Focus: Projeções do IPCA de 2017 e 2018 desaceleram nesta semana

O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou nesta segunda (27/11) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões do mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Pela quinta semana seguida, a mediana das projeções da taxa de crescimento do PIB de 2017 permaneceram em 0,73%. Já para 2018, houve um novo aumento nas expectativas, de 2,51% para 2,58%.


No que tange o IPCA de 2017, depois de duas semanas consecutivas com a manutenção da mediana das projeções em 3,09%, nesta semana a taxa esperada foi para 3,06%. Da mesma forma, porém pela segunda semana seguida, a expectativa para o IPCA de 2018 recuou para 4,02% ante 4,03% da última leitura.


A Taxa Selic projetada para o fim de 2017 e de 2018 se mantiveram em 7,00%, pela 11º e 10º semana seguida, respectivamente. Por sua vez, a mediana das expectativas da taxa de câmbio deste ano ficou em R$/US$ 3,25, mesma taxa da última leitura. Para o ano que vem, o câmbio esperado permaneceu novamente em R$/US$ 3,30, 10º semana consecutiva desta taxa.


Em relação ao setor externo, o saldo esperado para a Balança Comercial de 2017 e de 2018 sofreram alta em relação à semana anterior, de US$ 65,00 bilhões para US$ 65,54 bilhões e de US$ 53,20 bilhões para US$ 53,60 bilhões, respectivamente. Por isso mesmo, a mediana das projeções para o déficit em Conta Corrente deste ano caiu para US$ 12,32 bilhões ante US$ 12,80 bilhões, quarta semana seguida de queda. Já para 2018, o déficit esperado se manteve em US$ 29,00 bilhões.

Por fim, a taxa de crescimento projetada para a produção industrial em 2017 não se alterou em relação à última leitura, com 2,00% de avanço. O mesmo não foi verificado para 2018, com a taxa de crescimento desacelerando para 2,90% ante 2,96%.



FGV: Confiança da construção avança em novembro

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou hoje (27/11) seu Índice de Confiança da Construção (ICST) referente ao mês de novembro. De acordo com a publicação, o indicador avançou na passagem mensal pela sexta leitura consecutiva, ao crescer 1,1 ponto e atingir 79,1 pontos. É seu maior patamar desde fevereiro de 2015, data em que registrou 80,8 pontos.



Entre os componentes do ICST, o principal motor do crescimento do indicador foi o Índice da Situação Atual (ISA-CST), que avançou 3,0 pontos na passagem entre outubro e novembro e atingiu 69,2 pontos. Já o Índice das Expectativas (IE-ICST), cujo crescimento de 1,1% em outubro fez o componente chegar a 90,2 pontos, apresentou nesta leitura um recuo de 0,8 pontos.

Indo na contramão do ICST, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou recuo de 1,6 p.p. no período, chegando a 63,8%. É a segunda queda consecutiva do indicador, que em outubro havia recuado 0,2 p.p.



Divulgado pela FGV também na manhã de hoje, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou na passagem de outubro para novembro, ao passar de uma variação de 0,19% para 0,28%. Enquanto o componente Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou para uma taxa de 0,61% (ante 0,44% em outubro), o componente Mão-de-Obra se manteve estável (ante queda de 0,01% no mês anterior). Com o resultado de novembro, as taxas acumuladas no ano e nos últimos doze meses do INCC ficaram em 3,88% e 4,26%, respectivamente.