




Alemanha: PIB cresce 0,8% no terceiro trimestre

O PIB da Alemanha, divulgado hoje (23/11) pelo Departamento de Estatística Federal (Destatis), cresceu em 0,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2017, livre de influências sazonais, confirmando a prévia divulgado há duas semanas. O resultado aponta para uma volta da aceleração do crescimento alemão, após ter passado de uma taxa de 0,9% no primeiro trimestre para 0,6% no segundo. Pela leitura interanual, o avanço ficou em 2,3% ante 1,0% no período anterior.



Na margem, a principal contribuição pela ótica da demanda veio do comércio exterior, com um maior crescimento das exportações (1,7%) do que em relação às importações (0,9%). Já as outras variáveis, formação bruta de capital fixo variou em 0,4%, enquanto que consumo das famílias (0,1%) e gastos governamentais (0,0%) permaneceram praticamente estáveis.

Já pela ótica da oferta, a comparação interanual teve como destaque a retomada do setor agropecuário, com crescimento de 0,8% ante queda de 2,8% no segundo trimestre. Faziam quatro períodos consecutivos que o setor apresentava recuo da atividade. O setor industrial também apresentou retomada da atividade nesta leitura, ao passar de -0,4% para 2,8%, com destaque para a Indústria de Transformação (3,4% ante -0,5%). Já na abertura pelo setor de serviços, serviços ligados ao comércio, transporte, habitação e alimentação acelerou fortemente para 3,1% ante 1,6%. Outro destaque é a manutenção do ritmo de expansão dos serviços de informação e comunicação (3,6% ante 3,8%).

Zona do Euro: PMI Composto indica expansão econômica para novembro

O Instituto Markit divulgou na manhã de hoje (23/11) a prévia de novembro de seu Índice Gerente de Compras (PMI, em inglês) composto para a Zona do Euro. De acordo com a publicação, o índice deve crescer de 56,0 pontos em outubro para 57,65 pontos neste mês (uma variação de 2,7%). Caso a previsão se confirme, o indicador continuará em terreno positivo pelo 53º mês consecutivo, e atingirá sua maior pontuação desde abril de 2011. Com este resultado, a média móvel trimestral sobe de 56,1 pontos da leitura anterior para 56,7 pontos.



Também divulgada na publicação de hoje, a prévia do PMI de serviços para novembro também avançou na passagem mensal, passando de 55,0 pontos em outubro para 56,2 pontos (uma variação de 2,2%). Assim, o indicador continua a indicar expansão da atividade na região pelo 52º mês consecutivo, e atingirá sua maior pontuação em 6 meses. O mesmo ocorre com a prévia do PMI industrial. De acordo com as projeções do instituto, o indicador também sobe na passagem mensal, saltando de 58,5 pontos em outubro para 60,0 pontos em novembro (uma variação de 2,6%). A pontuação é a maior para o indicador desde o início de sua série, em abril de 2006. Assim, sua média móvel trimestral também aumenta, atingindo 58,9 pontos (ante 58,0 pontos no mês anterior).



De acordo com a publicação, essa expansão é atribuída, principalmente, aos altos níveis de novos pedidos, que têm seus maiores ganhos desde 2011, e ao aumento das exportações. Em conjunto, todos estes fatores influenciaram também as contratações. De acordo com a publicação, o emprego tem seu aumento mais forte desde outubro de 2000, com um ganho recorde de empregos em fábricas acompanhado pelo aumento da folha de pagamentos do setor de serviços mais acentuado da década.



 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini
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